June 29, 2004

Yes, I Do!


iloveblogging!

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It's time!


lavanda

<<< minha casa está com um cheiro de-li-ci-o-so!!! chegou aquela época do ano: colher, secar, ensacar! hummm! adeus cheiros fedorentos em geral, alôw prefume natural de lavanda!

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a grande família


familyrosa

--> outro desenho feito por uma sobrinha. desta vez a arte é da Áurea, de cinco anos, que me desenhou acompanhada dos meus queridões! ela usou carvão para fazer o desenho e depois uma técnica especial com o pincel, para fazer sombras.

--> legenda: tia Fernanda - sou eu, claro; Gabriel (cabeludo) - é o meu filho Gabe, que ela não conhece, desenhou baseada numa foto dele; tio Caco - é o meu marido, Uriel, que é chamado de Caco pelos irmãos e tio Caco pelos sobrinhos e também foi desenhado baseado numa foto. destaques para o cabelão do Gabe e óculos do tio Caco!

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June 28, 2004

*k1, p1; rep* 5 t, k53, p53, *k1, p1; rep 5 t.


tricotando1.jpg

Testando alguns pontos....
E ontem iniciei um projetinho ousado. Estou tricotando esta manta. Nem sei pra que/quem, mas precisava sair do marasmão de tricotar somente echarpes. Acho que estou finalmente saindo da turma das tricoteiras iniciantes! Fiuuuuu!

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June 27, 2004

nadanadanada

Hoje eu queria ter uma história pra escrever, porque quero preencher um espaço, ou melhor fazer uma blocagem. A razão é simples: não posso fazer um post com fotos e logo em seguida outro post de fotos. Minha vênus em virgem não deixa. Essa é uma obsessão maníaca, da qual não consigo me livrar. Coisas pequenas e até imperceptíveis me incomodam. Um quadro levemente torto na parede, por exemplo, me dá uma sensação horrível. Coisas assimétricas evocam uma impressão de desiquilibrio. Dois, dois, três, quatro, quatro. Não tolero uma mesa arrumada com talheres de faqueiros diferentes. Todos os copos devem ser do mesmo tamanho. Os guardanapos podem até ter cores diferentes, mas devem seguir um padrão qualquer de combinação: desenho, material ou textura. Deve haver algum tipo de harmonia, mesmo que aleatória, até na mais desordenada bagunça. Pilhas de revistas no chão devem estar pelo menos arrumadas conforme a publicação. Nem precisa ser por data, mas tem que ser o mesmo tipo de revista em cada pilha. Essa é parte prática da famosa bagunça organizada.

Então, angustiada com o blocagem das linhas e dos textos, forço minha imaginação em vão. Espremo minhas idéias dentro do chuveiro. Nada. Olho fotografias inspiradoras. Nada. Fico longos minutos olhando o infinito e esvaziando a mente. Nada. Leio alguns textos. Nada. Olho fixamente para a caixinha de texto em branco. Nada. Tento pensar num acontecimento do passado. Nada. Do presente. Nada. Infelizmente minha criatividade não chega pra inventar uma história. Desisto. Deixarei pra publicar fotos outro dia.

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knitting mania

Fique sabendo quais famosas eram/são tricoteiras, lá no Cinefilia!

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ya-hooo!

Graças à ajuda do Nando, meu até ontem abandonado e encalhado Fotolog voltou a ativa! Back in business, people!

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June 26, 2004

jóias raras

colares.jpg

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erros

Depois de uns meses parado, devido à morte da minha câmera antiga, não consigo mais reativar o meu Fotolog. Estou tentando há dias e nada......

Mesmo depois de uma experiência chatérrima, eu continuo anexando rss de pessoas que eu não conheço no meu feedreader. Eu não aprendo.

E falo demais. Sempre esqueço que nem todo mundo quer ser personagem das minhas histórias.

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June 25, 2004

Ela é demais!

O Preconceito e seu Defeito

Aquele cachorro é preto
E eu não gosto dele

Aquela menina usa óculos
E está de blusa amarela
E a outra não gosta dela

Aquele menino é preto
E ninguém gosta dele
Isso é o racismo
Ele é para quem?

Todo mundo tem defeito
E por causa disso
Ninguém é perfeito!

Agnes Rosa Grininger

Essa poesia foi escrita pela nossa sobrinha Agnes, filha da irmã do Uriel. Ela tem onze anos. Imagine só quando ela tiver uns vinte!!

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caRpinação

Estou chegando à conclusão que entrei numa enrascada quando assumi a responsabilidade de cuidar do quintal. Tá certo que se eu não cuidar, vai ficar tudo um matagar. Mas a verdade é que meu quintal é muito "high-maintenance". Você vira as costas e já está crescendo ervas daninhas, mato e caindo folhas secas por todo canto. É assim o tempo todo, sem férias. Até no inverno, quando as árvores ficam peladas, tem um tal eucalipto [aquele que já deveria ter virado lenha, pois está crescendo e ficando cada vez mais alto, tombando para o lado da casa quando venta] que proporciona bastante trabalho para o rake vermelho de plástico.....

Hoje, enquanto o gato me observava deitado na sombra, me esbafori podando jasmins, roseiras, heras, trepadeiras de todo tipo que se enroscam em tudo como doidas, dandelions espinhudos, matinhos finos e grossos, coisas que crescem avidamente e que eu não sei nem o que é. Fiz um monte de lixo verde de um metro de altura. De bofes para fora, mas sabendo que ainda tem muita coisa pra fazer.

Olho pro meu quintal e desejo secretamente jogar um cimentão em tudo......

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June 24, 2004

alegre/triste

vaso1

broken
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Interview with.....

Uma das muitas revistas que eu assino é a Interview, idealizada e publicada pelo Andy Warhol nos anos 70 e que é até hoje uma publicação interessante [além de ser baratíssima - oito dólares por ano de assinatura!].

Todo mês a revista traz entrevistas com gente famosa, feita por gente famosa. Os textos não são longos, nem profundos, nem têm aquele tom profissional de um texto jornalistico, mas têm um charme irresistível.

Na edição de Julho, com a Natalie Portman na capa [que é entrevistada pelo ator Peter Sarsgaard], tem Jeff Bridges em fotos lindas, entrevistado pelo Philip Seymour Hoffman, a estonteante Carly Simon, entrevistada pelo estilista Michael Kors e Brian Wilson conversando com Elton John. Very colorful!

Na entrevista que o Elton John fez com o Brian Wilson, ele pergunta o que Wilson faz durante o dia. "I exercise - go to the park, run, walk, drive home and back. I pace myself throughout the day. Then I go to the piano and try to work on my writing a bit. Then I watch the news - I'm hung up on it. I like it, but it scares me."

A foto da entrevista, com Wilson sentado no escorregador de um playground, foi feita por Karl Lagerfeld.

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Esganada

Comigo é tudo aqui & agora. Eu não poupo, não economizo, não sou do tipo frugal. Se tem gostosuras, eu como tudo. Se tem bebidinhas, eu bebo todas. Sabonetes cheirosos e caros vão pro uso. Perfumes são espirrados aos montes, sem moderação. Roupas compradas hoje são usadas hoje mesmo, ou o mais tardar amanhã. Sapatos são gastos conforme a vontade e a necessidade. As frutas são devoradas, coisas novas e diferentes compradas, o dinheiro gasto, não consigo passar vontade.

Eu sou assim esganada, não guardo dinheiro, não guardo nada, todas as roupas que eu tenho são para serem usadas, não tenho nada especial reservado numa caixinha dourada, minhas bijous vagabundas são guardadas em latinhas de pastilhas, não tenho ouro, nem prata, nem roupas de seda. Como e bebo até passar a vontade, faço as coisas que quero fazer, mesmo quando uma vozinha me aconselha o contrário. Sou espontânea e impetuosa. Adoro comprar e dar presentes. Choro na hora que o choro borbulha, escandalosamente, não importa onde eu esteja. Rio na hora que o riso explode, posso estar onde for. Passo vergonhas monstruosas por causa disso, mas nem penso em tentar me controlar. Não dá.

Quando olho para a vida de outras pessoas, com tudo controlado, poupança no banco, vida organizada, tudo meticulosamente planejado, me sinto um ser selvagem, que só se preocupa em satisfazer as necessidades básicas, sem pensar muito no depois. Na verdade, nem é tanto assim, mas é quase.

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June 22, 2004

summer

map
[sem rumo, porém prevenidos]

grocery
[com o essencial, é claro!]

summersky
[sob o céu de verão]

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[you're not good] but you look good

Meus biquinis cariocas estão fazendo o maior sucesso na piscina do Davis Aquatic Masters. Todo dia alguém faz um comentário elogioso, dizendo que os biquinis são "cute" e tal. Só assim mesmo pra eu conseguir chamar a atenção por lá - a outra opção seria me afogando, o que muitas vezes passa perto de acontecer. Meus dotes atléticos não chegam pra tanto, então só posso contar com o charme e a graça dos meus biquinões pra receber elogios assim de graça.

Desde que eu retomei meus treinos diários que me fixei na raia um, pois acho que dei uma regredida no meu desempenho e nem cogitei dar meus pulinhos pela raia dois ainda. Mas se você não vai à raia dois, a raia dois vem até você. Não é que a famigerada Filombeta está nadando comigo agora na raia um? Ah, mas tem um bom motivo pra essa situação bizarra: é que ela se machucou. Deslocou o ombro jogando golfe e está em processo de recuperação. Então nada com pés-de-pato e faz um gênero atleta-machucada-em-fisioterapia-intensiva, além de ter ficado minha amiguinha! Quem te viu, quem te vê, hein?

Mas essa situação da Filombeta me fez refletir como essa gente que nada comigo é metida a ser atleta. Eles não só nadam avidamente, mas praticam outros esportes, também com veemência e dedicação. Eles pedalam bicicletas nos finais de semana, correm pelas estradas, jogam golfe, tênis, vôlei, basquete, baseball, fazem ioga, pulam corda, levantam peso, dançam a macarena. Por isso, volta e meia eles estão estrupiados, com o ombro deslocado, com o pé quebrado, com dor nas costas e até andando de muleta e todos enfaixados, como aconteceu com o meu atleta vizinho Dave, quando ele caiu de uma montanha na Itália.

Esses acidentes esportivos NUNCA vão acontecer comigo. Podem revirar os arquivos de todos os anos em que eu escrevo neste blog e garanto que vocês não vão achar nenhuma história minha em acidentes relacionados à esportes. Comigo só acontecem acidentes bizarros na cozinha, envolvendo facas, pratos, copos, tropeçadas em tapetes, caramelo quente, etc.

A explicação para essa total ausência de acidentes esportivos no meu currículo é simples: eu normalmente não pratico esportes e quando pratico é por um motivo alheio à competição ou ao desafio físico. Eu nado porque é gostoso, relaxante, quase uma meditação. E só dou o meu "médio" quando nado. Nunca me esforço mais do que o necessário [só se o coach estiver olhando.....] ou além da minha capacidade - que já tem um limite medíocre. Eu não ligo de ser a última, a mais lenta, a pior. Contanto que eu esteja todo dia lá na piscina, tire a bunda da cadeira, me mexa, faça algo.

Eu nado com duas mulheres bem mais velhas do que eu e que são muito mais rápidas, resistentes e antenadas. Hoje, no final do último set, uma delas comentou que mesmo nadando devagar ela já estava "downhill". Eu retruquei rindo que eu já tinha começado o set "downhill" e que pelo jeito iria instalar residência permanente na raia um. Elas gargalharam e uma delas disse:

- "but at least you LOOK good!"

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June 21, 2004

click!

cookusa

kniting

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trust

Na Swanton Berry Organic Farm em Davenport, nos deliciamos com os morangos orgânicos colhidos na hora, mergulhados no chocolate, transformados em sorvete cremoso, cheese cakes e tortas, acompanhados de bolo e chantily. A fazenda de morangos não usa mão de obra barata [imigrantes ilegais] e tem um sistema de pagamento self serve na sua lojinha de comilanças: você pega o que quer e deixa o dinheiro numa caixinha. Pega o troco se precisar, ninguém vem conferir.

Confiança é uma palavra em desuso, mas não completamente obsoleta!

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fomos visitar o mar

Em pleno verão, quando a situação fica tórrida aqui no Sacramento Valley, gostamos sempre de fazer pequenas viagens para o litoral. No norte da Califórnia, ir para a praia significa levar agasalho para não passar frio. A água é só para surfistas, com suas roupas apropriadas. Aproveita-se a paisagem. E que paisagem. As praias frias do norte da Califórnia são lindas! Penhascos, faróis, caminho das baleias.

Sábado descemos até Santa Cruz, seguindo dicas de uma revista, que indicava a pequeníssima cidade de Davenport como " a secluded seaside artist's community, home of the Eugene O'Neill National Historic Site, and was recently featured in local rocker Neil Young's latest film, Greendale" . Eu amo visitar sites de filmes. Uma das minhas cidades de praia favoritas por aqui é justamente o site de um grande filme. Adoro ir à Bodega Bay, não somente, mas também porque foi lá que Hitchcock filmou The Birds. Rumamos em direção à Davenport, pois eu queria ver o site do filme do Young e a casa do Eugene O'Neill.

Eu devia ter sacado que tinha algo errado com a reportagem, pois Neil Young não é artista local. Ele é canadense. Chegamos na pacata Davenport e absolutamente ninguém conhecia o tal site histórico do Eugene O'Neill. Almoçamos num café, degustamos morangos numa fazenda ao lado e seguimos para Pescadero, uma comunidade fundada por portugueses. De lá fomos para Half Moon Bay, onde caminhamos e browseamos pela historic downtown. Passamos por San Francisco e voltamos para Davis sem encontrar a tal casa do escritor.

Encafifada, fui procurar na internet e a casa do O'Neill é sim no norte da Califórnia, mas não é em Davenport e sim em Danville. Fiquei louca da vida! A revista é um encarte chamado The Best of California Drives, publicado pelo California Travel and Tourism. E com um errão desses... nos mandou para Davenport. Se bem que a viagem valeu a pena mesmo assim. Agora preciso ver Greendale, pra conferir no filme as lindas paisagens da cidade que visitamos.

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June 20, 2004

meu retrato em p&b

tiafebylivia.jpg

Minha sobrinha Lívia me desenhou. Ela tem cinco anos e pegou todos os detalhes importantes para fazer um retrato convincente da tia que ela acabara de conhecer e com quem se impressionara. Que alta, que cabelo bonito, que linda! Como é bom poder deixar tamanha boa impressão numa menina assim tão meiga. Neste retrato ela me desenhou exatamente como eu estava: rabo de cavalo, colar de sementes gigantes, bolsa com tachinhas prateadas, calça comprida [e pernaslongas!] e risadona estampada na cara. Adorei este desenho da Lívia!

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June 18, 2004

jazz it up

Bob Dylan na rádio paradise, furando onda no sonho, café sem açúcar, miçanga mania, limões crescendo, água azul cristalina, móbile de galinhas na janela da cozinha, vento refrescante no rosto, picolé de frutas tropicais, pilhas de papéis, linha azul turquesa, pêssegos saborosos, Nando Reis é um titã, menta chocolate secando, cestinha de pano listrado, telefonema feliz de Paris, lista de coisas pra fazer, gargalhadas a dois, sorvete de creme, mensagem com boa notícia de Campinas, chinelo de dedo, pequena viagem, alface com azeite, muitas revistas, foto nova no porta-retrato, cinco moedas de um centavo, cheiro de grama e terra, gato espiando na porta, colares coloridos, camiseta sem manga, querer é poder, postal da Grécia, lavanda, filme do Hitchcock, uma rosa vermelha no vaso, oitenta e sete graus.

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June 17, 2004

pink scarf

Eu detesto fazer coisas de carro. Odeio colocar gasolina e também odeio fazer outras obrigações, como lavagem e manutenção. Só que não consigo escapar dessas chatices, já que sou a faz-tudo da família. Meu marido não tem tempo pra nada, por ser um ocupado cientista preocupado somente com o o futuro da agricultura mecanizada e, consequentemente, da humanidade.

O dia estava tórrido, com um vento quente soprando e eu, de mau humor e cansada, fui levar o carro na autorizada da Toyota pra trocar o óleo e checar o breque. Cheguei procurando pelo Dave, um sujeito gordo com quem Mr. Rosa já tinha conversado pela manhã. Com minha sacolinha de plástico contendo meu tricô, fui sentar na sala de espera da concessionária - um lugar conhecido meu de outros carnavais e verões, onde o ar condicionado parece não funcionar direito e que sempre me provoca um mal estar.

Eu já contava com um mínimo de quarenta minutos de espera, mas não contava com a mesa de centro da salinha repleta de revistas de golfe e a televisão pendurada no teto sintonizada num canal exibindo um programinha lixo. The People's Court - uma vitrine com todas as baixezas possíveis na face da terra. Gente ralé brigando por causa de cinqüenta mangos, ignorância, estupidez, demência.

Minha salvação foi o meu tricô. Um funcionário chamado Chris entrou na sala para me fazer assinar um papel. O que você está tricotando? Um cachecol para a minha sobrinha e ela quis cor-de-rosa! Minha avó costumava tricotar pequenas boinas para mim, é legal poder fazer essas coisas para as pessoas, né? É sim!

Um calor de rachar coquinho na rua, nenhuma opção de leitura instrutiva ou diversão leve no meu tempo de espera na salinha abafada da concessionária da Toyota. Entre displays de pneus, tapetes e acessórios de carro, eu tricotava pacientemente um cachecol cor-de-rosa.

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let's go Mozilla!

Das minhas estatísticas:

MSIE 5.x - (46%)
MSIE 6.x - (41%)
MSIE 4.x - (3%)
Netscape 5.x - (2%)
Netscape comp. - (1%)
Mozilla - (1%)
Netscape 4.x - (1%)

Vamos mudar isso, gente! Let's go Mozilla! O melhor browser ever, em versão nova. Depois de usar o Firefox por um dia, duvido que alguém queira usar o Internet Explorer novamente....

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June 16, 2004

justo você berenice

justo você berenice
que não chega nem aos pés da vera fisher
me sai com essa sandice
de que meu som não chega nem no calcanhar de aquiles
do som do sting ex-the police
justo você berenice
que não chega nem aos pés da doris giesse
me sai com essa sandice
de que meu som não chega nem no chulé
do som daquele esfinge ex-mister prince
justo você berenice
que não chega nem aos pés da poeta alice
da penélope de ulisses
da irmã dulce, da marlene dietrich
Itamar Assumpção
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June 15, 2004

i've got boobs

Já voltei para a minha rotina matinal da natação, mas desta vez com a preocupação adicional se o meu super biquini carioca iria agüentar o tranco das braçadas e da água super clorada. Primeiro fiquei com pena de mergulhar as peças diáriamente naquela piscina hiper saturada de químicos, afinal eu e o Moa rodamos muito, até finalmente encontrarmos esses biquinões sarados. Depois pensei, ah comprei pra usar, né? E meti bronca. Só que esses biquinis brasileiros não são pra nadar e sim para tomar sol e valorizar o corpo. E eles me deixaram com busto..... ah, que cafona dizer "busto", mas é melhor que dizer "peitos". E como eu sou uma figura extremamente pudica, já fiquei toda encanada que iria dar bafão na piscina, exibindo minhas não-tão-amplas formas de maneira aviltante e isso me tirou totalmente a concentração.

Vou pensar positivo - estou linda, estou na moda, estou diferente, estou pegando um bronzeado mais extenso e logo, logo, ninguém mais vai reparar nos meus peitos salientes. Se é que realmente repararam.....

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o umbigo

Estou lendo a revista Claudia, que comprei no Brasil e só agora estou conseguindo folhear. Uma das reportagens que li era uma entrevista com a jornalista e empresária Gloria Kalil. Ela fala do seu novo livro sobre etiqueta - Chic[érrimo]. Eu nunca li os livros dela, mas a conhecia de nome.

A revista pergunta qual a principal regra da etiqueta moderna e Gloria responde: "Prestar atenção no outro. Quem só olha para o próprio umbigo não está apto a conviver. E atualmente isso é muito comum, o narcisismo virou um problema social."

Quando li isso, lembrei imediatamente do encontro que tive com uma pessoa. É uma amiga de longuíssima data, que eu conheci quando ainda era criança. Toda vez que eu vou ao Brasil eu a procuro, mas já sabendo como vai ser a dinâmica do nosso encontro. Só ela fala e somente dela, dela, dela. Ela não pergunta absolutamente nada de mim, da minha família, é como se eu não tivesse vida. E fala o tempo todo dela, das filhas, do trabalho, do carro, do vizinho, do armário, do aparelho de som.....

É super exaustivo, porque você tem que ser agressiva e se impôr na conversa, se quiser falar e fazer ela engolir um pouco dos fatos da sua vida. E eu não entendo por que ela faz isso. Será desinteresse, despeito, defesa ou puro narcisismo?

Minha irmã ficou irritadíssima com esse encontro e com o convercê neurastênico. Quis saber por que eu insisto numa relação assim. Eu também não sei.... Acho que é porque preciso manter essa ligação - mesmo que nada saudável - com o meu passado.

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June 13, 2004

eu moro numa cidade chamada Davis

Lembro que quando passávamos férias em família em algum lugar diferente, na volta eu sempre estranhava pequenos detalhes da minha casa e da minha cidade. Duas semanas viajando já eram suficientes para dar essa sensação de estranheza e exigir um certo reajuste. Lembro de surtar com o desenho da cerâmica do chão da cozinha da minha casa. Lembro daquele sentimento gostoso de reconhecer coisas familiares e ir-se reajustando à velha rotina novamente.

Quando abri a cortina da janela da cozinha pela manhã e vi os caminhantes e corredores do Arboretum, com suas caras americanas, seus chapéus, meias brancas - caras mais famíliares para mim do que a das famílias arrumadinhas dos shoppings da Barra da Tijuca - tive a sensação de que estava reentrando no meu cotidiano.

A principio estranhei a brancura da minha cozinha, a claridade da casa, o verde entrando pela janela. Assustei com o matagal se alastrando pela horta, os tomateiros tomando conta de tudo, já lotados de tomatinhos ainda verdes. Estranhei o estranhamento do gato, a bagunça da casa, o cheiro de verdura podre na geladeira, o gosto da água, o cheiro do sabonete, o barulho do trem, o cotidiano que não parou enquanto eu estive fora.

Fomos almoçar num dos nossos "carne-de-vaca" de sempre. Escolhemos o chinês. Dirigimos pela cidade enquanto fazíamos a digestão e decidíamos o que fazer. Minha cidade, Davis. Ela está crescendo, mas como eu nem tinha reparado? Fomos à nossa livraria favorita enquanto esperávamos dar o horário para pegarmos uma sessão de cinema. Ganhei um livro, que ele insistiu em me comprar. Vimos o filme na sala lotada de pipocudos, de mãos dadas, rindo muito. Depois, fomos comprar uma pizza para o jantar. Fiz uma tour pela cidade que ainda estou vendo com outros olhos. A casualidade dos chinelos, a tranqüilidade, as centenas de SUVs, os preços em dólar, o calor seco, a rotina de uma cidade pequena cheia de charme.

Essa sensação de estranhar, reconhecer e reajustar é a melhor coisa do mundo! Pena que dure tão pouco e aconteça somente quando viajamos.

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June 12, 2004

casa

Depois de uma viagem longa e cansativa, estou em casa! Aproveitei muito minhas três semanas no Brasil. Fui tão bem recepcionada, tão bem acolhida, que nem tenho palavras para agradecer meus anfitriões - família e amigos. E não sei como me desculpar pelos telefonemas não dados e encontros frustados. Mas haverão outras oportunidades no futuro próximo, tenho certeza!

Agora, tentando voltar à minha rotina, vou ter muita coisa para pôr em ordem!

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com saudades...

no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
no brasilno brasil
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June 3, 2004

feijão com arroz

Duas semanas sem lavar um prato ou um copo, sem ter que pensar no que fazer de comida, sem dirigir, sem varrer o chão, sem lavar roupa, sem viagens quase diárias ao supermercado, sem uma rotina específica.

Duas semanas tomando guaraná, comendo comidinha caseira, pedindo pizza de carne seca na Monte Bello, comendo pão de queijo recheado, pastel, esfirra, kibe, mousse de maracujá, pão com queijo e presunto, banana macã, fatias de mamão, vatapá, olho de sogra, goiabada cascão com queijo branco.

Duas semanas revendo e conhecendo pessoas queridas, conversando na boa pelo telefone, matando saudades, falando muito, ouvindo outro tanto, rindo muito com as peripécias dos meus sobrinhos, beijando, abracando.

Duas semanas passeando no shopping, fazendo compras com Real, ouvindo música, vendo coisas diferentes na tevê, lendo a Folha de São Paulo, redescobrindo livros, folheando revistas, comprando presentinhos pros meus queridos em Davis, descobrindo mil coisinhas bacanas e novas.

Tenho apenas mais uma semaninha dessa não-rotina . Deixa eu aproveitar!

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June 1, 2004

caindo na real

Eu queria desmarcar tudo e não ir, pois São Paulo é uma cidade que me amedronta e me oprime. Coisas de habitante da Terra do Nunca, que tem dificuldades para enfrentar a dura e crua realidade da vida cosmopolita.

Enquanto esperava a carona do meu irmão às 7 horas da manhã, pensava "bem que ele poderia me esquecer e ir pra Sampa sozinho.." . Mas meu irmão veio e me levou pra grande cidade, onde pude fazer a transicão de duas amizades do mundo virtual para o mundo real.

Meus guias e companheiros nessa meu dia em Sampa foram a Garota Urbana e o Guto. Com ela eu fui ao Centro e à Liberdade e com ele fui à Vila Madalena e à Paulista. Choveu até granizo, mas nada atrapalhou o nosso passeio!

Os blogs da Garota Urbana e do Guto são sem dúvida parte da elite da blogsfera, mas pessoalmente eles superam os seus blogs de longe. Eles são muito mais do que mostram virtualmente. São super-bacanas, duas simpatias, dois fofos! Adorei conhecê-los e na companhia deles consegui até desestressar da cidade e aproveitar muito mais.

Pra mim, essa passagem do virtual para o real é um acontecimento, já que não é sempre que eu tenho a oportunidade de encontrar blogueiros brasileiros, mesmo os que vivem nos EUA. É muito bom esse encontro, que fecha o ciclo de conversas de blog, conversas particulares, troca de correspondência [no papel, com selo!] e conversas telefônicas.

Ainda bem que eu aviso que eu sou descabelada, matraca e atrapalhada. Não fiz propaganda enganosa e espero não ter decepcionado os meus amigos com a minha persona fezoca! Obrigada, guris! Pisc!

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