March 31, 2002

afreakyaccident

Cozinha é um local perigoso. Um prato de cerâmica encardido de queijo derretido, água e uma esponja. Numa fração de segundos o prato quebrou, a carne se dilacerou, o sangue jorrou em bicas e lá fui eu correndo pro ER do Sutter Hospital, em Davis.Na triagem a enfermeira diz "você vai sobreviver, mas vamos ter que te costurar um pouquinho". A pressão, que já estava baixa caiu de vez. Fui pra uma cadeira de rodas, porque não se podia correr o risco de um desmaio súbito e mais danos - desta vez pelo resultado de cair de cara no chão.

Primeiro faz a papelada. No meio do 'nome-sobrenome-endereço' me deram a lata de lixo pra vomitar. Tive de tudo: tonteiras, quase-desmaios, vômitos e até um peido desinibido, tal o nervoso de ver tanto sangue. O atendente, afetadíssimo, que escrevia meus dados num computador pergunta "você nasceu na Califórnia ou no México?". Eu levanto a cara da lata de lixo e limpando a baba de vômito respondo com visível desdém "eu nasci no Brasil...". Só fui melhorar dos enjôos e das tonturas quando uma senhora, voluntária, veio conversar comigo e perguntar o que tinha acontecido. "Me cortei num 'freaking accident' lavando um prato...". Ela diz que já viu isso acontecer antes, só que com um copo.

Depois de duas horas entro na sala para ser costurada. Estou tremendo de frio. O ajudante de enfermeiro - chamado Patrick e com cara de estar muito puto por estar trabalhando num sábado - me colocou um roupão e me cobriu as costas com uma manta. Me fez perguntas como "você já foi vacinada contra tétano?".

Mais um tempão esperando e entra o médico - a cara e a voz do Sam Elliott!!! Que sorte! Me espinetou com a injeção de anestesia, fez as costuras, eu reclamei que tava doendo, owch! Ele deu mais uma espinetada, disse que estava sangrando muito, deu as instruções gerais e disse com aquela voz de hollywood que a enfermeira viria limpar a bagunça.

A enfermeira me fez sangrar e quase desmaiar de novo. Ela chamou o Dr. Sam Elliott, que veio dizer novamente com aquela vozona de cinema que estava tudo bem. O Ursão disse "nós ainda temos que ir a um show hoje à noite..." e ela nem respondeu, claro, pois o que ela tinha a ver com isso? Embolotou meu dedão num curativo horrorildo e me mandou embora. "você está okay!". Ah é? Como você sabe?

Sabe quantas vezes eu repeti a mesma história - tava esfregando o prato sujo de queijo pra colocar na dishwasher e ele quebrou na minha mão? Ninguém imagina o que é passar três horas dentro de um hospital dando essa explicação pra todo mundo. E vou viver com isso por dez dias.... explicando tudo de novo pra amigos, conhecidos, família, colegas de trabalho e - imagine se não - as crianças!

owch!

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March 30, 2002

aw, noooo....

Wonderful land of California!

Inacreditável, mas estamos com um calor de 82°F [28°C] em plena primavera. Já estou até antecipando o [GASP!] verão.... Peraí, vamos devagar, né? 50, 60, 70 [SETENTA] e daí 80. Como é ruim essa pulação - dos 60 pros 80 em três dias. Eu estou toda atrapalhada e confusa, pois meu closet ainda está abarrotado de blusas de lã e casacos. Hoje vou ter que dar uma geral na zona. E ontem não tinha nenhuma roupa decente pra vestir. Parece que eu tô brincando, né, já que no meu armário falta cabide pra tanta roupa, mas é verdade! Não tinha. Roupa de verão estraga, porque lava mais que roupa de inverno. Já reparou nisso? E você cansa. As do ano passado me deram um enjôo. Eu comprei três dessas blusinhas de linha de seda italiana da GAP, com gola rulê e mangas cavadas - uma amarelinha, uma listradinha e outra preto e branco. Usei até não poder mais e não posso mais mesmo! Preciso sair às compras.....

Sem falar que estou branca e pálida. Eu detesto essa época de transição - saindo do inverno e saltando para o [GASP!] verão...........

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Falação

Eu tenho uns vizinhos chineses que são realmente incomuns. Normalmente os chineses são famílias discretas e quietas, que nunca pertubam ninguém. Não é o caso desses meus vizinhos. Eles estão sempre gritando no quintal ou na frente da casa e outro dia tiveram uma briga homérica que durou quase uma hora, com uma gritaria insana, bateção de porta, criança berrando e eu até achei que iria dar tiro e sangue, num crime passional. Eu fiquei angustiada, ouvindo a mullher gritar alucinadamente em chinês e o marido retrucar também em chinês e a menina chorar escandalosamente. Eu até queria entender o que estava acontecendo, mas depois pensei que ouvir uma briga em outra língua - que você não compreende - te livra do trauma de ouvir coisas desnecesssárias, fora que em briga de marido e mulher, melhor não meter a colher - quanto menos você ouvir e entender, melhor. Mas briga é briga em qualquer linguagem e ouvir a discussão, mesmo não se entendendo uma palavra, dá angustia.

Hoje eles estão no quintal, falando altão. Eu até levo sustos, porque agora nunca sei se eles estão brigando ou apenas batendo um papinho casual.

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March 29, 2002

a lot of bunnies

Feliz Páscoa!

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March 28, 2002

ah, all these neat people....

Como seria a minha vida se eu fosse como uma dessas pessoas perfeitas e arrumadinhas? Aquelas que estão sempre alinhadas, com o cabelo penteado - nenhum fio fora do lugar -, o batom sempre nos lábios, sempre perfumadas, com a roupa passada, a postura ereta, sempre seguras, nunca suadas ou demonstrando nervosismo, sabendo onde colocar as mãos e como se portar em pé, que nunca riem babando, que bebem e não dão vexame, que não tem mau hálito, nem chulé, que falam bonito, não engasgam, não tropeçam, nunca falam uma palavra errada, estão sempre radiantes, a roupa branca realmente branca, o sorriso impecável, nunca piscaram uma ramela, nunca espirraram saliva ou nenhum líquido corporal viscoso em ninguém, não roncam, têm sempre a resposta perfeita na hora certa. Ah............

Infelizmente eu pertenço ao 'outro' grupo de pessoas. Aquelas que estão sempre amarfanhadas, descabeladas - e nem está ventando -, cinco minutos comendo ou falando e já estão sem batom, o perfume sempre de menos ou demais, a roupa sempre amassada, corcundas até deitadas, suadas até no inverno, tremendo de nervosismo, estabanadas com mãos e pés, sempre soltando uma baba acidental quando dão uma gargalhada, que bebem e ficam chorando abraçadas na privada mais próxima - ou têm ataques de riso descontrolado -, que precisam estar sempre checando o bafo de alho, que não podem vestir tênis sem meia, que falam engasgando, gaguejando ou com erros básicos de concordância ou qualquer outra gafe gramatical, que estão sempre com olheiras marcantes e espinhas na ponta do nariz, a roupa branca amarelada, estão sempre preocupadas se não estão rindo com um naco de couve entalado entre os dentes, deixam escapar ramelas no canto do olho, estão sempre cuspindo sem querer ou espirrando na cara dos outros, roncam, ficam mudas ou balbuciando palavras tolas e só acham a resposta perfeita depois de duas horas. Bah..........


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March 27, 2002

chop!

Minhas decisões são sempre tomadas naqueles ímpetos, que chamamos de 'os cinco minutos'. Ontem me deu um deles, em plena estrada indo de Woodland pra Sacramento. Primeiro me deu um cinco minutos dentro do Wal-Mart, que eu decidi que iria comprar um microondas novo. [o meu era um Toshiba da década de setenta que ocupava um espação, apesar de funcionar cem por cento]. Eu quero mais espaço na minha cozinha. Como ganhei uma geladeira novinha na segunda e vou ganhar uma lavadora de louças mais moderna na quinta, resolvi que havia chegado a hora de trocar o microondas também.

Saí do Wal-Mart de Woodland, onde não tinha o microondas que eu queria, e decidi ir num outro Wal-Mart na I80, no Natoma Mall. No meio do caminho me deu um siricotico:

- que microondas, que nada! Eu vou mesmo é cortar esse cabelo que eu não tô mais agüentando.......

E fui. Fazia um ano que eu não dava um corte na juba. Meu cabelo é uma coisa: fios finos em quantidades absurdas, que o deixa pesado e fácil de embaraçar. E ele estava loongooo.... acredite-me.

Eu vou à um salão moderninho em midtown Sacramento. Eu vou sem marcar hora, porque sempre vou de sopetão [e uma vez por ano!!]. Cheguei lá as 11:40am e me deram um horário para a 1pm. Eu fui comprar um sanduiche numa deli na J street e sentei na grama de um parque para comer meu almoço. Depois fiquei no salão lendo revistas até o rapaz que iria cortar meu cabelo me chamar.

Coitado! Ele não contava com essa confa: Fezoca e sua cabeleira rebelde pra agitar o seu tranqúilo dia de terça-feira! Eu dei um suor no cara! Ele levou exatamente UMA HORA e MEIA pra cortar o meu cabelo!! Estava comprido, embaraçado e incrívelmente diferente dos cabelinhos das loiras que freqüentam aquele salão. Teve uma hora que eu notei que ele estava sem fôlego, respirando pesado, pois afinal de contas não é todo dia que aparece uma madalena como eu, com um cabelão daqueles!

Toda hora o cara suspirava e dizia "jizzz... you have a LOT of hair.." e completava dizendo "but it's beautiful, though...." . E é mesmo!! E está mais bonito agora, curto na altura dos ombros!

Ah, o microondas? Sim, eu comprei! Depois que saí do salão!!

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March 26, 2002

whatever happened to Will Smith?

A Rosane do Zuppa Geral perguntou e como eu não consegui deixar mensagem lá e ela não disponibilizou e-mail, vou responder aqui.

O que aconteceu com o Will Smith que desapareceu bem na hora do prêmio de Melhor Ator [a categoria onde ele concorria]?

Bom, segundo as fofocas do Sac Bee, a família Smith recebeu um telefonema dizendo que um dos filhos deles [o de 4 anos] estava indo pro hospital com uma febre alta e infecção de ouvido. A culpa bateu mais alta e eles sartaram fora! Não perderam nada, porque o Will nem tinha muitas chances de abocanhar aquele Oscar, né?

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March 25, 2002

pos-oscar

A noite do Oscar começou bem, com um papo fofoca com o Moa - ele vendo o canal a cabo que transmitia a festa no Brasil e eu pulando entre a ABC e o E!. Por que será que assistir ao Oscar é assim tãooo bom????

Eu achei esse novo teatro - o Kodak Theater em Hollywwod - muito mais bonito que o outro, onde a festa acontecia há alguns anos. Só que o espaço ficou bem mais apertado e logo na entrada, no red carpet, todos os atores e publicistas e guarda-costas se espremiam. Parecia um formigueiro. Enquanto a Joan Rivers no E! entrevistava os passantes, mal dava pra ver as roupas dos atores. Na ABC o Roger Ebert ficou atrás de um murinho, então pareceu mais espaçoso. Mas todos os entrevistadores tinham que repetir as perguntas e berrar, porque o burburinho estava grande. Parecia aquelas entrevistas de baile de carnaval no Brasil, quando o entrevistador berrava uma pergunta e o entrevistado berrava uma resposta padrão, nem sempre a ver com a pergunta!

O Tom Cruise estava horrível. Parecia que chegou correndo para abrir a cerimônia sem nem ter tempo de tomar um banho. E estava usando aquele aparelho de dentes transparente! Eu achei poucas atrizes bem vestidas. Destaque para a Sharon Stone, que vestia um longo preto lindo e para a Halle Berry, sempre muito bonita. Eu gostei do vestido da Cameron Diaz, mas peloamordedeus, o que era aquele penteado? Pior que o cabelo da Diaz, só o perucão da Jennifer Lopez - valha-me deus! A maioria dos vestidos estava 'so-and-so'. Nada inusitado ou diferente.

Gostei de todas as piadinhas da apresentadora Whoopi Goldberg. Ela faz o que ela pode, dentro das circunstâncias, mas mesmo assim consegue ser muito engraçada!

Amei a apresentação do Cirque du Soleil! Eles não tem muito a ver com o clima brega do Oscar, mas por isso mesmo foram sublimes, pois deram um toque de charme indiscutível à festa. Eles estavam no backstage fazendo malabarismos [se aquecendo?] na primeira hora da festa e toda vez que um vencedor ia para tras das cortinas, onde estavam a Glenn Close e o Donald Sutherland, nós víamos alguém do Cirque fazendo alguma pirueta!

Também gostei da surpresa da presença do Woody Allen, que foi engraçado e apresentou uma homenagem à New York bem feita, montada pela Nora Ephron.

Gostei imensamento dos prêmios de Melhor Atriz e Ator!!! Graçasadeus o Russell Crowe não ganhou! Parece que desta vez ganhou quem realmente mereceu.....

Mas o melhor momento da noite, na minha opinião, foi quando o Shrek ganhou o prêmio de Melhor Filme Animado e os monstrinhos de Monsters Inc. foram mostrados num close, dando um baita de um sorrisão amarelo [os perdedores! ha ha ha!].

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March 24, 2002

a mãe desmemoriada

Outra história daquelas.....

Eu trabalhei três anos para uma empresa de publicação de San Francisco. Eu fazia meu trabalho em casa, à noite, no meu computador. Os donos da empresa eram jovens empreendedores que mergulharam na onda das dotcoms no meio da década de noventa e foram alguns dos que se deram bem, porque venderam a empresa para uma grande corporação no final da década, antes de tudo começar ir pro brejo. Eu fui somente uma vez à San Francisco para conhecer meu chefe e o pessoal que trabalhava nos headquarters da empresa. Normalmente eu me comunicava diariamente com eles por e-mail, ou se dava algum pau no sistema eu ligava pra Oakland onde o técnico deles morava. Então eu fazia meu trabalho diário, enviava um e-mail pro Mike - que era o meu chefe - contando o que eu tinha feito, se tudo tinha corrido bem, uma mensagem quase padrão porque eu raramente enfrentava problemas.

Mas num belo dia eu praticamente não consegui trabalhar de tão lento que estava o meu computador. De um dia pro outro eu mal conseguia passar de uma página para outra no browser. Como o Gabriel tinha acabado de comprar um computador usado de um amigo e estava ajeitando a máquina, não precisei de muito tempo pra ter uma pulga eletrificada pulando frenéticamente atrás da minha orelha. Só faltava a confirmação, mas eu tinha noventa e nove por cento de certeza que tinha o dedinho do Gabriel naquela história. Fiquei puta da cara, como eu classicamente fico quando as coisas que deveriam funcionar, não funcionam e escrevi pro Mike avisando que naquele dia eu não tinha conseguido fazer o trabalho. Uma mensagem curta e grossa, porque eu estava muito brava até pra me estender no assunto.

No dia seguinte à tarde, quando o fulaninho chegou da escola, eu fui interroga-lo e já ataquei direto no ponto das minhas suspeitas:

- Gabriel, você tirou memória do meu computador ontem?

- sim, tirei! Porque eu estava precisando pra pôr no meu computador.

GRRRRRRRRRRRRRRRRR!!! Eu sabia! Como se eu não conhecesse o adolescente geek que eu tinha em casa! Nem lembro o que foi que aconteceu, mas deve ter rolado um barraco clássico da minha parte, com uma reação explanatória defensiva da parte dele e combinamos que ele teria que devolver a memória JÁ, NESTE INSTANTE, porque eu precisava trabalhar [ora boletas!] à noite e já tinha perdido um dia por causa daquilo [e se eu não trabalhava, não ganhava, né José?!] e que compraríamos memória extra pra ele.

À noite fui checar meu e-mail antes de começar a trabalhar e tinha uma mensagem do Mike perguntando POR QUÊ eu não fiz o trabalho, porque eu não dei explicação nenhuma e ele queria saber os motivos em detalhes. Eu contei a história - meu computador estava uma lesma lerda porque meu filho tirou memória pra pôr no computador dele.

No outro dia recebi resposta do Mike:

" HA HA HA HA HA HA!!!!! This was the funniest story I've heard in years!! Your son is a truly child of the 90's!!!!! "

Sim, senhor.... Pimenta no PC dos outros é refresco, né???

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Oscar 2002

Uma coisa interessante sobre assistir o Oscar.

Eu faço isso desde sei-lá-quando.... Lembro de estar deitada num sofá antigão que tinha na minha casa em Campinas [que não é a que meus pais vivem hoje] e assistindo ao Oscar, sozinha no escuro e me deliciando! Lembro dos prêmios que Um Estranho no Ninho recebeu. Eu era uma adolescente tímida e magricela e o Oscar era uma coisa super especial pra mim. Era gostoso aquele ritual de ficar acordada até de madrugada. Nunca pensei porquê a festa passava tão tarde pra nós no Brasil. Precisei mudar de país pra finalmente cair a ficha ....

Eu achava super estranho eu estar de pijama às 11:30pm e os artistas estarem entrando na festa sob a luz do sol. Imaginava que eles ficavam um tempão pra entrar e outro tempão esperando lá dentro! Nossa, estou assinando o meu atestado de monguice aqui em público, mas é a pura verdade!!

Nos meus anos no Canadá, a festa era televisionada mais cedo, às 7:30pm. Ficou mais confortável e menos cansativo [não precisava mais ficar acordada até às 3am!], mas o ritual ficou menos atrativo.

No meu primeiro ano aqui na Califórnia eu perdi a primeira meia hora da festa [e a mais legal] porque cheguei do trabalho às 6pm e o Oscar aqui começa às 5:30pm! Foi aí que entendi porque os artistas entram no teatro com a luz do sol!!!

Agora a festa do Oscar acontece no domingo à noite. Pra mim, às 5:30pm. Já estou na expectativa, mas sei que ver a cerimônia durante o dia não tem mais o mesmo glamour de passar a noite em claro, torcendo pelos seus filmes e atores favoritos. Mesmo que você não seja mais um adolescente!

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March 23, 2002

sabáticas

Yawn! Como é bom acordar às 9am no sábado!!

Estava chovendo, mas agora abriu um solão. Se eu não fosse tão preguiçosa eu dava um pulo no Farmers Market. A programação do findi poderia incluir uma sessão de cinema, que eu estou sentindo falta.

Hoje é a festinha da Cinderela da Lívia! Depois vou querer participar, vendo fotos e filmes! Alías, essa foi a maneira como eu participei de muitos aniversários, casamentos e festas nos últimos dez anos. Muitas vezes eu fico na dúvida: será que eu estive em tal festa ou só vi em vídeo?? ai, ai!!

No próximo sábado vamos ver o Taj Mahal. Nós fomos convidados para passar a Páscoa com a Reidun, mas acho que não vamos. Faz muito tempo que nós já paramos de comemorar esse feriado. Sem falar que aqui, a Sexta-Feira Santa não é comemorada por muita gente. É um dia normal, bem diferente do Brasil, onde é feriado e quase todo mundo faz o ritual do banquete do peixe - bacalhoadas maravilhosas, entre outras coisas. Um festival de comilança! Aqui as crianças fazem a rotina de ganhar os ovos no domingo, mas pra nós já não tem nada a ver. E nem somos muito fãs de chocolate, então...

Agora eu tenho um negócinho super prático para puxar minhas fotos da câmera. É um San Disk. Então já posso encher o blog de fotos de novo!! ho ho ho!!!

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March 22, 2002

bluuRp!

Meu almoço de hoje consitiu de sete pães de queijo gigantes [do tamanho de um muffin] e um litro de sopa de missô [um verdadeiro balde, do Sushi Nobu]. To passando mal até agora. Que exagero!

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March 21, 2002

desestressantes

Uma coisinha por vez. Ele está em finals, então vai ter que acabar o serviço em doses pequenas. Hoje o Gabriel instalou o plug-in pra visualizar java e trouxe meus arquivos do The Bat - trocentos mil endereços de e-mail e mensagens não respondidas. Nao sei quando vou conseguir colocar a correspondência em dia.

E preciso botar o papo telefônico em dia também. Ligar pra minha irmã, que faz um tempinho que não conversamos e eu não sei de notícias do Fausto. E tenho que ligar pro meu irmão, porque amanhã é aniversário da minha sobrinha Lívia. Ela faz três anos! Eu só a vi ainda bebezinha, com uns dois meses. Quando for revê-la vai ser um choque, principalmente pra ela! Alguém me contou que ela estava falando num telefone de brinquedo e perguntaram 'com quem você está falando Lívia?' e ela respondeu 'com a tia Fernanda!'. Essas pequenas coisas me deixam sorrindo, como a Paula dizendo 'meu nome não é Paula, meu nome é sereia!' ou a Júlia indo me buscar no aeroporto e eu perguntando 'quem é você?' e ela respondendo 'eu sou a Júlia! e você é a tia Fer!'.

Eu tenho a sorte de poder aproveitar pequenas doses de um remédio desestressante que é a minha convivência diária com as crianças. Todo dia quando eu chego na escola de manhã a Hannah vem sorrindo pra mim e diz 'feMandaaaa.... i'm hungry, i'm tired and i'm cooold....'. Eu respondo 'ohmaigosh!! pooooor hannah!!! hungry, tired and coooold!!!' e ela morre de rir e me abraça!

Na janela da minha casa fica o Senhor Misty Gray, aproveitando os ares de primavera, agora que eu deixo tudo aberto. Eu vou trabalhar dizendo 'tchau miauzito!' e acenando pro bicho na janela e logo percebo o ridículo dessa situação. Mas mães e donos de animais são gente boba mesmo! Na volta do trabalho, estou distraída procurando a chave da caixa de correio na bolsa quando escuto um 'miauuu miauuu'. Olho pra janela e lá está o Misty Gray, todo alegre de me ver e se manifestando sem vergonha dos vizinhos gatos acharem ele um puxa-saco. Eu adorei a recepção! Agora espero um miado vir da janela todos os dias!

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March 20, 2002

field trip

Nossa, como faz tempo que eu não vou ao cinema!! Acho que durante os meses que precedem o Oscar, tudo fica um tédio, só pode ser!! Tem um filme interessante em cartaz no Tower - Monsoon Weding, um filme indiano. Eu vi o trailer e parece legal. E é uma oportunidade de ouvir outra língua sendo falada na sala de cinema.

Eu ando tão cansada fisicamente que chega uma hora que eu não consigo nem ficar de roupa normal. Tenho que vestir uma calça de pijama , um blusão largo e meus tamancos Birkenstock. Meu cansaço deve ser também 'stress related'.

E hoje é o primeiro dia de primavera e eu passei frio o dia inteiro. Acreditei na meteorologia do Sac Bee que previu 22 C na máxima e caí do cavalo. Fui trabalhar de macacão e uma t-shirt de algodão de manga comprida e vi minhas mãos irem ficando roxas... eu não aprendo!!

A field trip foi um sucesso. Eu bati mais de 70 fotos, mas não sei quando vou poder puxa-las da minha câmera. Fomos recepcionados pela firefighter Gina, que nos mostrou toda a fire station e até deixou as crianças ajudarem a segurar a mangueirona espirrando água. Nós visitamos desde a cozinha e sala, até os quartos dos bombeiros. Eles vivem lá, nos plantões, como se fosse uma casa. Na sala tinha uma tv enorme e umas dez poltronas de couro reclináveis, dessas Lazy-Boy. Um dos quartos que estava com a porta aberta, mostrou uma bagunça inimaginável para um super-herói! Parecia mais um quarto de adolescente rebelde e preguiçoso! Ainda bem que as crianças nem repararam, senão iria ser difícil explicar aquilo! A firefighter Gina desceu pelo 'pole' de emergências duas vezes, subiu na escada giratória gigante de um dos carros e deu tchauzinho lá de cima, deixou as crianças explorarem um dos caminhões antigos da década de 30 [e elas se fartaram de tocar um sino irritante!] e depois mostrou todas as roupas que os bombeiros usam pra trabalhar - que protegem todas as partes do corpo contra o fogo, têm máscara de oxigênio e um bip para encontrar o bombeiro no meio da fumaça - uma parafernália que pesa quase 25 quilos. Ela também explicou normas básicas de segurança e ensinou as crianças a rolar e engatinhar sob a fumaça [um lençol que flamejava sobre as cabecinhas deles]. Caminhamos vinte minutos pra ir e mais uns trinta pra voltar [como eles se arrastavam na volta!] pelo campus da UCDavis. Todas as crianças ganharam um chapéu vermelho e um distintivo - Junior Firefighter. Eles adoraram e depois do almoço, no playground, brincaram animados de ser bombeiros, apagando fogos na casinha de madeira e nas wagons de plástico!

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March 19, 2002

my partner

Amanhã vamos ter uma field trip na escola. Estamos indo visitar a fire station daqui da UCDavis. As crianças estão excitadíssimas, mal podem esperar. Vocês sabem que os bombeiros são super-heróis para elas, né?

Muitos pais vão nos acompanhar como voluntários. Então como sempre acontece nessas field trips, duas crianças são designadas para cada adulto. A Carrie, que fez o penoso trabalho de distribuir as crianças de acordo com infinitos parâmetros [as que obedecem, as que andam devagar, as que os pais não voluntariaram, eteceterá...], me colocou com o Tristan e a Hailee. Um equilibra o outro. Não querendo tomar lados ou dar preferências, mas você precisa berrar o nome dessa menina vinte vezes até ela resolver olhar pra sua cara. Já o Tristan é uma gracinha que a gente só não abraça e beija o tempo todo porque ele é menino-macho e não deixa.

A Judy já avisou todas as crianças com que adulto elas vão - com mãe de fulano, com pai de sicrano, com a professora tal.... Então eles já estão na marcação. E na expectativa.

Brincando no playground, no meio de uma empolgada luta entre power rangers, o Tristan me viu e veio perguntar:

- are you going to be my partner tomorrow on the field trip to the fire station?

Yep!!! We're going to be partners!!!

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March 18, 2002

tempo & paciência

Já faz uma semana que estou usando o Linux e até agora não tenho meus programas instalados aqui. No Photoshop, no Homesite, no Cute FTP .......... Haja paciência, mas eu dependo do Gabriel.... Não estou podendo fazer nada direito e ainda não posso puxar fotos da câmera, não posso usar o scanner. Ótima oportunidade para desenvolver ainda mais a minha paciência zen.

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March 17, 2002

hellos & goodbyes

Na sexta-feira passada tivemos uma festa de queijo e vinho para nos despedirmos de um casal amigo que está voltando para o Brasil nesta semana. Bebemos, comemos, rimos, papeamos. Na quarta-feira eu fui visitá-los e enquanto conversávamos coisas da vida de exilados [de quantos hellos e goodbyes dizemos por ano] eu olhava para o rosto da minha amiga e pensava que nunca mais vou revê-la assim cara-a-cara. Quando a gente diz adeus, é pra valer. Não estou dizendo isso da boca pra fora. São dez anos dessa experiência, nunca reencontrando amigos que se foram e se espalharam pelo Brasil e mundo afora. Nós sempre choramos, nos abraçamos, prometemos escrever e mandar fotos, mas quando todos se ajustam novamente às suas rotinas, caímos na armadilha do esquecimento e as cartas vão ficando espaçadas, os telefonemas tornam-se anuais e logo a distância faz o estrago. Nunca consegui fazer isso acontecer diferente.

Ontem, outra despedida. Num churrasco na casa da Leila e Peter, falamos adeus para um médico campineiro que provavelmente nunca mais reencontraremos. Um cara bacana, que fala com o nosso sotaque e nos faz rir com suas histórias interessantes. Mais um que vai embora.

Mas esses goodbyes convivem harmoniosamente com os hellos. Todo ano conhecemos novas pessoas e muitas vezes deslanchamos amizades gostosas. Agora nossos novos vizinhos são brasileiros e já estamos organizando pequenos jantares regados a muito vinho e muito papo. É tão fácil! Então vamos aproveitar!!

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March 16, 2002

japfood

Esse é o melhor restaurante japonês em Davis, segundo o amigo japa do Ursão. Eu não conhecia. Só conhecia o Fuji [meu favorito, so far] e o Tokyo, que nos dias de semana tem o horroroso Mongolian Barbecue à $3,95 per person, que eu detestei. É bom pra estudante faminto, que quer comer um monte de carne e pagar pouco. Vamos testar o Sushi Nobu hoje. O Ursão já foi lá com o pessoal do departamento dele [mais o amigo japonês]. E hoje é a minha vez de ver se é bom mesmo.

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March 15, 2002

mais explicações

Ainda está tudo meio confuso aqui. Meus programas continuam na fila para serem reinstalados [é, eu não sei instalar nada nesse Linux...] e eu me descabelo diáriamente para fazer as coisas mais simples, aqui neste computador. Também não estou usando editor de texto pra escrever, porque o que o Gabe instalou aqui [Kword] transforma todos os acentos em pontos de interrogação quando eu faço copy/paste. Aliás, até o copy/paste no Linux é diferente. Estou me sentindo uma infoanta, aprendendo o beabá. Então estou escrevendo direto no Greymatter e não tem corretor ortográfico pra pegar meus erros no pulo, então desculpem o mal jeito, se eu escrever algo horrivelmente incorreto. Também não tenho tempo de escrever de manhã e quando chego aqui à tarde, estou me sentindo um sabugo de milho chupado e nem sei como tenho conseguido pensar, quando mais escrever coerentemente. Sem falar que ainda tenho que cozinhar, se eu quiser comer algo saudável. Puf!

Mas eu não posso reclamar. Estou fazendo um horário na escola, que quando as crianças vão descansar eu tenho mais de uma hora pra ficar sossegada, lendo o jornal e ouvindo música clássica. Estou a par de todas as notícias: o possível sequestro das meninas no Oregon; a mulher que matou o marido com analgésico de cavalo na região de Sacramento; a previsão do tempo, as desgraças em Israel; o julgamento da mãe que matou os cinco filhos; as estréias no cinema; eteceterá!

Hoje a Natalie me deu um desenho - um auto-retrato dela andando de patins! Eu queria colocar o desenho aqui, mas não sei onde está o scanner [ o programa, porque o aparelho está aqui do meu lado]. Também hoje foi um dia em que estive com a paciência meio tosca. Meu corpo doía, o sol não esquentava e todo mundo resolveu ficar brincando de lutar - um chutando a cara do outro -, resmungando e chorando sem motivo ou despencando de cima dos brinquedos e chorando mais ainda. É sexta-feira.

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Jazz is cool

O programa UCDavis Presents tem um calendário interessantíssimo de atrações. Eu sempre olho o booklet anual deles, mas nunca tinha ido a um show. Neste ano de 2001/2002 eles tiveram [e ainda terão] todo tipo de apresentação: Kiri Te Kanaka, Jazz Orchestra do Lincoln Center com o Wynton Marsalis, Balé das Filipinas, Blues de Chris Thomas King [o Robert Johnson de Oh Brother, Where Art Thou?], Miami City Balé, Cesária Évora, The Shakespeare Revue, Drummers of Japan, Twyla Tharp Dance, Lech Walesa [sim, ele mesmo!], Mariachis, Dance Theatre of Harlem, The Chieftains, Acróbatas de Taiwan, Midori, Rubin Carter [The hurricane, em pessoa], Laurie Anderson, Mystical Arts of Tibet, Dança de Mozambique, Balé Espanhol de Antonio Márquez, Buena Vista Social Club presents Omara Portuondo, London City Opera, Saigon Water Puppet Theatre, Janet Reno [ohdear...] entre outros solistas, comediantes, musicos de todos os gêneros e figuras interessantes.

Eu nem sabia onde ficava o Freeborn Hall, aqui na UCDavis, onde a maioria dessas apresentações acontecem. Mas sempre há a primeira vez em tudo e terça-feira a Jean me convidou para ver um grupo do Newport Jazz. Uma trupe de sete musicos de primeira, dando um show de bola no piano, bateria, violoncelo, trumpete, saxofone e guitarra. Eles tocaram - com alguns solos e improvisações um pouco longos para o nosso gosto - por duas horas e meia e foram de Duke Ellington à Sonny Rollings e Tom Jobim. Foi muito legal, não só pela música deliciosa, mas também pelo papo e companhia simpatica da Jean.

E em breve, todas essas atrações ganharão um espaço muito melhor, saindo do Freeborn Hall para o Mondavi Center, que é um centro de artes pra ninguém botar defeito!

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March 14, 2002

beggar's banquet

O sinal na saída da one thirteen e entrada da covell é um ponto de pedintes. De vez em quando tem um lá de pé segurando um cartaz, mas eles não são mendigos, gente miserável. Algumas vezes são uns caras de pau que pedem dinheiro pra booze. O de hoje era um sujeito alto, loiro, de barba, vestindo um chapéu e um sobretudo longo de couro - um Indiana Jones. Só que ele segurava um cartaz de papelão dizendo "on the road. broke and hungry". Essas cenas são a cara do sonho americano....

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Vinte anos de ET

É inacreditável - o filme ET já vai completar seu aniversário de 20 anos!!! Neste sábado o canal 3 [NBC, eu acho] vai mostrar um especial, com takes inéditos e uma reunião do elenco, que vai ser muito estranho - todo mundo vinte anos mais velho!

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March 13, 2002

the documentary

Eu preciso escrever sobre as coisas, pra finalmente parar de pensar nelas.

Domingo eu relutei, mas acabei vendo o documentário 9/11, televisionado pela CBS. Duas horas, sem intervalos, com as imagens feitas pelos dois irmãos franceses, que faziam um documentário sobre um dos bombeiros em treino, numa das fire stations de Manhattan. Eles estavam lá filmando, quando o primeiro avião chocou-se contra a primeira torre e pegaram tudo em video. Depois filmaram os bombeiros dentro da torre número um, a última a cair. As cenas são impressionantes, porque sabemos o que vai acontecer. Parece que estamos assistindo um filme de ficção, desses tipo "Inferno na Torre", só que sabemos que ali tudo o que estamos vendo é verdade e que a tragédia vai muito além daquelas cenas.

Um dos irmãos filma as pessoas na rua, o ar de incredulidade em cada rosto. Depois ele filma o pânico. O outro filma os bombeiros dentro do prédio. Ouvimos uns estrondos e os bombeiros dizem "those are the jumpers...". São as pessoas pulando do alto do prédio e ouvimos o barulho do baque dos corpos contra o chão. São muitos. Um dos bombeiros diz que está "chovendo gente". Caem pedaços de vidros e material de construção e pedaços de gente. É o horror, mas ainda é apenas o começo. Quando o segundo avião se choca contra a segunda torre, ouve-se o barulho. Eles tentam achar saidas mais seguras para fazer a evacuação, porque não é seguro sair com toda aquela gente pulando e pedaços do prédio caindo. A tensão é tão grande que meu estomago encolhe e minhas mãos se agarram nas beiradas do sofã. Os irmãos filmam tudo. O desespero nas ruas, a primeira torre caindo e os bombeiros dentro da segunda torre, quando tudo balança e fica escuro de poeira. Ainda há mais filmagens dentro do prédio e quando finalmente eles saem e a segunda torre cai, a câmera continua ligada filmamdo tudo. A cena que me marcou foi a de um senhor gordo de óculos, com uma valise na mão, todo sujo de poeira, caminhando a esmo com a boca aberta depois da queda das duas torres. Ninguém nunca imaginou uma coisa daquelas acontecendo fora de um filme. Até agora nós ficamos só lendo relatos e tentando imaginar o que aconteceu lá dentro dos prédios. Agora temos as imagens, de um filme que não teve nenhuma produção, mas que me deixou sem dormir... mais uma vez.

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Sudão

Uma mulher do Sudão me catou pra cristo e em dez minutos me contou toda a sua vida - sem brincadeira! Me deu até um desespero. De pé debaixo do sol ela desfiou o rosário: que o marido fez um PhD na UCDavis e trabalhou como professor numa universidade no Utah, onde nasceram os filhos e então ela decidiu voltar pro país dela. Maior erro. Ela contou que o governo que está no poder há dez anos - e é financiado e apoiado pelo Bin Laden - só promoveu a guerra, a destruição e a miséria. Segundo ela, o governo não quer que os rapazes atendam a universidade, pois eles querem treina-los para enviá-los para a guerra. Eu não fiquei fazendo perguntas, mas parece que é uma guerra religiosa entre muçulmanos e cristãos. O marido virou perseguido político e ficou anos sem conseguir arrumar emprego, nem mesmo em outros países islâmicos. Os filhos exigiram voltar para os EUA, onde estão estudando e nem pensam em voltar para o Sudão. Ela disse que o país dela é riquíssimo pois tem petróleo, ouro e lá chove muito. Até agora eu não sei por quê essa mulher me escolheu pra contar essas coisas. Em dez minutos ela me surpreendeu com os relatos da sua história pessoal e sem querer me fez adicionar esse país africano no meu pequeno e restrito mapa mundi mental.

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March 12, 2002

and more Sonoma Valley


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More Sonoma Valley

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Sonoma Valley

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explicações

Hoje não fui trabalhar pois fui ao médico e quis ficar o dia em casa. Bom, primeiro quis ir ao mall em Sacramento encaroçar na Macy's e outras lojas que eu não vou há séculos. Depois desisti. Pensei em ir até o outlet em Vacaville, mas acabei desistindo também. Acabei vestindo uma calça de pijama e uma blusa de lã confortavel e vou ficar por aqui mesmo. Meu corpo inteiro dói. Meu médico pediu um montão de exames, nunca tirei tanto sangue na vida. Mas ele disse que não tem a minima idéia do que seja isso que eu tenho. Me indicou para uma pessoa que faz body stress management - whatever that is!

Também estou tensa com as coisas que não funcionam direito aqui. Pra editar e postar essas fotos do Sonoma Valley eu levei o triplo do tempo, pois estou usando programas diferentes, que não conhecia e nunca tinha usado. Foi tudo devagar.... e os browsers dão uma diferença. Dá licença hein Gabriel, mas eu quero o Explorer, o Photoshop, o Cute FTP e o Homesite de volta, hein??

Bom, mas preciso explicar essas fotos todas! São do passeio que fizemos no sábado com a Leila, o Peter e o Fernando. Invés de bater ponto no Napa Valley, como sempre fazemos, seguimos as dicas da Leila no Sonoma Valley e adoramos! As vinícolas são mais distantes, não é uma atrás da outra como no Napa, mas por isso mesmo o passeio foi legal. Conhecemos paisagens diferentes. Estava tudo muito lindo, as plantações de uvas intercaladas com plantas de mostarda, tudo florido. Fizemos o wine tasting em várias vinícolas, que é o charme dos passeios naquela região de vinhos.

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March 11, 2002

linux groove

Finalmente Bug Free!!! Fezoca Online totalmente powered by Linux!

Depois de uma semana com problemas no Explorer [e vindo há meses com problemas chatonildos básicos do Windows] o Gabriel deletou tudo e instalou o Linux na minha máquina! Ainda está faltando algumas das minhas ferramentas básicas, mas eu estou aprendendo também a usar outras. Troquei o The Bat pelo Ximian, o Explorer pelo Mozila e Konkeror, o MsWord pelo Kword, o Homesite pelo Bluefish e o meu ICQ está muito diferente e ainda não arrumei tudo. Mas eu chegarei lá.... funky and groovy!

Tenho uma tonelada de fotos das vinícolas do Sonoma Valley e muito papo furado pra publicar, então até lá!

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March 7, 2002

flowers



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March 6, 2002

best friend

Fezoca e sua melhor amiga Silvia

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March 5, 2002

fire drill

Os caras do management [sempre eles!] estavam limpando as teias de aranhas no teto dos corredores. Eles têm que usar uma escada mecânica, dessas que ficam instaladas num carro, porque o pé direito é realmente alto, com janelas de vidro lá no topo. Bom, não sei o que os dois zémanés fizeram, mas eles detonaram o alarme de incêndio do prédio.

Todo mundo sabia que não era nada, que tinha sido apenas uma mancada dos caras limpando as teias de aranhas, mas nós somos obrigados a fazer todo o procedimento do fire drill. Nós temos centenas de crianças dentro das salas e somos regulados por trocentas e duas leis. Eu acho certíssimo o jeito que as coisas são feitas, não só pela segurança, mas também pela prática. No dia que realmente houver fogo [toc toc toc] já sabemos o que fazer 'by heart'.

Então pegamos todas as crianças e as levamos para o fundo do playground, encostadas na cerca. Checamos banheiros e classes e fizemos a chamada, para conferir se todas estavam lá. E esperamos de pé a chegada dos bombeiros. Eles chegam em menos de cinco minutos. As crianças ficam num excitamento incrível, porque pra elas os bombeiros são quase iguais aos super-heróis. Dois caminhões chegam. Os bombeiros checam o prédio todo. E sempre entram pra conversar com as crianças e dizer que elas fizeram um 'bom trabalho' obedecendo às professoras e seguindo as regras do fire drill. É muito engraçado como todas elas olham para os homens vestidos de amarelo, com a boca aberta e os olhos brilhando. Essa foi a parte mais excitante do dia para todos lá na escola. Graças aos desengonçados limpadores de teias de aranhas.

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March 4, 2002

Primas

Eu adoro essa foto! Eu e as minhas primas: Sônia na frente, Ana Beatriz agachada no chão, Heloisa à esquerda e Fezoca à direita. No meio, a Cris [ainda bebê, hoje ela tem 22 anos!]. Só está faltando a minha irmã nessa foto. Onde cê tava, Lezoca?

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Tao II

ACCEPTING THE IRREVOCABLE

Nature's way is to say but little;
high winds are made still
with the turn of the tide,
and rarely last all morning,
nor heavy rain, all day.
Therefore, when talking,
remember also
to be silent and still.

He who follows the natural way
is always one with the Tao.
He who is virtuous may experience virtue,
whilst he who loses the natural way
is easily lost himself.

He who is at one with the Tao
is at one with nature,
and virtue always exists for he who has virtue.

To accept the irrevocable
is to let go of desire.

He who does not have trust in others
should not himself be trusted.

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Tao

THE CREATIVE PRINCIPLE OF TAO

The creative principle unifies
the inner and external worlds.
It does not depend on time or space,
is ever still and yet in motion;
thereby it creates all things,
and is therefore called
'the creative and the absolute';
its ebb and its flow extend to infinity.

We describe the Tao as being great;
we describe the universe as great;
nature too, we describe as great,
and man himself is great.

Man's laws should follow natural laws,
just as nature gives rise to physical laws,
whilst following from universal law,
which follows the Tao.

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March 3, 2002

pernalonga

Seguindo o trend iniciado pelo Hiro:

A famosa Pernalonga!

uma pequena grande fezoca

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Eu e Ca Mam

Eu sonhei com a Ca Mam. Isso reflete um pouco a minha culpa, por estar devendo mensagens pra ela. E também porque tenho vontade de conhece-la. Nesta semana conversei com uma colega de trabalho que é chinesa. Ela nasceu no sul da China e veio pros EUA pequena. A família do pai está toda aqui, mas a da mãe continua na China. Ela disse que desde 87 que não visita a família que ficou por lá. Ela fala inglês perfeito, mas se nota um leve sotaque oriental. Eu então contei da Ca Mam pra ela, da viagem que ela fez à China e de como eu me deliciei com as histórias e fotografias que ela colocava no blog.

Ca Mam, no sonho nos fomos juntas a um templo budista. Estávamos num carro antigo, desses americanos da década de 50, vermelho e branco. Eu quis voltar rápido pro carro, porque tinha certeza que tinha deixado a porta destravada [essa coisa de ser distraída é uma característica minha!]. E quando voltamos ao carro, a porta estava mesmo destrancada e eu pensava ‘Graçasadeus que não roubaram o carro da Ca Mam!’. Não sei em que cidade estávamos, mas eu me sentia realmente feliz de lhe ver e dizia que pessoalmente você era um pouco diferente das fotos suas que eu tinha visto no seu blog .

Que viagem, hein? Foi um sonho legal!

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March 2, 2002

ohsunnyday!

Tragédias do cotidiano:
Ontem eu queimei [derreti] um tupperware dentro da máquina de lavar louças. Hoje eu queimei um bolo de banana, que cresceu e caiu no forno. Tem um alarme de incêndio na cozinha e toda hora o dito cujo detona, com uma barulheira insuportável e então toca eu a abanar o teto que nem uma louca com um pano de prato, pra fumaça espairecer e o treco parar de apitar.

Também fui fazer um pão de queijo, desses de pacotinho que a Clau me deu e pus muita água e deu tudo errado.... Ficou uma gosma. To precisando me benzer! Cruizes!

Música:
Ou simplesmente chacoalhar o esqueleto. Amanhã no Powerhouse Pub tem show de uma banda de funk que eu gosto – Mercy Me. Somente seis mangos!

Cinema:
E nos cinemas não há absolutamente NADA que eu queira ver. Monotonia pré-Oscars.

Teatro:
Uma das atrizes da peça The Vagina Monologues, em cartaz aqui em Sacramento, chama-se Andrea Porras.

Televisão:
A nova temporada de Six Feet Under está pra estrear na HBO! Oba!

Livros:
Terminei uns dias atrás o Ensaio sobre a Cegueira do José Saramago. Quando fechei o livro e deitei, meu travesseiro estava todo molhado de lágrimas. Pelo menos o final foi positivo, porque eu estava esperando uma tragédia total. Acho que nunca li um livro me sentindo tão tensa. Não vou esquecer da história tão cedo. Comecei outro livro logo, pra quebrar aquela atmosfera meio pessimista e dark em que o Saramago nos coloca. Estava de olho num livro faz um tempo e finalmente comprei. Black, White and Jewish da Rebecca Walker, que é a filha da escritora Alice Walker [da A Cor Púrpura] e do advogado Mel Leventhal. A mãe negra e o pai branco e judeu. O livro é muito interessante, porque ela conta como foi crescer entre esses dois mundos que se antagonizavam [ela nasceu em 69 em Jackson, Mississipi, quando os casais inter-raciais eram uma afronta], entre as famílias do pai e da mãe que não socializavam e expõe todas as seqüelas de crescer não conseguindo se posicionar em lugar nenhum, vivendo um tempo com a mãe, outro tempo com o pai e não sendo nem totalmente branca, nem totalmente negra.

Política:
Preciso começar a entender a política daqui. Dia 5 o Estado da Califórnia terá sua Primary Election para Governador e a tv está abarrotada de propaganda política. São quatro candidatos: o atual governador democrata Gray Davis [que depois da crise de energia do ano passado, não tem jeito que vai ser reeleito], e três republicanos, Richard Riordan, Bill Jones e Bill Simon. Essa Primary vai eleger dois candidatos. Eles fazem as pequenas propagandas se vangloriando e algumas atacando os adversários. Nada de novo. E ainda tem outras pessoas concorrendo pra diversos cargos e as propositions 40, 41, 42, 43, 44 e 45, cada uma propondo mudanças na lei relacionada a algum tema [a 42, por exemplo, propõe que as taxas geradas pela venda de gasolina e diesel sejam revertidas para projetos e manutenção na área de transportes.]. As pessoas poderão votar SIM ou NÃO para essas propositions. Parece tão complicado e intricado para quem não está envolvido no buxixo. Mas eu quero entender a engrenagem, para quando eu puder votar, estar sabendo como tudo funciona.

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March 1, 2002

kids from the dry planet

A ventania começou ontem à noite e ainda não parou. Todos que estavam felizes com o tempo primaveril tiveram que se embrulhar nos casacos novamente. É sempre assim, quando você pensa que já não vai mais esfriar ou esquentar, acontece uma surpresinha.

Os caras do management ligaram sem querer o timer dos sprinklers da grama do playground. Então às 2 horas da tarde, quando as crianças voltavam do descanso e trabalhos de pre-k, foram pegas de surpresa pelo aguaceiro. Elas ficam histéricas. Água é uma coisa fascinante para as crianças. Já viram como elas reagem a uma poçinha, uma chuvinha, um rio, o mar, um aquário? E se tiver areia ou terra envolvidos, pra formar uma meleca, uma lama, melhor ainda! Por duas tardes consecutivas tivemos esse problema dos sprinklers ligarem automaticamente às 2pm. No segundo dia a água me pegou no meio do gramado. As crianças do pre-k. que estavam em fila na porta esperando para se soltarem como uma manada enfurecida no playground, tiveram um espetáculo extra: a professora grandona e desengonçada pulando como uma cabrita, para fugir dos esguichos. Eu vi através do vidro um monte de dentes e bocas abertas, rindo de chorar! É pra isso que servem certas professoras - pra oferecer entretenimento para essa criançada!

O duro é manter os fulaninhos longe da água. Normalmente os sprinklers têm um timer ajustado pra dez minutos. É um tempo enorme, interminável, quando você não pode nem colocar um dedinho no liquido precioso e fazer uma festa. É tamanho o histerismo, que as professoras têm que instituir a ameaça de time outs pra quem se molhar. De onde vieram essas crianças que parecem que nunca viram água? They are all from the Dry Planet, of course!

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yes, i like it!

Eu sou a versão brasileira do meu amigo canadense que era fã da Elis Regina.

Para os americanos que conhecem o Brasil e a música brasileira, eu sou uma pessoa exótica. Eles se acham muito chiques e bacanas por conhecerem e entenderem a música de outro país. Eles se destacam do americano mediano e comum. Mas eles se surpreendem e acham realmente estranho e engraçado quando o oposto acontece. Muitos olham pra mim e não entendem como eu posso não ouvir MPB e amar Bob Dylan e Robert Johnson. Uma brasileira que gosta do tradicional blues rural é um achado fantástico. Eles fazem com que eu me sinta um monstrinho verde salpicado de bolinhas roxas, tentando me enturmar no grupo e me sentir igual a todo mundo.

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say my name

Xochitl, Bavna, Deja, Suho, Matthew, Essence, Eden, Saar, Sang Min, Xavionna, Hailee, Kendal, Asher, Ian, Hannah, Taylor, Erik, Brenden, Valerie, Tomas, Alejandro, Bishop, Delfina, Euy Young, William, Maure, Natalie, Elise, Ariel, Colby, Justine, Randy, Zachary, Lucas, Jared, Maria, Benjamin, Julia.....

Esses são alguns dos nomes que eu passo o dia pronunciando..... yes? and what's my name? FeRnandA!

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