May 24, 2004

releituras

14 DE DEZEMBRO DE 1979
17 HORAS
SOL EM CONJUNCÃO COM NETUNO
E EM OPOSICÃO A VÊNUS

Subi numa pedra e gritei:
- Aí Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarcado.
Pulei com a pose do Tio Patinhas, bati a cabeca no chão e foi aí que ouvi a melodia: biiiiiiin.

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Ainda estou com dificuldade para dormir à noite, pois meu corpo pensa que ainda não é hora de ir pra cama. Pro soninho chegar, uso a alternativa pra minha televisão no quarto: a leitura. Nas estantes da casa dos meus pais têm - sempre teve - muito livro. Alguns deles são meus, resquícitos das minhas muitas mudancas que ficaram para trás. Ontem peguei um especial - Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva. Esse livro é especial por muitas razões. A mais importante é que ele fazia Engenharia Agrícola na Unicamp quando se jogou no lago e se estrepou. Ele estava na turma um ano na frente da do Uriel. Então lemos o livro em 1982, porque pessoas que o Uriel conhecia estavam citadas nele. E também porque aquela história de estudantes em Campinas no final da década de 70 era a NOSSA história. Felizmente não tivemos nenhum acidente. Engravidamos e casamos, enquanto o Marcelo vivia sua tragédia no hospital. Participamos de muitas festas e churrascos loucos, onde acidentes estavam destinados a acontecer. A Engenharia Agrícola da Unicamp era famosa pelas suas festas e ambiente descontraído. Uma excecão no mundo dos engenheiros!

Lendo o livro, fui fazendo uma viagem no tempo. Estou nostálgica já há uns dois anos. Ontem falei com uma amiga que conheci aos 12 anos. Ela tem uma filha chamada Fernanda por minha causa. Tudo isso causa uma porrada de sentimentos confusos, pois eu já me acostumei a ser uma imigrante sem passado! E lendo Feliz Ano Velho lembrei das repúblicas, como elas podiam ser diferentes, quantas delas eu frequentei e também morei [experiência obrigatória naquela época!]. A história do Marcelo todo mundo sabe, pois o livro virou best-seller, peca de teatro e filme. Eu dei risada quando ele escreveu que ouvia discos na vitrola! Como tivemos mudancas drásticas nestes últimos vinte anos! E reparei que o livro está todo sublinhado, bem de levinho, com lápis. Reparei que as partes sublinhadas eram as que ele citava nomes. Hoje, depois de vinte e dois anos, não consigo nem imaginar o que me fez fazer isso.... Quem sabe até eu terminar de ler, eu me recorde!

Fer Guimaraes Rosa - May 24, 2004 7:28 AM

Feliz Ano Velho, Asdrúbal Trouxe o Trombone,Start Me Up, dos Stones, Clara Crocodilo e Sabor de Veneno...que mais? Ah já tá de bom tamanho. Acho que somos da mesma geração. Boas lembranças aí em Campinas.

... olha só... quem sabe a gente se cruze... vem dar uma volta por Barão!

Cléu

Neguita!!! Que bom que não largaste tuas escrivinhações! Nossa, que mau humor hoje, nega, consegui perder minha carteira de $$$ com todos os cartões de banco dentro. Ufa!!! Que cagaço que me deu, liguei na hora pro VISA pois já tinha mais de 24 horas da perda, quando dei pela falta. GARAÇAS A DEUS quem achou não era tão bandido assim - um pouco era, neh, pois não me devolveu a cuja, que SÓ PODE ter caído dentro do estacionamento do Pão-de-Açucar aqui de Faville - mas pelo menos essa criatura não entrou na NET e não fez 850 mil comprar com meu rico cartãozinho, nem se enfiou num Shopping pra cometer desatinos. Nega, QUE SUSTÃO que eu levei, fiquei ROXA!!! É horrível a gente perder esse tipo de coisa, como a carteira de $$$, pois dá a impressão de termos perdido um pedaço da gente, neh mesmo? Bom, neguita, amanhã sem falta eu te ligo pra gente combinar algo, okaydokay?
BEIJÃO GRANDÃO, estimo muito saber que chegaste *safe & sound*, em que pesem todas as agruras da viagem longuíssima, coisa que eu também detesto, diga-se de passagem. Inté e tenha uma excelente noite, Yedalu.

Que legal Fer que voce esta ai no Brasil. E tao bom ne? e ao mesmo tempo estranho. Cada vez que vou me sinto que tenho 2 vidas diferentes: um ai e outra aqui... Gostei muito tb do livro o Marcelo Paiva, e cheguei a ve-lo 2 vezes no Cinema Unibanco em SP. Voce sabia que ele tb morou na California, acho que uns 8 anos atras quand ele fez mestrado em Berkeley se nao me engano. Abracao!

Fer...
Que bom! Que bom!
Esse livro me marcou muito, embora eu só tenha lido em 87, mas ainda era um trauma recente no povo universitário. Mas ele me fez sempre 'ficar esperto', quando as 'brincadeiras' dos colegas começavam a estrapolar. Na facu, no último ano em 98, teve um japa muito amigo (o Emerson), que 'bebinho', pulou de cabeça bem no raso na praia (naquelas despedidas do povo da facu). Quase ficou paraplégico, mas depois de meses de sofrimento, se recuperou e ainda conseguiu se formar conosco. Foi barra, lá na facu.
Mas falando em coisas boas... matando muita saudades, né? Que bom! Fico feliz em saber que está por perto. Nos falamos,
beijos,

Oi Fe!

Esse livro marcou mesmo. Imagino pra quem é de Campinas então.
Guardou meus telefones? :O)
Queria estar aí pra te ver.

beijossssssssss