January 14, 2005
um mar de lágrimas
Mais uma vez, a mesma cena se repete: chorando aos borbulhões, enxugando as lágrimas na beirada do lençol. The Best Year of Our Lives, de 1946, dirigido pelo William Wyler foi o causador do chororô desta vez. Quando o filme acabou, percebi que o lençol estava todo molhado. Sinceramente, acho que não posso mais ver filmes assim. Desta vez a história de três homens voltando para suas famílias depois de três anos lutando na guerra. Um deles, o marinheiro [Harold Russell], volta com as mãos amputadas, mas bem treinado pela marinha para usar eficientemente um mecanismo com ganchos como se fossem dedos. O outro, um sargento [Fredric March], ex-funcionário do banco da cidade, casado há vinte anos com a esposa perfeita [who else? Mirna Loy] e com dois filhos adolescentes. E o terceiro, um capitão [o bonitão Dana Andrews], que casou-se durante a guerra com uma fulana interesseira e vulgar, volta para o casamento frustrante e para um empreguinho medíocre. O ator Harold Russell ganhou dois Oscars pela sua performance neste filme e era realmente amputado e um veterano do exército. O filme foi um sucesso na época, recebendo um monte de indicações para o Oscar.
Outro dia foi a mesma água, quando eu me acabei de chorar com Mrs. Miniver, também dirigido pelo William Wyler em 1942 e que conta a [longaaa] história de uma família inglesa durante a Segunda Guerra Mundial. Grandes interpretações de Walter Pidgeon e Greer Garson, acompanhados por um cast brilhante.
Por isso eu acho que está na hora de parar de assistir a esse tipo de filme, não? Eu vi uma cena de Hotel Rwanda com o Don Cheadle no Jon Stewart e fiquei tão impressionada que já decidi que não posso ver esse filme. Não é que eu não queira ver, é que não posso mesmo.....
Ontem, pra tentar sair desse mar de lágrimas, vi De-Lovely, que achei bem fraquinho contando a história do Cole Porter, mas que superou-se na apresentação das músicas do compositor e nos números de dança. A final é bem triste [a esposa, amor da vida dele morre, com os pulmões podres e ele tem uma perna amputada], mas pelo menos não conseguiu abrir a minha habitual torneirinha.
Fer Guimaraes Rosa - January 14, 2005 12:13 PM
Meninas, vocês são tudo, né?
Escreveram tudo. É uma boa maneira de acabar o domingo. Lendo mulheres que adoro, conversando sobre um compositor que acho um dos maiores de todos os tempos, sobre cinema, Oscar, Golden Globe, músicas, blogs, tudo.
Não sei como existem pessoas que não foram fisgadas pelo cinema. Tudo que é bom e que eu gosto, foi apresentado e absorvido pelo cinema. É bem verdade que até os 14 anos era muito mais pela tv. Mas foi vendo produções para o cinema. Cole Porter, Gershwin, Sinatra, Big Bands, música clássica, Hitchcock, Marilyn, Rita, Audrey, Brando, Dean, De Niro, Kidman, Julia, Bulock,Spielberg, Hanks, irmãos Marx, Três Patetas e tanta; mas tantas outras coisas que só o cinema, ou em telona ou em telinha, nos trazem.
E agora, lendo tudo isso que vocês escreveram, tudo tão interessante e bonito. Ainda não vi mas vou tentar ver esta semana. Já vi duas vezes o trailer de Ray e não vejo a hora de poder assistir.
Acho que escrevi demais e meio sem sentido, mas...
simplesmente saiu.
Beijos Fer,
Beijos Meg.
Meg!!
Esse seu cmentario eh simplesmente maravilhoso!!!!!
Eh exatamente isso: o Kevin eh muito bonito [ainda], mas nao passa o verdadeiro carisma que o Porter deveria ter. Ele eh uma personalidade maior que o mundo e fica dificil um ator repassar isso, mesmo sendo um bom ator. Para isso ele deveria ser um ator grandioso, o que ele nao eh. Eh mais ou menos - se bem que acho que nao dah pra comparar - o caso do Leonardo Di Caprio vivendo o magnifico Howard Hughes em The Aviator - nao cola! Mas o Kevin se esforca e ate que manda bem. A Ashley eh muito nova para viver a Linda, que era pelo que eu sei 4 anos mais velha que o Porter. E lindissima, o que a Ashley nao eh [eh bonita, mas nao eh lindaaaaaaa]. O problema de De-Lovely eh certamente o roteiro. A historia eh mal costurada, cheia de erros cronologicos - eu fui pesquisar - e eh piegas... O que salva sao os numeros musicas, todo mundo muito bem, as musicas sao tudo, neh? Cole Porter eh maravilhoso!
Quero muito ver o filme do Kevin Space sobre a vida do Bobby Darrin. Nao sei se ja estreou, mas se nao, deve estar na portinha. Eu nao conheco muito o Darin, mas vou querer saber mais dele, agora que sei que voce ama!
Quero ver Sideways sim e muito, es[pecialmente porque o filme tem locacoes aqui perto, no Napa Valley! E dizem que eh o melhor filme, um strong contender para o Oscar!
Veremos amanha um aperitivo, com o Golden Globes, neh? Ah, adoooorooooo o GG e o Oscar! Podem me chamar de brega, eu confesso que adoro!!!!! :-)
Hoje fui ver Spanglish, que tbm vai concorrer a estatuetas. Nao gostei muito da historia, mas gostei muito do trabalho dos atores: Cloris Leachmann [fantastica!], Thea Leoni e Adam Sandler.
Beijao!!!! :-)
Sim, querida. Voltei porque agora gostaria de comentar esse filme que é um dos mais emblemáticos dessa série de "biopics" - O Ruy Goiaba cham acertadamente, creio, de cinebiografia.
Então antes de anunciarem, acompanhei a abertura do site em francês. Fiquei louca, mas já achava que o Kevin Kline era muito bonito pra ser o Cole Porter (Veja bem eu digo "bonito" demais, pois Cole era de uma distinção à toda prova, mas bonito não era. Bonita, linda e maravilhosa era - como vc diz o grande maior e talvez único, que se saiba, amor da vida dele, que foi Linda Lee Thomas Porter. Gloriosa, Fezoca, tenho fotos aqui do casal absolutamente incríveis. Agora, pense um pouco e imagine como esa história me comoveu: o Cole Porter apesar da perna amputada e doente toda a vida recolhia e ganhava forças no amor de Linda. E sempre teve suas limitações, mas teve uma vida com qualidade. Já ela, com toda a beleza, se vc vir fotos dela aos -apenas -53 anos ela parece uma pessoa de idade avançadíssima e toda a beleza esvaída.
Isso me toca tanto o coração. Chamem-me de piegas, mas essa vida de Cole Porter é ímpar, é singular e existem sim os seres bafejados pelos deuses. Tudo o que esse homem fez é maravilhoso.
Ashley Judd é bonita mas não creio que tenha a imponência de Linda Lee.
A única coisa que eu vinha saber de você era se as interpretaçãoes musicais "comprometem". Diz-se que Alanis Morrissete e Sheryl Crowl (sp?)foram colocadas - bem como praticamente todos os cantores porque, dizem, os jovens americanos não sabem quem é , quem foi, Cole Porter.
Eu fico na dúvida, mas não me surpreendo. Não podemos ver os outros com os "nossos" olhos, oue melhor sob a nossa ótica, não é?
Pois bem, desculpe pelo comment grandão. Creio que o filme seja lindo, esteticamente e pensei que algum dos atores iria "engolir" o resto do elenco, mas não foi assim, o que é o caso d "Ray" em que Jamie Foxx - li isso na Fer Cinefilia hooho, vem com tudo, anima e cuore, num clima de "não tem pra mais ninguém"
Nem se discute, tudo bem.
Aí, como se não bastase, quem chega ao apagar das luzes? Exatamente quem deveria ter chegado primeiro ou então num ano sem cinebiografias de cantores.
Kevin Spacey, querida, e eu nervosíssima, pois você sabe adoro ele (Doctor Rosa gostou muito de K´PAX, não?)
e ele vem com quem, o meu ídolo Bobby Darin.
Fezoca a vida desse homem é uma tristeza. Pois não teve a sorte de nenhum dos astros. Ele vai do digamos, quase brega, como Don't Rain on my Parade, que ele canta em American Beauty, mas ele e qualquer estilo que cantasse era show , era 10, mas escolhia por exemplo "Beyond the Sea", que é a versão em inglês da música La mer, de Charles Trenet que todo mundo da minha idade conheceu com Ray Connif.;-) hohohoho.
Ora, ele canta r&b, absolutamente tudo... A gravação dele de Minnie , the moocher, é o comtraponto perfeito para a gravação antológica de Cab Calloway.
E eu nem ouço nem falar...
Valha-me deus nossa senhora.
Bem, só resta esperar tudo para ah que branco que me deu Sunshine Eternal Spotlight , estou escrevendo as palavras queme vêm à cabeça; Brilho Eterno... pois o Globo de Ouro é amanhã. ou mlhor aqui no Brasil e hoje. E eu não arredo o pé da TV:-)
Desculpe, querida, mas eu queria mesmo era dialogar com voc~e.
Blog e cinema é demais pro meu coração:-))
beijos
E vc já viu, tem intenção de ver Sideways?
tons of love.
M
Sim, querida. Voltei porque agora gostaria de comentar esse filme que é um dos mais emblemáticos dessa série do "biopics" - O Ruy Goiaba cham acertadamente, creio, de cinebiografia.
Então antes de anunciarem, acompanhei a abertura do site em francês. Fiquei louca, mas já achava que o Kevin Kline era muito bonito pra ser o Cole Porter (Veja bem eu digo "bonito" demais, pois Cole era de uma distinção à toda prova, masbonito não era. Bonita, linda e maravilhosa era- como vc diz o grande maior e talvez único que se saiba amor da vida dele, que é Linda Lee Thomas Porter. Gloriosa, Fezoca, tenho fotos aqui do casal absolutamente incríveis. Agora, pense um pouco e imagine como esa história me comoveu: o Cole Porter apesar da perna amputada e doente toda a vida recolhia e ganhava forças no amor de Linda. E sempre teve suas limitações, mas teve uma vida com qualidade. Já ela, com toda a beleza, se vc vir fotos dela aos -apenas-53 anos ela parece uma pessoa de idade avançadíssima e toda a beleza esvaída.
Isso me toca tanto o coração. Chamem-me de piegas, mas essa vida de Cole Porter é ímpar, é singular e existem sim os seres bafejados pelos deuses. Tudo o que esse homem fez é maravilhoso.
Ashley Judd é linda mas não creio que tenha a imponência de Linda Lee.
A única coisa que eu vinha saber de voc~e era se as interpretaçãoes "comprometem". Diz-se que Alanis Morrissete e Sheryl Crowl (sp?)foram colocadas - bem como praticamente todos os cantores porque, dizem, os jovens americanos não sabem quem é , quem foi Cole Porter.
Eu fico na dúvida, mas não me surpreendo. Não podemos ver os outros com os "nossos" olhos, oue melhor sob a nossa ótica, não é?
Pois bem, desculpe pelo comment grandão. Creio que o filme seja lindo, esteticamente e pensei que algum dos atores iria "engolir" o resto do elenco, mas não foi assim, o que é o caso d "Ray" em que Jamie Foxx - li isso na Fer Cinefilia hooho, vem com tudo, anima e cuore, num clima de "não tem pra mais ninguém"
Nem se discute, tudo bem.
Aí, como se não bastase, quem chega ao apagar das luzes? Exatamente quem deveria ter chegado primeiro ou então num ano sem cinebiografias de cantores.
Kevin Spacey, querida, e eu nervosíssima, pois você sabe adoro ele (Doctor Rosa gostou muito de K´PAX, não?)
e ele vem com quem, o meu ídolo Bobby Darin.
Fezoca a vida desse homem é uma tristeza. Pois não teve a sorte de nenhum dos astros. Ele vai do digamos, quase brega, como Don't Rain on my Parade, que ele canta em American Beauty, mas ele e qualquer estilo que cantasse era show , era 10, mas escolhia por exemplo "Beyond the Sea", que é a versão em inglês da música La mer, de Charles Trenet que todo mundo da minha idade conheceu com Ray Connif.;-) hohohoho.
Ora, ele canta r&b, absolutamente tudo... A gravação dele de Minnie , the moocher, é o comtraponto perfeito para a gravação antológica de Cab Calloway.
E eu nem ouço nem falar...
Valha-me deus nossa senhora.
Bem, só resta esperar tudo para ah que branco que me deu Sunshine Eternal Spotlight , estou escrevendo as palavras queme vêm à cabeça; Brilho Eterno... pois o Globo de Ouro é amanhã. ou mlhor aqui no Brasil e hoje. E eu não arredo o pé da TV:-)
Desculpe, querida, mas eu queria mesmo era dialogar com voc~e.
Blog e ciema é demais pro meu coração:-))
beijos
E vc já viu, tem intenção de ver Sideways?
tons of love.
M
Pior do que eu que choro até cantando? hehehe
beijo
Ah sim, veja só como isso de blog é vício dos mais arraigados. Não tem cura,
Se o Sub Rosa estivesse funcionando, eu ia colocar uma foto da Greer Garson. Ela é linda, linda, linda.
Beijos, minha amda e cad~e o Moa? Beijo pra ele.
Meguita
Feeerrrr!!!!!
Querida, vc não vai acreditar que esse filme veio da locadora pra casa, tres (3) vezes e não consegui ver, exatamente pelo tsunami (hohoho) de lágrimas.
Querida, vc está arrasando nas narrações - ah esse sul dos Estados Unidos... eu não queria viver lá, claro, né, vi um documentário que em questões de sexo eles ainda estão na mesma do filme Jezebel com La Davis e Henry Fonda.. Mas queridinha... eu a-do-ro histórias do sul, dos US e a-mo quando vc reconta.
As minhas escritoras prediletas são elas.
Beijos , beijos e te adoro.
Ah, e o Sub Rosa: vc tá vendo o dramam?
Não sei... acho que não dá pra lutar com "coisas desconhecidas".
Que saudadade sabe do que? do Grey Matter, era assim?
Eu sempre amei os rapazes, o Noah e apesar de falhas que o Gabe detectou, é ainda o meu preferido.
Ainda existe, Fezoca?
Beijos que vou continuar te lendo.
Mas quis escrever o comentásrio logo.
Vc já viu Sideways?
Ah, como eu queria um telefone e papear com você.
Outro beijo
Meguita.