December 11, 2003
leituras
Estreei meus óculos de leitura desencalhando um livro de short stories que eu tinha há tempos e nunca consegui sentar pra ler. Eu melhorei muito da mania de comprar livros e não ler. Agora eu não compro e não leio... Ou melhor, compro quando quero ler e leio. Esse calhamaço eu comprei por impulso, porque eu tenho esse problema de querer levar tudo quando entro numa livraria. Mas como eu já disse, estou melhorando. Sou capaz de ir na minha vizinha Borders olhar, olhar, e não comprar nada. Mas sinto uma baita inveja das pessoas que lêem muito e estão sempre comentando esse livro ou aquele. Eu passei o ano lendo textos e capítulos de livros de escola. Falta de leitura não é o meu problema, nem mesmo ando com escassez de leitura intelectualizada. O que pega é a falta da leitura por distração, daquela que você faz sem obrigação, na hora que bem quer, do jeito mais confortável.
Reli ontem um conto da Flannery O'Connor, que é uma escritora que eu gosto muito. Nesse conto, chamado Greenleaf, ela descreve a relação de uma fazendeira do sul dos EUA com o seu caseiro.... É de enervar! Dá vontade de subir pelas paredes e não espere por um final feliz, porque com a O'Connor isso raramente acontece.
Mas preciso descrever o que foi ler usando óculos. Ohmaigod, que clareza!! Eu andava vendo tudo com um filtro embaçado e nem tinha me tocado!
Fer Guimaraes Rosa - December 11, 2003 3:07 PM
Adoro essas tuas fotos com livro, Fer, dá logo vontade de ir ler alguma coisa ...
Ah! Fer, imagine eu... sei como é, Sabe que o Guimarães Rosa tem um trecho sobre essa descoberta da visão perfeita por um garoto que era míope!
Mas você agora me pegou catch literalmente, pois a-m-o a Flannery O' Connor. Im-pi-e-do-sa.
Eu coloco as duas em pé de igualdade.
Ela e Carson Mc Cullers
Só mesmo você para fazer isso comigo:-)
beijão, minha filha.Obrigada
Meg Lee.
Ah...pensei que ia ter fotos da livraria:)
M.
O meu oculos faz lembrar o seu, beijos
ah... a Borders...
Estou precisando de um óculos desses, mas para ler o número do meu ônibus de longe. Apesar de ter ido a oftalmologista no começo do ano e ela ter dito para eu gastar meu dinheiro com algo melhor que óculos, estou precisando dessa sensação de clareza que você descreve... Ficar fechando um olhinho e apertando o outro para enxergar de longe está me envelhecendo! :-)
Pois é Fê, bem vinda ao mundo dos ceguetas !!! Eu tb tenho uma nuvem na frente dos meus olhos, que só se vão ao colocar os óculos...
Sobre ler, estou desde outubro tentando ler "crime e castigo". Um dia eu termino. Tenho fé.
pois eh fer, nao tem jeito, com o tempo TODOS nos vamos ficando com o braco curto, como dizia meu pai. tem que assumir mesmo e a vida fica mais "exata". e so pra rir um pouco: ontem fui ao supermercado e esqueci os meus oculos. nao conseguia enxergar um preco. tinha um negocio em promocao e nao comprei por nao conseguir saber se era macio, medio ou duro ahahahaaha.
eu tambem morro de inveja de quem le muito. eh puro habito mesmo. eu perdi um bocado. culpo um pouco o computador por isso. mas .. a vida eh mesmo assim .. leio blogs agora :-)
beijos fer.
Ei...
Li esse conto no livro Everything That Rises Must Converge, é mesmo incrível. Ela se aprofunda na alma americana com propriedade. Me lembrei do Nelson Rodrigues fazendo o mesmo no Brasil. Não sei se é esse volume de contos que vc esta lendo. Se for, gostou do primeiro (que dá nome ao livro), sobre a velha senhora e o filho que pegam ônibus e se encontram com uma negra que está usando o mesmo chapéu da mãe? É meu preferido.