October 14, 2014

small talk

A pessoa que denuncia os grandes clichês óbvios é também um grande clichê óbvio. Ninguém admite, mas somos tudo a mesma coisa.

Voltando de viagem, a sensação de que cheguei em casa pra mim é ver da janelinha do avião o patchwork agrícola da minha terra. #puroamor

Sonhos aos montes—com horta de alface, mala, hotel, elevador, vertigo, saindo descalça, minha mãe, minha irmã, meu pai caminhando novamente.

Sempre tive o maior cuidado quando vou usar louça que estava guardada por um tempo em armários, mas depois que tive que beber champagne numa taça com poeira e um inseto seco boiando na bebida, meus cuidados foram redobrados.

Alegrias de coió—nadar & cozinhar.

Salada com pickles de cebola, hambúrguer no brioche, vinho branco gelado, show de jazz na farmácia vintage da esquina, me senti muito feliz!

Vejo videos de maquiagem dizendo que mulher madura não pode usar sombras coloridas e brilhantes [fuén]. Dai que uma colega de trabalho bem mais velha do que eu, aparece super linda com uma sombra azul topázio glitter. Eu achei simplesmente divinomaravilhoso e vou copiar!

Vou ver instagram de gente que não conheco—minha vida é um tédio.
Vou ver instagram de gente que mora em cidade grande—vivo na roça.
Vou ver instagram de gente que mora na Europa—vivo no Wild Wild West.

Ventania e fui caminhar com um lenço bem longo.

| ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄|
| I CAN'T GIVE |
| YOU ANYTHING |
| BUT LOVE! |
|_________|
∧__∧ ||
( ´ω` ) ||
/   づ”.

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October 12, 2014

jazz at the drugstore

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October 2, 2014

viajantes

na ida:
Voo doméstico Sacramento–Dallas, um indiano viajou no assento da janelinha ao meu lado. Quando serviram as bebidas ele abriu a mesinha, tirou um saco de papel marrom não sei de onde, dentro do saco de papel estava acomodado um outro saco de plástico cheio de arroz com misturas que ainda parecia estar quente. Ele abriu um pacotinho metálico e jogou um punhado de coisinhas crocantes dentro do saco com arroz e mistura, descolou uma colher de plástico e se fartou de comer o farnel caseiro. Logo depois abriu um livreto todo em sânscrito e ficou rezando em voz alta. Eu tinha trazido um sanduíche de ovo e uma salada de edamame comprada por uma fortuna no aeroporto de Sacramento que não consegui comer de tão ruim. Da próxima vez, já sei.

na volta:
Voo internacional São Paulo—Dallas, eu abri o compartimento de bagagem e caiu uma mala em cima da cabeça do viajante atras de mim, um americano. Foi um festival de desculpas da minha parte e de caras de tromba da parte dele. Mas a culpa não foi minha, a mala [da própria vítima] estava muito mal ajeitada lá em cima. A longa jornada noite adentro estava apenas começando. Durante o jantar derrubei vinho na mesinha, empastelei arroz no vestido e passei mal, acabei tendo que vomitar no banheiro. Cheguei bem, o enjoo passou depois de três dias.

nas idas e nas voltas:
Já notei que tem sempre uma monja viajando no mesmo avião que eu. Será que isso é um bom sinal?

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