February 25, 2009

brilho

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February 24, 2009

sem prescrição

Uma das coisas que eu gosto no meu trabalho é o relacionamento que eu tenho com meus colegas. Não rola nenhuma frescurite, pois cada um fica na sua e não tem muito convercê. Eu quase não vejo o pessoal da administração—que é o que mais bate papo. Pertenço ao grupo dos geeks que bebem chá e dizem ni!

Melhor ainda é meu relacionamento com o meu supervisor. Às vezes até penso que ele poderia muito bem ser meu amigo, se não fosse tão nerdinho e fã do Paul McCartney. Quando fui fazer meu procedimento de embolização uterina no verão passado, fiquei preocupada como iria dizer pra ele que precisaria tirar dez dias de folga para me submeter a um tratamento num hospital, com recuperação, eteceterá. Como iria falar de ÚTERO e SANGRAMENTO com o meu chefe? Fiquei realmente preocupada, mas completamente sem razão, pois falar sobre útero e problemas uterinos com ele foi a maior tranquilidade.

Eu não tenho o perfil de uma hipocondríaca, muito pelo contrário, não faço o que tenho que fazer pois odeio me submeter a tratamento com remédios e chatices relacionadas. Mas no último ano meu convercê tem se restringido as minhas mazelas dentárias, uterinas e encefálicas. Então eu e meu supervisor pegamos essa hábito meio estranho de conversar sobre doenças—entre outras coisas, é claro!

Outro dia estava contando pra ele sobre o mega tratamento dentário que vou fazer, porque ranjo os dentes à noite e isso está detonando minha boca e me dando dores de cabeça descabelantes. Como ele tem um tom de voz bem alto, a jornalista que trabalha no fundo da sala ouviu os comentários dele sobre a minha história e veio me contar que ela também vai fazer um baita tratamento dentário com operação e horrores tais. Agora meu supervisor andou adoentado e já me contou todos os micro detalhes dos exames que fez, que não detectaram uma pedra no rim, como ele pensava que fosse, mas uma diverticulite no intestino grosso. Muito chato, muito chato mesmo.

Ele estava me contando sobre os exames que fez, sobre o ct scan que eu também fiz, e trocamos algumas informações naquele esquemão de papo de sala de espera de hospital—você tomou o liquido brilhoso pela veia? eu tive que beber. ah, mas ct scan não é nada, você iria odiar fazer era a ressonância magnética, essa sim, você tem que ficar trinta minutos preso num tubo....

Estavamos no maior troca-troca de informação médica, quando ouvi o meteorologista que trabalha no cubículo ao lado do meu grunir—toooo muuuuch informatiooooon.....

Depois dessa puxada no esparadrapo, fomos correndinho cuidar da vida e trabalhar.

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February 15, 2009

o espírito de Porto

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Tem um cheiro maravilhoso.
Obrigada, Mariana!

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February 11, 2009

careteiras

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minha mãe & eu

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February 10, 2009

[sessenta e cinco]

Não posso deixar o arquivo engolir o blog e preciso deixar registrada para a posteridade a minha última façanha.

Depois de várias décadas, dirigindo pra lá e pra cá em três países diferentes, tomei uma multa lascada por alta velocidade. No inicio de janeiro eu estava correndo pela 113, a estrada que liga Woodland a Davis, voltando do hipermercado, com o sol das quatro da tarde no olho, pisando fundo no acelerador porque eu não gosto de dirigir e quero sempre chegar rápido. Mas naquela tarde um carro preto e branco com as luzes vermelhas e azuis piscando se materializou atrás de mim e eu nem tentei me fingir de boba nem nada, simplesmente parei o carro e fiquei esperando a versão high tech século vinte um do officer Poncherello sair do carro piscante dele e caminhar lentamente até o meu, com seu uniforme preto impecável e aquela cara de bunda que policial faz pra mostrar autoridade. Agora já posso confirmar que eles fazem mesmo uma cara de bunda, porque a própria olhou pra mim, com desprezo, com irritação. E me deu um carcão daqueles. Perguntou se eu sabia quanto era o limite de velocidade naquela estrada. Quando eu respondi—75, ele me corrigiu num tom mais alto—65! E perguntou se eu sabia em que velocidade estava? Quando respondi—80, ele me corrigiu num tom mais alto—81! Oitenta e UM! Foi o UM que me lascou.

A multa chegou pelo correio esta semana e a facada será de $360 mangos, mais $66 para poder fazer a escola de trânsito, que eu vou ter que fazer senão nosso seguro do carro vai aumentar vinte por cento. Acho que aprendi a lição. Desde o meu primeiro encontro com o Poncherello de Woodland, que agora estou tentando com todo esforço obedecer ao limite de velocidade das estradas californianas.

»as velocidades aqui são em milhas, então 65m é 105km e 80m é 129km.

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