September 23, 2013

pingos de mel

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Poucos assuntos do mundo atual me interessam, admito. E ando obcecada com muitas coisas que ninguém se importa. Tenho esse hábito adquirido de sempre que posso encaroçar em thrift ou antique stores. Neste momento meu radar está calibrado para encontrar lenços e echarpes antigas. Ainda continuo olhando broches. E olho sempre os casacos, os vestidos e as saias. Além dos pratos, copos, xícaras, bules, bandejas.

A mulher ao meu lado ficou toda pimpona porque alguém comentou que ela parecia a amiga e não a mãe da filha. Eu não tinha nem reparado nelas, mas depois que olhei saquei que a diferença de idade era bem grande, se eram mesmo mãe e filha estava na cara. Quando ela falou toda orgulhosa que tinha acabado de fazer cinquenta anos e a filha tinha vinte e cinco, fui tomada por um misto de tristeza e desespero. Porque eu sou mais velha que ela e meu filho é mais velho que a filha dela e apesar de escutar muito esse papo de—oh, não acredito que seu filho tem tantos anos—quando olhei pra ela pensei putaqueopariu tô mesmo velha!

Nunca troquei tantos convercês com o meu filho, que está neste momento num sabátical pela América do Sul. Está sendo bem legal acompanhar virtualmente, embora em carater bem limitado, uma viagem que vai significar muito pra ele e pro que ele vai ser e fazer com o futuro dele.

Mais cinco semanas no campus e mudaremos para um predio novo, tudo moderno, tudo ergonômico, tudo high tech. Estou muito animada. Não, estou realmente SUPER animada. Mas não posso exagerar nas manifestações do meu entusiasmo porque nem todos estão nesta mesma onda.

Outono, seja bem-vindo seu lindo.

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September 19, 2013

every day is a good day for bad hair day

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malaca ogra—seu feriado foi bom?
eu—sim.
malaca ogra—fez churrasco?
eu—não.
#fimdaconversa

Tenho preguiça de escrever, assumo, não nego, escreverei quando puder e/ou reciclarei frases usadas de micro-blog. Só sinto que isso e uma pena, pois gostaria de usar esse espaço para registro do meu [tedioso] cotidiano para referências futuras. No ritmo que anda essa ideia, as menções serão bem breves.

Com cinquenta anos acordo com espinhas no rosto. Nem queira saber, nem te conto, os hormônios dessa idade. Por isso baixei o termostato da sala onde trabalho em dois graus e instalei um ventilador portátil na minha mesa. Logo vamos ter uma tal velha de xale reclamando que tá muito frio, se bem que essa criatura feiogra não tem mais voz no nosso escritório.

Uma das coisas mais constrangedoras de se presenciar é um homem ser perguntado, mas não querer dizer a idade dele na sua frente. Passei um dia inteiro rindo por conta disso. Já marcaram a data da nossa mudança de prédio [e saida do campus] no meu trabalho. Vai ter gente tendo ataques de desespero. Not me. Quem já mudou de país três vezes, não vai temer uma mudança de prédio. Please bitches!

Eu até que entendo gente de 38 anos se achando velha, porque eu também me achava velha aos 38. Só que eu tinha todas as razões do mundo. Uma delas porque aos 38 minhas amigas estavam grávidas e tendo bebes e o meu filho tinha acabado de sair de casa pra morar com a namorada. Fiquei velha muito jovem.

Bebi vinho verde na última semana do verāo.

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