May 30, 2004

ui espique ingrish

Camelei pelos shoppings de Campinas com a minha irmã procurando por camisetas transadas para levar para o Gabriel e para a Marianne. Eu queria camisetas de malha com desenhos interessantes e decoradas com frases em português. Achei? Claro que não! Nas lojas chiques dos Shoppings Iguatemi e Dom Pedro só se fala inglês, darling....

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Bob Needy

O cachorro da minha irmã é uma coisinha chetérrima. Não me entendam mal, eu sou gatófila mas curto cachorros [né, Kika?] e não faco discriminacão - ao menos eu tento! Mas com o Bob não dá... Ele é pequeno e preto e, segundo a minha irmã, de uma tal raca americana com uma mini-cara de bulldog e uma atitude extremamente carente. Quando minha irmã e meu cunhado estavam escolhendo um cachorro para o Fausto, foram avisados que essa raca do Bob é a mais carente que existe. Sabe aqueles cachorrinhos que não latem, mas que ficam pulando em cima de você constantantemente e fazendo uma cara de coitados, que invés de dar pena, dá raiva? Eu queria fazer um carinho, chamar o nome dele, mas se eu fizer isso vou ser massacrada, vou ter minhas pernas arranhadas, vou levar uma mijada nos pés por causa do excitamento do Bob Needy. Então eu o estou ignorando.... Poor Bob!

Aliás, a frase que mais se ouve - aos berros - quando ele está por perto é:

- Pára, Bobeeeeee!

Que saudades do meu gato..........!!!!

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May 28, 2004

destaques destes dias

A Catarina fazendo 'não, não, não' com o pequeno dedinho indicador em riste;
O Fausto rindo das minhas palhacadas de tia Fezoca;
A Lívia de vestido chinês vermelho;
A Lezoca rodeada dos filhos;
A Áurea passando protetor de lábios:
- nossa, que linda!
- ah, mas não tem cor....
A Agnes me mostrando um lindo desenho:
- fiz isso sentada numa pedra
O Ariel dando um depoimento para a câmera:
- o que você acha de dividir o dia do seu aniversário com a sua irmã?
- ah, eu não gosto muito, né? queria que o dia fosse só meu...
A Bebel dancando no saguão vazio do shopping Galeria;
A risada do Jansen;
A Ester me abracando e dizendo que vai me visitar pra poder ver neve:
- dá pra fazer boneco de neve?
- claro que dá!
O sorriso da Cecília;
O entusiasmo da Gra com a educacão dos filhos;
A Isabela devorando avidamente uma rodela de tomate;
A Ju me dando uma forcinha pra desatar um último 'nózinho';
As piadas do Carlão;
Os 'bom dia!', 'boa noite!', beijos e cuidados dos meus pais.

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May 26, 2004

era a minha cidade

Caía uma chuvarada à noite e meu pai chamou um rádio-taxi para me levar até a casa da minha sogra. Os carros estavam presos na garagem, que está ganhando um portão eletrônico. Não consigo nem me lembrar da última vez que andei de taxi.

- eu vou na rua Júlio de Mesquita seiscentos e trinta e seis.
- antes ou depois do Centro de Convivência?
- acho que depois, na frente do hospital Irmãos Penteado
- mais pro lado do City Bar?
- acho que sim.

Tentei dar uma de entendida das ruas e locais, pra não dar bandeira do meu total esquecimento sobre Campinas. E não quis dizer que não era da cidade. A conversa foi ficando mais intricada.

- como chove hein? nessa época não é normal chover tanto...
- está tudo de cabeca para baixo, se eu pudesse eu me mandava de Campinas, iria morar no interior de Minas. Campinas está me dando nojo...
- é, está tudo bem diferente mesmo.
- Campinas não é mais dos campineiros... o centro está um nojo, cheio de camelôs.
- é, está mesmo, que coisa né?
- eu não mudo porque meus filhos de 19 e 22 anos não iriam comigo e a mulher, você sabe, sem os filhos não vai...
- é, na década de oitenta eu fazia compras na General Osório e Coronel Quirino, nas boutiques bacanas... e hoje, que decadência hein?
- nem fale! Essa cidade está mesmo um nojo!

O que me salvou de não dar uma bandeirosa de que não moro mais em Campinas, muito menos no Brasil, foi a tour eu tinha feito com a minha mãe pelo centrão de Campinas naquela tarde. Fomos ao Mercadão e depois caminhamos por parte do centro, antes tão bacana e estiloso, e por ruas onde eu costumava caminhar animadamente aos sábados, olhando vitrines, fazendo planos de comprar isso ou aquilo. Vi o finado Cine Windsor, o Largo do Rosário, onde meu avô teve uma charutaria na década de vinte, os Giovanettis I e II, que eu frequentava com meus amigos e com os amigos do Uriel. Vi até o restaurante natural onde eu almocava com o Gabriel, que virou um bingo [aliás, que surpresa: os bingos são iguaizinhos aos cassinos, vistos de fora!]. Também vi muitas lojas e galerias tristemente decadentes, embora alguns lugares continuem iguais, como o Papai Salim, onde eu e minha mãe - caras-de-pau - fizemos uma encomenda pra delivery de duas esfirras e dois quibes!

Campinas mudou e eu, que saí daqui em 1987, não tenho mais aquela intimidade com a cidade. Embora até que me saia bem fingindo que sei de tudo, pra poder manter a conversinha com o motorista do taxi.

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May 25, 2004

Para Paulo e Iri

Uma coisa chata de mudar de mala e cuia para outro país é ter que deixar parte das suas coisas em casa de pais, irmãos. Não dá pra carregar sua vida com você e muita coisa acaba ficando para trás. Aconteceu comigo e agora estou vendo isso acontecer com o meu irmão. Ontem, procurando uns livros de culinária num quartinho dos fundos da casa dos meus pais, achei um pacote de cartas que meu irmão e minha cunhada guardavam.

É uma situacão estranha, pois é como ter um pedaco da sua vida ali jogado, disponível, para quem por acaso tiver acesso ver. Eu não li todas as cartas do pacote, porque se fossem as minhas, eu não gostaria que os outros lessem. Vi que tinha cartas do Paulo pra Iri [quando ele morou em Londres pela primeira vez em 87], e das irmãs da Iri, de amigos e MUITAS cartas minhas.

Sentei e reli as minhas cartas para eles. Eram cartas escritas à mão, com canetas coloridas, em papéis coloridos, com adesivos decorando o envelope e a carta e com os meus assuntinhos do meu primeiro ano no Canadá e meu senso de humor peculiar. Relendo essas minhas cartas para o Paulo e Iri, datadas de 1992 e 1993, eu pude ver o quanto eu mudei! Como eu estou diferente, como minha vida está diferente e, mais importante, como eu me adaptei à minha condicão de estrangeira. Nessas cartas eu reclamava PACAS! Devia estar vivenciando o tal choque cultural e ainda era imatura [vide os adesivinhos - how embarrassing!] para entender que nem tudo é um preto no branco e que existem muitas nuances.

As cartas falam muito do evento que foi o nascimento da minha sobrinha Júlia, que hoje tem 11 anos. Como eu sofri não estar presente naquele momento... Era a segunda crianca da família, depois do Gabriel, que reinou sozinho por dez anos. Depois da Júlia veio a Paula, a Lívia, o Fausto e a Catarina e não rolou mais nenhum estresse! Mesmo para uma 'late bloomer' como eu, a maturidade um dia chega!

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"Saska, 20/04/93

Queridões Paulo e Iri!!

[...] Paulo, fiquei feliz em saber que você já está no Banco do Brasil. Ainda bem que você se livrou daquele "Ponto, que fria!"... O horário que você vai fazer [segundo a mamãe, das 8 às 14hs] vai ser ótimo até pra você voltar a estudar, se quiser. Nego, você merece um emprego bom e tranqüilidade. E agora você vai poder freqüentar novamente aquela "fina" AABB! Mas não vai ficar insuportável como aquele pessoal, hein?... Senão vou te dar uma bolacha na cara, pra você voltar ao normal!!

Iri, o que eu não daria pra estar aí com vocês, vivendo esse momento tão especial. O que eu estou perdendo, nunca mais vou recupear. Não ver a Júlia pequenininha, crescendo aos poucos, me dá a sensacão que vai ficar faltando uma parte da história da minha vida.... Mas, vendo por outro lado, vai ser bom pra você, pois vou ser menos uma pentelha pra ficar palpitando a sua orelha!!

Bom, enquanto vocês estão curtindo essa fase de dorzinha de barriga e limpar cocozinho o dia [e a noite] todo, eu estou naquela fase de ficar sem energia de tanto reclamar e mandar neguinho fazer isso e aquilo [* o Gabriel estava com quase 11 anos]. E estou [já] enfrentando aquele olhar de desprezo que todo adolescente dá para os pais, quando esses ficam falando intermináveis discursos... Esse mundo tá perdido! [...]

Negos, me escrevam, me liguem, peloamordedeus! Mande fotos! SAUDADES IMENSAS!!! Beijos para vocês e mil, especiais, para a mais linda de TODAS!

Tia Fer"

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May 24, 2004

releituras

14 DE DEZEMBRO DE 1979
17 HORAS
SOL EM CONJUNCÃO COM NETUNO
E EM OPOSICÃO A VÊNUS

Subi numa pedra e gritei:
- Aí Gregor, vou descobrir o tesouro que você escondeu aqui embaixo, seu milionário disfarcado.
Pulei com a pose do Tio Patinhas, bati a cabeca no chão e foi aí que ouvi a melodia: biiiiiiin.

::::

Ainda estou com dificuldade para dormir à noite, pois meu corpo pensa que ainda não é hora de ir pra cama. Pro soninho chegar, uso a alternativa pra minha televisão no quarto: a leitura. Nas estantes da casa dos meus pais têm - sempre teve - muito livro. Alguns deles são meus, resquícitos das minhas muitas mudancas que ficaram para trás. Ontem peguei um especial - Feliz Ano Velho, do Marcelo Rubens Paiva. Esse livro é especial por muitas razões. A mais importante é que ele fazia Engenharia Agrícola na Unicamp quando se jogou no lago e se estrepou. Ele estava na turma um ano na frente da do Uriel. Então lemos o livro em 1982, porque pessoas que o Uriel conhecia estavam citadas nele. E também porque aquela história de estudantes em Campinas no final da década de 70 era a NOSSA história. Felizmente não tivemos nenhum acidente. Engravidamos e casamos, enquanto o Marcelo vivia sua tragédia no hospital. Participamos de muitas festas e churrascos loucos, onde acidentes estavam destinados a acontecer. A Engenharia Agrícola da Unicamp era famosa pelas suas festas e ambiente descontraído. Uma excecão no mundo dos engenheiros!

Lendo o livro, fui fazendo uma viagem no tempo. Estou nostálgica já há uns dois anos. Ontem falei com uma amiga que conheci aos 12 anos. Ela tem uma filha chamada Fernanda por minha causa. Tudo isso causa uma porrada de sentimentos confusos, pois eu já me acostumei a ser uma imigrante sem passado! E lendo Feliz Ano Velho lembrei das repúblicas, como elas podiam ser diferentes, quantas delas eu frequentei e também morei [experiência obrigatória naquela época!]. A história do Marcelo todo mundo sabe, pois o livro virou best-seller, peca de teatro e filme. Eu dei risada quando ele escreveu que ouvia discos na vitrola! Como tivemos mudancas drásticas nestes últimos vinte anos! E reparei que o livro está todo sublinhado, bem de levinho, com lápis. Reparei que as partes sublinhadas eram as que ele citava nomes. Hoje, depois de vinte e dois anos, não consigo nem imaginar o que me fez fazer isso.... Quem sabe até eu terminar de ler, eu me recorde!

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tietagem

E vocês pensavam que era só a Marina que via celebridades nas lojas e restaurantes? Pois no meu segundo dia no Brasil já vi uma! Estávamos almocando no restaurante de um hotel spa trés-chic em Campinas e vimos a Cristiane de Oliveira - que comia sozinha numa mesa num cantinho. Claro que quando ela foi pegar macarrão, rolou uma tietagem básica, com umas fulanas pedindo pra tirar fotos com ela. Minha mãe já ficou toda empolgada e falou 'vamos lá?', mas eu recusei.... Eu lembro dessa atriz na última novela que vi antes de sair do Brasil, que foi Pantanal! Minha mãe disse que também viu uma tal de Rosamaria Murtinho, mas essa eu perdi. Não sabia que Campinas estava tão badalada assim... hoho!

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May 22, 2004

meu coracão agora só fala português

Estou num filme dublado!

Tenho que fazer um esforco danado pra não falar thankyou/excuseme/please. E pra entender que não preciso ser bilingue! Pelo menos pelas próximas três semanas! Não que isso seja importante, mas é engracado de repente não ter mais duas línguas no meu dia-a-dia. Na ponte aérea Rio-Campinas minha cabeca formava as frases em inglês automaticamente e só depois de uns segundos que eu me tocava - peraí, tenho que falar em português com essa senhora e esse senhor, estranhos sentados na minha fileira no avião.

Então estou em Campinas, São Paulo, Brasil, depois de cinco anos de ausência. Não me perguntem por que eu fico tanto tempo sem vir ao Brasil, porque agora eu só tenho uma explicacão - é porque eu moro MUITO LONGE!

Vir pra cá me cansa, muito. Eu não gosto de sair de casa, não gosto de avião, não gosto de ter minhas coisas socadas numa mala, não gosto de burocracia alfandegária, não gosto das fronteiras legais que nos obriga a ser revisados e nos enfia por detetores de metais, não gosto de viajar.

Mas consegui chegar aqui! Passei algumas horas felizes e agradáveis no Rio de Janeiro, onde eu não pisava há 17 anos. Vi uma cidade que eu não reconheci. Mas essa chegada pelo Rio foi a melhor possível, revendo meu grande amigo, conversando, rindo e me sentindo acolhida no meu país-mãe.

Ainda não vi muita coisa de Campinas, mas já vi muita gente linda e já conversei com muita gente querida. Conheci três pessoinhas muito especiais - Fausto, Lívia e Catarina, meus sobrinhos. A Catarina é 'guimassaura' como a tia Fê! Incrívelmente dominadora e adorável!

Estou escrevendo do PCzinho possante da minha mãe e toda hora erro as teclas, dou windows/C inves de control/C..... Não sei como fazer o ce cedilha aqui!

Acho que ainda estou em horário pacífico e me sentindo um pouco cansada. São apenas 6pm em Davis e eu já preciso ir dormir aqui. Que amanhã tem mais!

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May 20, 2004

see ya!

viagem
viagem
viagem
viagem
viagem
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May 19, 2004

Beam me up, Mr. Scott!

Se a minha vida fosse um filme, agora teríamos um corte de cena e em seguida veríamos eu chegando alegremente ao meu longínguo destino, sem cansaço, sem desodorante vencido, sem jet lag, sem mau humor e sem ter passado por pânicos claustrofóbicos e agorafóbicos.

Meu sonho é um dia poder ser teletransportada à lugares, sem ter que me enfiar por dezenas de longas horas em nenhum tipo de espaço fechado. Eu só teria que ficar em pé num patamar aberto e dizer "beam me up to my destination, please!".

Quem dera!

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tic tac tic tac

Passa hora, passa dia.....

Fui olhar no weather.com as temperaturas no Rio e em São Paulo, depois que o Moa me alertou que está FRIOOO por lá. Fiquei abismada em constatar que está igual aqui - entre 24ºC e 14ºC..... Ontem ouvi na tevê que estamos com temperaturas abaixo do normal para esta época do ano. Com certeza! Lembro de finais de maio terrívelmente quentes. Estamos numa brisa... belezura!

De repente, uma crise incontrolável de mau humor. É compreensível..... Pinguei umas gotas de Rescue na língua, just in case.

Férias, eu preciso!

Eu leio muitos blogs num período que varia entre vinte a trinta minutos. Faço tudo com o feedreader, que foi a descoberta do século e que me facilitou muito a vida. Nem todos os blogs que eu leio estão linkados aqui.... Eu parei de atualizar a minha lista de favoritos faz tempo. É uma pena e preciso me redimir, pois muita gente fabulosa, que eu curto ler, não está listada. Providências serão tomadas em breve.

Anota aí: uma gramática da língua portuguesa e chinelos havaianas pra mim, farofa pro Ursão.

O gato não descola de mim. Será que ele está pressentindo algo?

Na terça-feira passada fiquei puta da cara, pois esqueci de ir à aula de espanhol de novo..... Ontem eu esqueci de propósito. Às vezes é melhor admitir logo de uma vez que jogou dinheiro no lixo. Sinceramente, não recomendo as aulinhas de línguas da Adult School. Próxima vez [será?] farei no Sac City.

Passa hora, passa dia...

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May 18, 2004

terapia da água

Geralmente é no chuveiro que eu encontro as soluções para os meus problemas, me toco de erros em coisas que escrevi, tenho idéias mirabolantes, me recomponho, tomo decisões, penso na morte da bezerra e repenso a vida. Agora também faço isso enquanto nado e observo cenas picotadas com o céu azul, as nuvens e até alguns aviões militares cruzando o espaço, intercaladas com as visões do fundo da piscina, onde me distraio com sombras, ondas, bolhas, folhas e flores afogadas e band-aids perdidos no chão de cimento azul claro.

Pra mim não tem nenhuma meditação mais eficiente do a que eu faço quando estou dentro da água. Qualquer água - com cloro, doce, salgada, quente, fria, real ou mesmo se ela for apenas fruto de um sonho.

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A ervilha e as bonecas

Tudo lá na Rosa é lindo!

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May 17, 2004

enquanto cozinho a sopa

Eu sempre fui encanada com comer direito e natural. Passei uns quinze anos da minha vida, entre a infância e a adolescência, lutando contra um nojo que tomava conta de mim e que não me deixava comer carne, frango, peixe, ovos ou leite..... Do jeito que eu comia, praticamente obrigada pela minha desesperada mãe, nem sei como cresci e fiquei alta. E de repente, durante os últimos anos da minha adolescência, me deu o cinco minutos e eu virei natureba. Era uma saída para a minha repugnância com relação à toda comida derivada de animais. Virei uma comedora de pão, cenoura, sopa de missô e macarrão alho e óleo. Só depois de muitos anos, já mãe do Gabriel, é que fui devagarzinho voltando a comer os bifes da vida. Hoje eu como de tudo, menos coisas exdrúxulas é claro, mas não perdi a mania de comer natural, orgânico, evitar óleos, açúcares, ler maníacamente rótulos de qualquer produto para ver o conteúdo.

Por causa disso, toda segunda-feira eu encosto a barriga na beira da pia e fico com dor nas costas lavando verduras e legumes. Isso é coisa que só os naturebas freaks fazem aqui neste país, onde tudo é industrializado e muito mais fácil e prático, pois ninguém tem tempo de nada, muito menos de ficar lavando folhas de salada. Mas eu arranjo um tempo e faço questão de comer o máximo que puder sem aditivos químicos.

Hoje tive que fazer um sopão e vou congelar brócolis e couve-flor cozidos, porque tava acumulando tanto desses legumes dentro da geladeira que já estava dando dó. E toda semana eu jogo fora umas verduras que nem tenho mais idéias de como cozinhá-las. Esse desperdício involuntário e cheio de sentimento de culpa é a consequência de querer ter uma vida além da minha capacidade. Sem falar que além da lavação ainda tem os sustos de achar bichos estranhissímos residindo nas alfaces e repolhos. Um dia eu desisto dessa história, mas até esse dia chegar, vamos comendo nossas saladinhas, refogados e sopas com verduras e legumes fresquinhos.

O duro é meus amigos me aturarem, pois toda vez que eu sirvo alguma coisa, lá vem a frasezinha - "é orgânico!" - como se alguém desse a mínima!

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breve

A vida anda corrida e a cabeça vazia de idéias. Então necas de pitibiriba por aqui.... Invés de gastar letras descrevendo meu final de semana, vou tentar ser concisa. Foi um baita findão!

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May 14, 2004

a filombeta da raia dois

Não sei como resolver esse problema da minha ultra-super sensibilidade, mas quando a mulher vestindo o biquini de halter top listrado falou comigo, meu mundo desabou. Eu estava na raia dois, pois acho que já estou nadando suficientemente bem para sair da raia um, onde ficam os piores dos piores. Me atrapalhei nadando de costas e meus goggles sairam do lugar, enchendo de água e me cegando. Parei no meio da piscina e bati na tal mulher, que vinha nadando atrás de mim e não gostou. Quando terminei o set, ela simplesmente sugeriu na cara dura que eu fosse pra raia um, pois estava atrapalhando o desempenho dela ali na dois!

Me senti horrivelmente mal, mas tive a clareza de espírito de responder que ela não se preocupasse comigo, pois não precisava me esperar, podia me ultrapassar a qualquer momento, mas eu não iria pra raia um pois lá tinha muita gente e todos mais lentos que eu. Ela fez uma cara de desgosto, mas eu continuei nadando onde estava. Porém fui tomada por um misto de tristeza e revolta. Como pode alguém ser tão egoísta e grosseira???? O que mais me indignou foi o fato da fulana estar na raia DOIS e estar se achando A atleta. Dá licença, mas não era raia cinco, nem oito, era raia DOIS! Uma raia acima da onde eu costumava estar. É o fim da picada.....

Nadei o resto do tempo sem olhar pra cara dela, que deve ter percebido que eu não gostei da atitude dela. Mas petulante que ela só, passou o resto do treino se gabando para as outras pessoas na raia - "pra fazer os 400 só precisa muito treino..... fazer os 200 não é nada....." - What a BITCH!

Quando o treino terminou o coach veio me elogiar, que estou cada vez melhor e eu contei que me pediram pra mudar de raia por estar atrapalhando a atleta de biquinão sexy.... Ele ficou indignado e disse que tem umas três ou quatro mulheres que treinam lá que são realmente umas filombetas. Eu concluí rindo e balançando a cabeça - o mais ridículo dessa situação e ver alguém nadando na raia DOIS... e SE ACHANDO!

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carro, trem, avião

Eu sou um pouco parecida com o gato, não gosto de muitas mudanças na minha rotina. Todo verão o Uriel viaja muito. E são viagens pra tudo: pra contatos, pra treinamento, pra testes, pra conferências, pra visitas gerais e específicas, e até pra conhecer a robot francesa Magali e suas descendentes. O Gabe disse que no departamento de Física [onde ele é o programador], os professores também já estão viajando. Pra mim é um tempo chato. Eu não gosto.... E este ano as viagens começaram cedo. Eu já estou macambúzia, pois faz quase uma semana que estou sozinha.

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May 13, 2004

!!!!

Sempre que eu escrevo um post - que audaciosamente não é feito num editor de texto, nem passa pela vistoria de um corretor ortográfico - eu dou uma relida no preview e só daí que vejo os zilhões de pontos de exclamação nos finais das sentenças e vou deletando um por um. Por que será que eu tenho essa mania de usar exclamação, se tenho horror de gente que escreve assim, parecendo que está sob o efeito de alguma droga que provoca excitação? Deve ser uma mania inconsciente, pois quando releio o texto com atenção, pego todos os animados !!!! que não deveriam estar no final de nenhuma das frases. Felizmente eu consigo ver os finais excitados e posso removê-los e acalmá-los com um simples ponto final. Senão iria ser um porre ler textos assim:

memorial day

Um feriado! Eu sempre me confundo toda com esses feriados americanos!! Nunca lembro o que eles estão comemorando! Este deve ser o dia de lembrar os mortos nas trocentas mil guerras em que este país participou! Whatever!!!

Hoje é realmente dia bom pra quem quer comprar carro! Todos os dealers estão com mil ofertas!! Nós nos adiantamos... hehe!!!

Mas hoje é também dia de cinema - ou vai ou racha! Mr. "you-know-who-always-busy" já foi convocado! Só precisamos decidir qual fime ver!!

!!!!!!!!!!

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chega de gato!

Depois que publiquei o filminho teste do gato se espreguiçando que me toquei que fiz três posts seguidos falando e mostrando imagens do gato. Se alguém chegar aqui pela primeira vez e ver isso, vai pensar que eu tenho um problema, um desvio qualquer. Mas é que ele é o meu único modelo, já que meu filho e meu marido são greta garbos e não querem saber da fama e fogem das luzes do palco. O gato acaba sendo a vítima mais próxima e disponível para filminhos e colagens de imagens....

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May 12, 2004

espreguiçaaaaaaa......

É assim que o senhor Misty faz.

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pra não dizer que eu não falei do gato

Nesses dias que o Uriel está em Los Angeles a rotina do gato mudou. Eu não acordo tão cedo e então ele tem que se adaptar ao meu esquema. E é engraçado como ele faz tudo automáticamente. Normalmente ele começa a cutucar o Uriel antes das 7am e fica miando e enchendo, até eles descerem e o Uriel dar a tão esperada comida em lata. Nesses dias em que só eu estou aqui, o gato espera pacientemente ao lado da cama até eu abrir os olhos ou começar a me mexer. Sem cutucação, sem miação, sem encheção. Quando eu levanto às 8am, daí ele vem todo serelepe. Acho que ele sabe que comigo não tem história... E como esses bichos sabem manipular quem se deixa manipular, não? É como criança, que se deixar manda na casa. Quem já não viu os pais fazerem tudo de acordo com o que a criança quer e ficarem praticamente sem vida própria? Eu já cansei de ver isso... E os bichos têm a capacidade de fazer tal e qual, se você deixar.

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ping ping ping

misty e a aguamisty e a agua
misty e a aguamisty e a agua
misty e a aguamisty e a agua

>>> foi a primeira vez que ele viu água saindo da torneira da banheira e isso virou o entretenimento da manhã!

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versalidade

As fotos publicadas ontem [e hoje] neste blog foram tiradas com uma câmera de filmar. Minha digital continua mortinha da silva e não ganhei nem comprei uma nova ainda. Por enquanto, vou me contentar em ilustrar minha casa cor-de-rosa com snapshots proporcionados por uma dvc JVC!

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os mais fedidos

Ursão também sabe das coisas! Ele ouve o rádio todo dia pela manhã enquanto toma café. É uma rádio AM, onde ele escuta notícias gerais e comentários sobre os Kings - o time de basquete de Sacramento do qual ele é fanzoco. Pois outro dia ele veio me contar que ouviu no rádio: fizeram uma pesquisa entre os atores em Hollywood pra saber quem eram os atores mais fedorentos. O resultado foi chocante! Primeiro lugar entre os mais fedidos - Brad Pitt e a mais fedida - Cameron Diaz. Depois dessa notícia, tenho certeza que ninguém mais terá inveja da Jennifer Aniston... coitada! Eu sei que ninguém é perfeito e lembro de ter lido histórias de reclamações sobre os bafões insuportáveis na hora da cena do beijo e aquela lenda de que o James Dean tinha cebelo ensebado e carrapato nos pelos pubianos. Mas saber que isso AINDA acontece é de lascar. E Mr. Pitt, hein? Quem diria.... não é amigo de um chuveiro. Segundo o Ursão, ele ganhou o título de mais fedorento por unanimidade.... bleargh!

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May 11, 2004

snapshots

in the kitchen
in the kitchen
in the kitchen
in the kitchen
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sprint

Estou ficando cada vez pior e isso já está me assustando. Fiquei um tempão tranquilona de roupão na cozinha, mastigando um sanduba e lendo os quadrinhos. Depois subi na malemoleza traçando um yogurt de morango, fui ler e-mail, fiquei um tempão olhando distraidamente coisas aqui e ali, até meus olhos focalizarem as letronas chamativas em cor-de-rosa da minha agenda - CONSTANCE STEVENS - 2PM. No relógio do computador eram 1:54pm! AaaaaaaaaaaaaaAaaAaaAaAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Nem sei como me vesti, nem o que vesti, nem como imprimi meu resume, que saiu num papel cartão e em letras cor de lavanda, dirigi freneticamente e cheguei no escritório do Staff Development & Professional Services às 2:03pm! E ainda tive que pedir pra secretária trocar uma nota de um em quarters, para eu poder colocar no parquimetro!

Tive minha sessão [a última!] com a career counselor e ainda estou tensa com o susto que levei. Assim não dá viu? Se continuar desse jeito vou ter que contratar um serviço pra ficar me lembrando dos meus compromissos - e jogando água fria na minha cara, tocando corneta na minha orelha, me dando empurrões, me beliscando ou me dando choques elétricos, caso minha mente comece a voar e eu não consiga nem ler os recados em letras coloridas e garrafais na agenda.

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tricô?

Muita gente deve estar matutando - tricô? Que história é essa de tricô e dela estar tricotando? Vou explicar. Imitona que sou, vi uma senhora que é voluntária no Mondavi Center tricotando umas echarpes de linha lindas enquanto esperávamos as instruções da house manager. Cada dia ela trazia um tricô diferente, com linhas diferentes e eu fiquei toda entusiasmada. O tricô é básico, o que faz o charme é a linha. Então fui atrás de umas linhas bacanas e estou fazendo echarpes. A tricotagem é simples, dá até pra fazer vendo tevê. Mais que isso eu não conseguiria fazer, pois não tenho a paciência e a concentração necessárias. Mas as linhas são tudo! Comprei umas importadas da Itália, que tem textura de pelo e são coloridas. Está ficando legal! E pra quem são essas echarpes?? Hum, isso será SURPRESA! [wink!]

tricot

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movies galore

Ontem, depois do jantar e enquanto tricotava:

- Breakfast at Tiffany's
- Dial M for Murder
- Vertigo
- The Birds

O filme dirigido pelo Blake Edwards, com a Audrey Hepburn, me fez chorar, chorar. Quando vi que ele foi feito em 1961, fiquei impressionada com o fato de que eu e o filme temos a mesma idade! Quando Hepburn tomava café e comia uma pastry vestida de preto em frente da Tiffany & Co, eu nascia!

Adoro Vertigo, que é o meu segundo Hitchcock favorito [o primeiro é Rear Window], por causa da beleza e carisma da Kim Novak e por causa de San Francisco, que é praticamente o cenário do filme. Alguns lugares eu reconheço - não está igualzinho a hoje, mas dá pra reconhecer. Imagina uma San Francisco sem aquele monte de carros e com lugares de sobra pra estacionar? Só mesmo num filme e de 1958!

The Birds é interessante pra mim, pois além da história, revejo as paisagens de Bodega Bay - que está bem diferente hoje. Sem falar que algumas cenas de Bodega Bay foram mesmo feitas em Bodega, que é outra cidade ao lado e afastada da costa. Eu não canso de rever esses filmes do Hitchcock!

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May 10, 2004

um minutinho

Quando não escrevo sobre um assunto na hora, vai ficando difícil escrever sobre ele depois que tudo já passou. Então não sei se vale a pena dizer que corri pra cima e pra baixo a sexta-feira inteira, que cheguei em casa podre e que o Uriel foi comprar uma sopa pro jantar. Vi An American in Paris em dvd, tricotei avidamente, dormi como uma pedra. Eu fico irritada quando vamos receber visitas e eu fico correndo pra lá e pra cá, enquanto outros cuidam da vida. No sábado preparei tudo - nos micro-detalhes - para um almoço no quintal. Fiz salmão na churrasqueira, aspargos no vapor, purê de batatas, saladas. Almoçamos com a Reidun, Marianne e Gabe. Mais tarde tivemos mais visitas. Fomos às compras nas antique shops de Woodland. Tomamos margaritas e mordiscamos nachos com salsa. Dançamos, aplaudimos e nos emocionamos num concerto de Gospel onde o David tocou guitarra. Jantamos pizza de-lite às 10 da noite. Dormimos como uma pedra. Eu só faço breakfast quando temos visitas. Normalmente cada um faz seu café solúvel, eu não tenho apetite pela manhã e o Uriel gosta de fazer quase um brunch e ler o jornal. Domingo fiz o café da manhã tradicional, com ovos mexidos, queijos, presunto, suco, café pilão, pães, geléia, manteiga... Caminhamos pelo Whole Earth Festival olhando os artesanatos. Esse é o final de semana onde quem não tem o hipongo life style, tem a chance de se vestir como tal. E quem tem, provar que o sonho não acabou. Pra mim essa festa anda perdendo a graça, a não ser pela música, que às vezes é boa. Almoçamos em família num restaurante. Tomamos chá de hortelã em casa, filmamos a Marianne dizendo 'oi' em Português, conversamos um pouco mais e falamos 'tchau'. O Uriel arrumou as malas e eu o levei no fleet service. Caminhei com a Marília. Tricotei. Esqueci de jantar. Vi aquele filme onde o Harrison Ford se esconde na comunidade Amish. Achei o menino a cara do Pedro. O Uriel ligou da estrada. Dormi como uma pedra. Ainda não desfiz a mesa do almoço de sábado no quintal, nem ajeitei a cozinha com a louça suja do breakfast de domingo. E hoje vai ser um dia daqueles. Se der, volto amanhã!

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May 9, 2004

fim do finde

Gato na janela
Gabe & Mari jogando D&D
Uriel dirigindo pra Los Angeles
Eu cansada, cansada, muito cansada.......

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May 7, 2004

mais uma razão para adorarmos os gatos!


cts&dogs
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May 6, 2004

é legal blogar da cozinha

Ele me chama cutucando meu braço com a cabeça. Mas o potinho está cheio de comida, não sei o que ele quer. Quando ele veio pra minha casa, a ex-dona me avisou que ele gostava que ficassemos fazendo companhia ao lado dele, enquanto ele comia. Ele é um gato que não gosta de fazer refeições sozinho! E à noite ele enche tanto, tanto...... Chega ao cúmulo de sentar-se à mesa com a gente, numa cadeira extra, como se fosse uma pessoa.

Fui depositar um cheque no banco. Faço todas essas coisas à pé, porque moro em downtown. Fui com meus tamanquinhos Dr.Scholls - tléctléctléc. Alguém uma vez me disse que esses tamanquinhos eram ridículos, QUEM que iria querer comprar um. Eu respondi que EU tinha um. E adorava! Foram moda quando eu era adolescente. Hoje, felizmente, usa quem quer. E eu uso, todo verão.

Como já estava na B com a Second, resolvi dar um pulinho [looogooo aaaliii...] na I com a Third, na minha thrift store favorita. Tinha uns dólares separados pra gastar lá e ajudar os bichinhos do SPCA, mas NÃO consegui comprar nada. Não é que não pude, mas não quis, pois não achei nada legal.

No final gastei os dólares num newsstand, com drops de mel, chicletes de citrus e morango, balinha de melancia e outras bobageiras...

Na bancada da cozinha sempre tem uma pilha de revistas de receitas, revistas comuns, livros, cds e papeladas diversas. Hoje dei uma limpada em uma das pilhas. Achei jornais de três semanas atrás que separei pra ler e nunca li. Vai pro lixo ou não vai? Sinto uma pena terrível de jogar fora coisas não lidas. Mas se não for assim, minha vida vai se tornar uma enorme pilha de papéis e eu nunca vou conseguir dar conta de tudo.

Além do mais, agora estou entusiasmada fazendo tricô com agulhas gigantes e uma linha super funky! Não posso perder tempo lendo jornal velho.

O gato procura sempre os spots com sol. Esta casa deve ser um parque de diversões pra ele, com tanto espaço, lugarzinhos aconchegantes ou simplesmente interessantes. Mas como ele sempre está onde eu estou, agora ele toma sol na cadeira em frente da janela da cozinha, ao lado da mesa, onde eu estou escrevendo.....

Mas agora chega!

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$$$ não nasce em árvore

Que raiva quando eu jogo dinheiro fora!

Terça-feira retrasada não fui ao espanhol porque fomos jantar fora e comemorar o niver do Gabe. Terça-feira passada eu simplesmente esqueci que tinha aula. Daqui a duas semanas vou ficar vinte dias fora e vou perder mais três aulas. Quando eu voltar, as aulas já terão se encerrado. Paguei um quarter e só aproveitei metade.

Também paguei por três stroke clinics na natação para os próximos três sábados. Neste sábado não vou poder ir, pois vamos receber a visita da Reidun para o finde. E no último sábado nem vou estar mais aqui - e onde estava com a cachola quando marquei essa clínica? Então paguei três e vou levar apenas um.

Vou ter algumas festas pra ir nas próximas semanas. Numa delas não conheço muita gente e não quero causar má impressão [e envergonhar meus acompanhantes!]. Então corri comprar umas roupetas. Dentro da loja eu quero comprar tudo e acabo sempre levando a coisa errada. Comprei duas túnicas de linho - uma beige e outra branca - que não combinam com nada e nem são apropriadas pro tipo de festa que eu vou. Voltei da loja já pensando em devolver as blusas. Mostrei pro Uriel e até ele torceu o nariz.... Que santo é esse que baixa em mim quando eu estou fazendo compras e tira todo o meu bom senso e a minha capacidade de raciocínio?

Outro dia fui fazer uns muffins pra usar umas bananas que já estavam quase apodrecendo. No fim teria sido melhor ter jogado as bananas fora e economizado em ingredientes, gas, trabalho e paciência. Mudei um pouco a receita, porque tinha mais bananas do que a receita pedia. Gastei um monte de outros ingredientes e os muffins ficaram uma porcaria.... E ainda tive que ralar pra lavar aquelas formas de assar muffins, super chatas de limpar! Quem mandou!

Deu pra perceber, que em matéria de economia doméstica, eu cabulei todas as aulas e passei colando, né?

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e-peste

Pela quantidade de lixo que entra na minha mailbox diariamente, consigo ver os trends dos vírus acontecendo mundo afora..... Aqui eles chegam sem vida, só a carcaça, mas dá pena ver tanta gente com a máquina infestada.....

Nos meus tempos de windows, eu me orgulho de duas coisas: nunca tive um anti-vírus instalado e nunca peguei um! E felizmente o Gabriel fez o favor de me tirar dali antes que o caldo engrossasse. Hoje, pega-se vírus até navegando por sites. O que mais me assusta são esses programas de troca de arquivos, tipo kazaa, que todo mundo usa e nem se toca....

Já somos sufocados por e-mail não solicitados [a.k.a. spam], já temos que codificar nossos endereços, filtrar tudo, atualizar anti-vírus todo dia [windows users, of course!] e ainda tem gente que abre espontaneamente o seu computador pra gente estranha acessar, só pra poder pegar música [de péssima qualidade] e filmes [idem]. Eu ainda prefiro ouvir rádio e ver tevê........

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May 5, 2004

docent lunch

Falei sobre os potlucks ontem porque fui a um [mais um!]. Acho que essa é uma maneira ótima de confraternizar, especialmente porque não há muitos gastos. O potluck de ontem estava ótimo e eu comi muito!

E foi meu primeiro almoço oficial como docente da International House de Davis. No ano passado me inscrevi para ser voluntária lá, mas percebi que no meu caso era melhor um outro caminho: ser docente. Isso significa que vou ter um trabalho fixo lá na casa, trabalhar todo mês, quantas vezes estiver disponível. No mês passado resolvi ir de bicona no almoço que os docentes promovem toda primeira terça-feira do mês. Cheguei lá com a minha cara-de-pau sorridente e segurando um saquinho de supermercado contendo suco e sushi. Fui recebida com tanta alegria e simpatia! A maioria dos docentes são senhoras, esposas de professores da UCDavis. Todas umas gracinhas, umas queridas!

Fui treinada para me tornar uma docente na semana passada. E ontem fui introduzida ao grupo, juntamente com mais outras duas novas docentes; a Nancy e a Lyn. Na próxima terça-feira terei minha primeira tarde de trabalho na I-House, atendendo telefone, recepcionando as pessoas, ajudando o diretor em mil e uma tarefas. Sem esse trabalho dos docentes a casa não poderia oferecer tudo o que ela oferece. E tem MUITA coisa! Eu recebi uma pasta, que vou ter que dar uma estudada, porque a I-House mantém muitos programas a atividades.

Ontem no almoço dos docentes, vi que fiz a escolha certa decidindo participar desse grupo. Me senti muito bem-vinda. Conversei com muita gente, sobre muita coisa. Muitas das docentes têm experiencias de vida fascinantes, já viajaram o mundo todo. Ouvi muitas histórias e até conversei sobre política com duas senhoras que estão dedicadas na campanha para defenestrar no Bush nas próximas eleições. Gente finíssima! E agora também sou parte dessa turma!

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May 4, 2004

potluck

Eu gosto dessa palavra - potluck - cada um leva um prato e todos dividem. Ás vezes a divisão não traz muita sorte pra uns ou outros, pois nunca se sabe que tipo de comida vai aparecer na mesa. Ainda mais quando o potluck envolve uma turma internacional. Eu já fui num potluck onde não consegui comer quase nada, pois tudo era estranho demais pra mim. Era uma confraternização entre os estudantes chineses do meu professor de inglês canadense. Eu sempre metida em tudo, me danei. Não lembro o que levei, mas tenho certeza que não fez o menor sucesso. Nosso gosto ocidental nem sempre agrada aos orientais. Mas eu lembro vivamente de um peixe com molho de feijão preto que me assustou pacas. E os ovos de pato esverdeados. Eu não como ovo nem normal, quem dera um que ficou 'estragando' envolto em ervas e folhas. Bom, eu também já tive minha comida rejeitada em potlucks, como nos banquetes internacionais da U of S, no Canadá, quando eu preparava a minha maravilhosa feijoada brasileira e muita gente torcia o nariz e dizia 'no thanks!' quando eu oferecia sorridente os 'brazilian black beans'. Uma vez eu levei refresco de guaraná num potluck, desses de pacotinho da TANG, que misturei com água gasosa e acrescentei gelo e rodelas de limão. Quando eu falei que era guaraná, alguém me perguntou se a bebida era apropriada pra crianças. Nem todo mundo tem a obrigação de saber desses detalhes culturais, né? Mas essas situações são ótimas pra gente contar no blog e dar bastante risada. Pode ser que a minha cara de nojo e susto olhando pro peixe no molho de feijão tenha virado uma história divertidíssima, contada em cantonês, entre gargalhadas de desprezo pelas babaconas ocidentais.

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trilha sonora

Tem dias que eu acordo e só quero ficar ouvindo o silêncio. Noutros eu estou com apetite pra Blues, outros pra Jazz. Faz tempo que não ouço MPB ou Rock 'n 'Roll. Eu vivo em ciclos maníacos. Agora é Jazz de Etta Jones e Lionel Hampton na boombox da cozinha, enquanto faço os afazeres chatos de limpeza e preparo a comida. No carro, nem poderia confessar, mas vou: ouço Hip-hop bem alto. No computador, somente Jazz no ITunes. Sou eclética, mas fico presa em fases, ouvindo a mesma coisa, o mesmo cd por meses e meses.

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May 3, 2004

Jackson

jackson
jackson
jackson
jackson
jackson
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e no Rio de Janeiro tudo contínua lindo

Não deixem de ler os textos cinéfilos saborosos e nutritivos do Moa, lá no meu blog favorito, o Cinefilia.

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resumo

Minha vida em copy & paste; khao pad poo & tom kha gay [crab fried rice & coconut soup]; html, css; aeroporto; hamburger, fries & coke; tevê; ZzzZz; mais vida em copy & paste; flores, folhas; home made hamburguers & potato salad; toalha xadrez e vaso de rosas vermelhas; almoço em família no quintal; html, css; calça preta, blusa impecavelmente branca, coque, brincos de pedras; convercê africa-brasil; Frank Zappa; pizza; lágrimas; chuveiro; tevê; ZzzZz; mais um pouco de vida em copy & paste; irritação; supermercado; arrumação; flores na mesa; macarronada, frango assado, salada, bolo de morango; almoço relaxante no quintal; conversê; GAP; calorão; mais conversê; html, css; tecla, tecla, tecla; ioga de gato na cozinha; pão com mortadela e ginger ale; pastilhas sour de cranberry; Kill Bill; calorão; a/c; chuveirada fria; cama; Kate & Leopold; ZzzZzz......

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May 1, 2004

estamos em obras

E enquanto isso eu estou me revelando uma pessoa obcecadamente detalhista, ultra persistente e com uma paciência de jó...

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