October 31, 2006

Ho Ho Happy Ha!

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October 30, 2006

É um fato..

Que hoje o dia amanheceu mais tarde. E já estava claro. E tinha neblina. E estava frio. Comprei um par de luvas novas, pois todas as minhas estão furadas. Preciso delas pela manhã, pois as mãos doem se eu não usá-las durante a pedalagem. Cinco graus Celsius e eu de cabeleira molhada. Congela a orelha, nega teimosa, pra ver se aprende. O professor estava de blusa xadrez, calça khaki e chinelo de dedo. Eu sinto frio, muito frio. Visto meu velho casaco de corduroy para ir ao banheiro, trabalho com um cachecol enrolado no pescoço, e durmo de meia.

Sábado pela manhã no Farmers Market os vendedores estavam fantasiados. À noite fomos ao cinema e vimos muita gente fantasiada andando pelas ruas. Muitos bailes de Halloween. Neste ano já me adiantei nas balas. Mas não comprei as grandes abóboras.

Eu passo muitas horas na cozinha. Anos atrás minha mãe me deu uma análise astrológica de presente e ouvi a astrologa falar no K7 sobre a escassez do elemento fogo no meu mapa astral. Ela dizia que isso requisitava atividades como cozinhar para ajudar a promover o equilibrio. E eu realmente gosto desses exercícios culinários, apesar de não ser muito boa com receitas, e ser incrivelmente atrapalhada e desorganizada.

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October 28, 2006

aceita um cafezinho?

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October 25, 2006

The fashionable me

Vi lá na Cris e também vou fazer!

What to Wear: fake fur
What NOT to Wear: colant de lycra, macaquinho de plush e leggings de malha com alça nos pés
What to Shoe: mary janes da Keen
What to Bag: uma variedade, dependendo da ocasião e do humor
What to Denim: low rise boot cut
What to E-Bay: posters antigos de cinema
What to Tee: preta básica
What to Accessory: xales largos e colares compridos
What to Bargain: gadgets e utilidades de cozinha
What to Jewelry: brincos de pressão vintage
What to Makeup: hidratante, batom, blush
What to Fragrance: Ajubá da Chamma da Amazônia
What to Hair: Be Curly da Aveda, para manter as ondas
What to See: qualquer filme dos anos 30
What to TV: TCM
What to Listen: Blues, Dylan
What to Read: livros de culinária, M.F.K.Fisher, Julia Child, Elizabeth David
What to Eat: pizza feita em casa, saladas
What to Drink: água & vinho

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October 23, 2006

Esta sou eu

Pintei o meu cabelo de preto e não estou me reconhecendo no espelho. Vou ao banheiro muitas vezes durante o dia. E é lá - ou indo ou voltando, que penso na maioria das coisas que escrevo aqui. Vou porque bebo muita água. E faço caretas, espirro, limpo o nariz, cruzo as pernas, suspiro, bocejo e bufo. Isso herdei do meu pai. Quando estou concentrada em algo que não está dando certo, eu bufo. Depois que me toco que tem gente em volta, vendo e ouvindo minhas bufadas. Estou zumbi porque não dormi muito bem. Sonhei, acordei, chorei, fiquei com uma cara de pinguça. Vesti um macacão jeans e uma blusa branca, porque ouvi alguém dizer que um blues man se vestia assim, todo dia. Eu não sou um blues man, mas gosto de pensar que sou. Estou preocupada, eu sou assim, me preocupo e sofro por antecedência, fico nervosa, estressada, me acabo. Depois tudo dá certo, ou nada acontece, e eu fico com aquela cara abestalhada, sorrindo com todos os meus dentões. E choro de alivio, de alegria. Mas sempre choro, disso eu não escapo. E esquento a moringa, me chateio. O dia nublou quando eu fiquei sabendo da morte do cachorro. Nada escapa, nada passa batido. Sou preguiçosa. Queria ter aquele pique de atleta, correr uma maratona, escalar uma montanha, esquiar. E saber analisar. Escrever uma tese de doutorado, mas tenho vergonha do que escrevo. E sou impaciente e imediatista, quero tudo agora, escrever agora, publicar agora, ler agora, chegar agora, acabar agora.

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todas juntas, diferentes

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October 22, 2006

seis? seis!

Tão brincando comigo, hein? São realmente SEIS anos escrevendo aqui? Uffh, arffe, bluff, fuuhn..... Não cansou ainda?

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October 19, 2006

Dylan não toca mais guitarra

Eu vi o Dylan pela primeira vez em Sacramento em 1999, quando ele dividiu o show - não o palco, felizmente - com o Paul Simon. Foi a realização de um sonho de muitos anos. Depois disso virou rotina. Em 2001 eu vi O Show mais bonito, que aconteceu exatamente um mês depois dos ataques terroristas. O público estava emocionado, Dylan estava inspirado. Em 2002 eu fui ao melhor show, quando dancei com Dylan e realizei um outro sonho, de ficar bem pertinho dele. Em 2004 ele veio até a minha cidade e deu um concerto na UC Davis, quando meu marido reclamou que não estava entendendo nada que o Dylan cantava e eu concluí o óbvio - que ninguém entende o que ele canta. Foi um bom show, apesar do Dylan nem ter se mexido no palco, mas isso os fãs entendem e aceitam. Ontem fui ver Dylan em Sacramento, no mesmo lugar que vi ele pela primeira vez em 99, na quadra de basquete dos Kings, o Arco Arena. Eu não gosto daquele lugar, acho insípido, não é a melhor venue para um show como o do Dylan. E para a minha surpresa, teve uma banda muito jovem abrindo o show. Dylan entrou com a mesma banda que o acompanha há anos - os rockabillies de terno burgundy, camisa e chapéu pretos. O cowboy Dylan estava de jaqueta branca, cabeleira grisalha desalinhada, que ele ajeitava entre os números. Vestiu um chapéu para Highway 61 Revisited e não tirou mais. Ficou no keyboard o show inteiro, de costas para o lado direito da platéia - ufa, eu fiquei de frente pra ele! Fez um show limpo, bem amarrado, seguro, previsível, misturando velhos hits, com hits novos do seu album recente. Depois da última música, ele voltou ao palco para agradecer aos aplausos. Sempre daquele jeitão dele, que os fãs já conhecem e nem estranham. Eu gostei de tudo, claro! Acho que vai ser difícil eu não gostar de um show do meu ídolo mor, um cara que eu venero e adoro há tantos anos.


* Dylan e sua banda em Sacramento, Califórnia - 18 de outubro de 2006.
Set list: Maggie's Farm - Just Like Tom Thumb's Blues - High Water (For Charley Patton) - When The Deal Goes Down - Tweedle Dee & Tweedle Dum - Tangled Up In Blue - To Ramona - It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding) - Rollin' And Tumblin' - Ballad Of Hollis Brown - Highway 61 Revisited - Nettie Moore - Summer Days. Encore: Thunder On The Mountain - Like A Rolling Stone - All Along The Watchtower.

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October 16, 2006

war is not the answer

Não lembro onde eu estava indo no sábado pela manhã quando passei por eles. Do outro lado da rua a fila enoooorme do restaurante japonês já estava formada, longa e jovem, caras de estudantes, asiáticos, em pé por horas para encher o bucho de sushi. E na calçada oposta aquele grupo silencioso enfileirado, também em pé, imóveis, sérios, muitas cabeças com cabelo branquinho, olhavam para o outro lado, ou não olhavam pra nada, mas estavam ali - como é rotina, todo santo sábado desde que essa guerra podre começou - protestando silenciosamente, segurando cartazes, deixando claro que são contra, como eu, como você. Só que eles passam todas as mannhãs, de todos os sábados, ali naquela calçada, mostrando que não concordam. Passei por eles pensando nas palavras da Angela Davis, que disse à uma platéia lotada no teatro da universidade na semana passada - ninguém precisa ser um herói, mas todo mundo pode fazer alguma coisa, ser um pequeno ponto, participar fazendo pequenas coisas, num esforço conjunto para uma grande mudança.

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October 15, 2006

papo panela

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AQUI & AQUI

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October 13, 2006

iê-iê-iê

Tenho visto muitas meninas pelo campus vestindo mini-saias. Algumas na bicicleta, pedalando como podem. Essa é uma moda que vai e volta. Vi muitas saias curtíssimas nas lojas - até vi uma nem muito curta, que me lembrou umas saias que eu fazia cortando e costurando calças velhas. Acho que a primeira mini-saia que usei depois que deixei de ser criança, foi uma feita por mim mesma, com uma calça cortada e emendada. Eu tinha essa mania de criar minhas roupas. Tinha - felizmente perdi esse entusiasmo anos atrás e agora me contento em comprar compulsivamente e possuir quatrocentas mil peças descombinadas. Mas mini-saias estão fora do meu guarda-roupa já faz tempo. Eu ficava bem nelas, por causa das minhas pernas longas. Usava as saiocas até no invernão canadense, com meia-calça grossa e botas. Mas num belo dia começei a me achar estranha vestindo saia muito curta. Uma coisa que eu tenho horrorrr, pavorrrr, terrorrrr, é de virar uma mulher madura sem noção. Você pode ter quarenta e cinco anos e ser jovial, liberal, moderna, papo-firme, divertida, exótica, simpática, excêntrica, super chique, diferente, estravagante, engraçada, bonitona, interessante. Só não pode ser ridícula, e foi por isso que eliminei as saias super curtas do meu guarda-roupa. E não sinto a menor falta!

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October 12, 2006

um visual very psicodélico

Minha chefe veio me falar uma coisa - eu sentada, ela em pé, eu olhando pra ela, e ela gesticulando e fazendo um movimento de corpo pra frente e pra tras. Fui ficando zuretra, minha vista embaçou, fiquei tontíssima, vendo tudo atrapalhado. Quando ela saiu do meu raio de visão, respirei aliviada e enquanto recobrava a minha visão me convenci de que deveria ser proibido por lei usar blusa branca com listras pretas desiguais - grossas e finas misturadas - para vir trabalhar! Ainda estou com o estômago embrulhado.

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Shiuuu!

Basta uma curta caminhada até o banheiro para eu me interar sobre os business de um tanto de gente desconhecida. Que fenômeno irritante é esse das conversas aos berros nos celulares em público. Eu tenho uma voz baixa, eu falo normalmente num tom baixo, e quando falo no celular na rua, numa loja, eu falo omo sempre falo - sem gritar. Ninguém vai ser obrigado a ficar ouvindo minhas balelas. Mas eu tenho notado muitos gritões por todo canto. Muitas vezes escuto alguém berrando na outra quadra, a pessoa está falando tão alto, que dá a impressão que algo dramático está acontecendo. É uma coisa chata, que gera desconforto. Eu não quero escutar a sua conversa. Dá pra falar mais baixo?

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October 11, 2006

on your left!

Quando eu estou na bicicleta passando por uma multidão de outras cletas e pernas passantes, nunca sei realmente o que fazer. Vou devagar, bamboleante, pois não quero causar ou sofrer nenhum acidente. Mas é pratica dos bicicleteiros quando passam por um pedestre berrar - on your left/ right! - pra alertar o caminhante que uma bike está vindo logo atrás e vai te ultrapassar. Quando eles vêem devagar ainda dá, mas o duro é ouvir um - on your left! - e ficar zanzando indecisa como uma mosca bêbada por uns segundos, enquando a bicicleta passa a mil pela sua esquerda, quase te atropelando. O aviso de right ou left pode funcionar com pessoas normais. Não funciona comigo, que nunca consigo me posicionar direita ou esquerda assim, num pisco de segundo.

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October 8, 2006

oi!

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oi Roux! oi Fê!!

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October 6, 2006

um dia como outro qualquer

Mais uma vez eu vou dizer que não tenho nada a dizer. Passo meu dia olhando códigos na tela gigante de um Mac cheio de post-it colados, e quando viro a cabeça para o lado vejo bicicletas, bicicletas e mais bicicletas. Alunos apressados perdendo hora pra aula, mudando de sala, de prédio. Quando acordo ainda está escuro. Isso tem me dado um desânimo. Correm os gatos na minha frente, um vai checar a comida, o outro pára no tapetinho vermelho e dá um bote - de leve - na minha perna. Eu rio. Já estou bebendo algumas xícaras de chá durante o dia, alternando com a água. Já preciso de sueters, um casaquinho outonal. À tarde alguém sempre diz - It's really nice out there! Leio livros, folheio revistas, cozinho e escrevo, ou só escrevo, ouço jazz antigo, vejo filmes na tevê. Hoje vou ao cinema.

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October 5, 2006

tá tudo azul na vida do gato

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October 4, 2006

Esponja

Não conseguia dormir pensando nas pessoas dentro do avião, imagens mórbidas pipocavam na minha cabeça por causa das coisas que li. Não é a primeira vez. Sou traumatizada por informações. Não lembro exatamente qual incêndio - o do Joelma ou o do Andraus, mas lembro da foto gigante na primeira página da Folha de São Paulo, mostrando os corpos retorcidos e carbonizados no terraço do prédio. Até hoje quando lembro dessa imagem, começo a suar frio. Eu era uma criança quando vi aquilo e nunca mais esqueci. Tragédias traumatizam todos, ponto. Em todas elas eu sofri e chorei, como se tivesse acontecido comigo. Elas deixam uma sombra, um gosto amargo na boca, um ligeiro pânico. Por que eu fui ler sobre o acidente, e sobre as meninas amish executadas por um pervertido doente? Não quero saber de mais nada, não quero ler nada, discutir nada, ver nada. É tudo uma grande tristeza.

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October 2, 2006

e obrigada

Muito obrigada à todos que deixaram recadinhos por aqui. Tive um feliz aniversário, mesmo com a tempestade de notícias deprimentes, avião caindo, corruptos e incompetentes se reelegendo, tiroteio em escolas, bombas e desgraceiras gerais. Por isso valorizo e agradeço muito todas essas vibrações positivas!

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October 1, 2006

mais um!

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