April 30, 2006

televisão de gato

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Programa de hoje: rosas, gerânio, jasmim, lavanda.....

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April 28, 2006

um atrás do outro

Preciso dizer isso, porque estou aqui de longe observando com aquela cara de mas-não-é-possível...

FERIADO no Brasil, DE NOVO????????????

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Elegância 24 horas

Tenho vontade de gritar quando leio em revistas femininas aquelas dicas de como se vestir pra trabalhar e depois apenas jogar um xale, trocar o colar e o brinco e sair linda e fresca para um encontro com amigos numa happy hour ou um jantarzinho romântico. Ora, dá licença, mas quem é que consegue estar linda e fresca depois de uma jornada de trabalho? Nem propaganda de margarina consegue ser tão enganosa.

Vou dizer o que acontece comigo. Tomo banho às 7:30am e me visto. Vou pro trabalho linda, aprumada e cheirosa às 8am. Na hora do almoço já não estou me sentindo tão super-duper. Lá pelas 3pm estou me achando um saco de batatas, meio desconfortável, descabelada, irritada com tudo que por acaso esteja levemente apertado, desconjuntada, desalinhada, descombinada, amarrotada. Só penso em ir para casa e tirar aquela roupa, tomar um banho, não quero nem saber de ir direto pra uma happy hour ou para um jantar romãntico. Se eu não passar por um chuveiro e uma mudança total de roupa, não vou à lugar nenhum.

E agora que o calorzinho vem chegando, o que fatalmente vai acontecer é eu acabar tomando um banho quando for pra casa almoçar. Sei que chocarei a malta desavisada voltando para o trabalho de banho tomado e com uma roupa diferente, mas sorte a minha que posso ter esse luxo de chuveiro no meio do dia. Porque sinceramente, a minha elegância não é tão resistente quanto o meu desodorante.

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April 27, 2006

a vida é bela, ou feliz aniversário G.G.R.

Duas espinhas gigantes no meio da cara tentam passar a perna no povo, dando a ilusão de que ainda estou na puberdade. Mas a verdade é que aquele moço altão e lindo ali, muito parecido comigo, não é meu irmão. É meu filho, soprando vinte e quatro velinhas hoje! Coisas estão acontecendo, bicho. O tempo vooooooa.

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April 25, 2006

até que demorou muito...

Infelizmente aconteceu. O Roux machucou o Misty naquelas perseguições diárias implacáveis. Já chorei um barril de lágrimas. O coitado do gatonildão está cabisbaixo e acuado, com a perna machucada. Ele não deixa ninguém olhar, grune se a gente tenta por a mão, então não sabemos se ele foi mordido ou se se estrumbicou tentando fugir. E o Roux com aquela cara de tonto de sempre continuava tentando se aproximar e teve que ser trancado em outro aposento. Vamos ter que levar o Misty no vet amanhã e o Roux vai passar o dia trancado no banheiro. Não dá pra arriscar....

» dois dias depois... O Gabriel e a Marianne fizeram o grande favor de levar o Misty ao vet. Felizmente foi só uma contusão na perna, não foi fratura. Aconteceu quando o Misty tentava fugir das investidas do Roux. Como todos já sabem, o Misty é um gato pesado, sem a mobilidade e a capacidade de defesa dos gatos normais [não declawed]. Ele não pode atacar, então ele foge. E não tendo leveza, acabou se estrupiando. Está tomando um narcótico e esperamos que ele fique bom em breve. Enquando isso o pobre Roux passa as noites e as horas do dia em que não estamos aqui trancado no quarto. Ele não está gostando nem um pouco dessa cassação da sua liberdade, mas por enquanto é o jeito. Mas como se impede um gato brincalhão de tentar brincar? E um gato que não quer conversa de não sair correndo? Não temos ainda uma estratégia para o futuro...

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April 23, 2006

the one with the funny eyes

"É você a pessoa que está ansiosa para ir para casa?"
"Sim, sou eu mesma!"

Sábado de agito total na cidade, com o Picnic Day na UC Davis, um montão de coisas pra fazer, muitos planos e de repente tivemos que fazer uma visita ao hospital. Estava escrevendo quando minha visão embaçou, ou melhor, quebrou, e não voltava mais ao normal. O Uriel tinha três olhos, o gato tinha quatro rabos, as letras estavam quebradas e eu em pânico.

Como chegamos cedo no hospital, ainda não estava aquela muvuca. Mas nos deixaram esperando um tempão, porque decidiram ligar pra um especialista, já que não acharam nada de errado nos meus olhos, nem no resto. Não era o prenúncio de um derrame, ou de qualquer outra coisa cabeluda.

Fui ficando irritada e agitada, querendo ir embora, especialmente porque me colocaram para esperar a resposta o médico logo atrás de uma mulher que tinha se queimado com água fervendo. Owch! Fui irritantemente rude com uma enfermeira, até que aquele funcionário afetado e rebolante, já meu conhecido deste outro freak episódio, veio perguntar se era eu a figura ansiosa pra ir embora. Eu sempre dou bafões em hospitais, mas me digam, sinceramente, quem é que não quer ir embora de um ER?

No final concluiram vagamente que eu devo ter tido uma variante de enxaqueca, chamada enxaqueca ótica. Era só o que me faltava. Em todo caso, vou ver um oculista nesta semana.

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April 21, 2006

pausa para apontar o lápis

Como pode uma tragédia como a do terremoto de 1906 em San Francisco ser celebrada cem anos depois? Vi fotos das comemorações nos jornais e fiquei um tanto pasma. Li não sei onde como os chineses imigrantes foram tratados depois do terremoto, e de como as coisas perderam um pouco o rumo. Seria como celebrar os eventos trágicos do Katrina, daqui a cem anos. Não acho que tem nada pra se comemorar.

Mas do ponto de vista científico, o Uriel estava dizendo que o terremoto de 1906 foi incrívelmente bem documentado pra época. E isso permitiu muitos avanços nos estudos desse fenômeno.

Eu assino muitas revistas. E em todas elas vêm um monte daqueles papeizinhos-formulário, que eles colocam entre várias páginas, pra aliciar mais assinantes. Mas se eu já sou assinante, o que vou fazer com aquilo? Dar pra minha vizinha e tentar convencê-la que vale a pena assinar aquela revista? Isso me irrita pacas. E é simplesmente mais papel pra cesta de reciclagem.

Neste ano, prometo ser mais criativa com as abobrinhas. É uma resolução de verão.

Chamei a pest control company, pois a minha guest house está com formigas. Repensei muito esse meu arranjo bimestral pra tentar acabar com a racinha das formigas e outras pestes indesejáveis. Agora meu cotidiano está imerso em conselhos de como tentar se livrar das pestes primeiramente com técnicas biológicas e culturais, deixando os quimícos como última opção. Não deixei espirrar Round-up nas ervas daninhas, faço horta orgânica onde afogo lesmas invasoras na cerveja, mas quando vejo aquele mundaréu de formigas adentrando o meu espaço, me descontrolo. Mata, mata, aniquila! Não quero nem saber de controle de pestes integrado, ocarvalho!

E a horta, nada ainda.

Duas semanas com um par de sapatos e um de sandálias no shopping cart da loja online, pensando, pensando, até que ontem pela manhã finalmente apertei o botão de finalizar compra. Ah-h! Eu uso o argumento mais do que batido de que sou uma libriana, para justificar essa minha indecisão crônica. Mas sei que deve ser alguma dessas anomalias que vem embutida nos genes. E depois de apertar o botão ainda tem que lidar com a ansiedade da espera, que nem sempre é longa, mas não é a mesma coisa que sair de uma loja com o pacote. Só que desta vez a loja me deu um treat, porque sou boa cliente - tradução: gasto os tubos com eles, e vou receber a encomenda em vinte quatro horas, quer dizer, HOJE!!!!! Ah-hhh!

Nossa guest house alugou para uma moça com um cachorro. Depois de um ano de descabelamentos e irritações, nos livramos dos inquilinos geek orgânicos. Desta vez fizemos tudo através de uma imobiliária e ditamos uma lista bem longa de "don'ts". Mas permitimos cachorros, gatos e peixes, porque eles não riscam todas as paredes e portas da sua casa com canetinha preta.

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April 19, 2006

Melhor que Prozac

24ºC!

Agora é pra valer! Depois daquela amostra grátis fora de hora em fevereiro, a primavera finalmente chegou. E tudo muda, as caras, as roupas, o ânimo, a luz. É muito bom pedalar a bicicleta com o sol no rosto e sentir o calorzinho sem suar. E ver o gramado do Quad salpicado de estudantes lagartixando na hora do almoço. E ouvir música pelo campus. É bom também ter certas surpresas, como a de cruzar com duas vacas de verdade no meu caminho. Elas certamente fazem parte dos preparativos para o Open House da Universidade, o Picnic Day que acontecerá no sábado. A cidade está borbulhante.

E por falar em picinic, hoje faremos o nosso primeiro do ano. Tenho certeza que o parque estará lotado. Pois chegou!

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April 18, 2006

o melhor momento

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os gosmentos & os craquelentos

A reunião era para discutir e decidir a implementação de uma seção nova de links em todas as páginas, de todas as pestes, de todas as culturas. A página aberta na tela, a servir de exemplo, era a de um tipo de ácaro chamado de San Jose scale. Por causa da foto do bicho, estava difícil prestar atenção no que fosse, senão naquela imagem de um tronco de árvore coberto de escamas-vivas. Me fazia lembrar uma perna gangrenada, cheia de feridas purulentas. Só de lembrar, sinto calafrios, arrepios, coceira na cabeça e me pego rangendo os dentes e fazendo caretas de asco e horror.

Essa é uma parte bem chata do meu cotidiano de trabalho, vira e mexe dando de cara com fotos de larvas, ácaros, insetos, fungos, pestes vertebradas e invertebradas, que me fazem saltar da cadeira, ou fechar os olhos num susto e nojo. Os scales são os que me dão coceira. As larvas me dão enjôos, e seus ovinhos me fazem murmurar sons abafados de repulsa e sofrimento. Mas ninguém mais parece se importar com essas imagens - nem no grupo da web, nem no grupo dos escritores técnicos. A perspectiva de que um dia eu também vou me acostumar, me conforta.

Meu trabalho, que se estende numa escala realmente ampla, pode ser resumido basicamente como o de transferir para a web, as publicações técnicas e acadêmicas sobre gerenciamento integrado de pestes. Muita coisa eu adoro fazer, outras nem tanto. Uma das coisas que eu gosto de fazer é atualizar uma seção que eu montei para a assessoria de imprensa divulgar seus artigos. O que eu realmente não gosto é receber o material para mais uma atualização, com um press release de praxe e uma foto em alta definição de uma fruta toda podre com uma lesma melequenta saindo lá de dentro, toda garbosa e em destaque.

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April 16, 2006

welcome!

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April 14, 2006

a situação

Ontem tomei um banho às 8pm e deitei para ver tevê , também decidida à escrever nos meus blogs. Comecei um post para o Chucrute com Salsicha quando o meu marido chegou empunhando um rolinho de massagem, se oferecendo pra me dar um tratamento de relaxamento. Fechei o laptop, recebi a massagem e catapuf.... Acordei hoje às 6:30am.

Muita, muita coisa acontecendo, a mente vazia de idéias, sem inspiração e motivação para escrever. Sem falar que o meu leitor mais importante não está podendo me ler, então estou realmente devagar. Mas continua tudo em pé, aqui, aqui e aqui.

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April 7, 2006

and these visions of Johanna are now all that remain

Estou vestindo uns tamancos suecos vermelhos que a sogra do meu filho me incentivou a comprar anos atrás dizendo que eu poderia " até correr" com eles, se quisesse. Eu mal consigo andar. Ela é norueguesa e deve ter tentado provar a sua teoria dos bons vizinhos mais uma vez, comigo e com os tamancos. Mas estou de bicicleta.

Se eu estivesse no Brasil, poderia contar também com meus pais e irmãos. Aqui, a única certeza que eu tenho é que posso contar com o meu marido e meu filho.

Estou feliz da vida com a volta dessa queridona!

Todo dia eu vejo um pequeno grupo em tour pelo campus. O guia falando e caminhando de costas, olhando para o grupo que caminha de frente.

Comprei um guarda-chuva novo, colorido e largo, depois que o meu inglês made in china foi surrupiado da minha varanda. Parou de chover e abriu um solão.

Não, o Sonny Rollins não é um lambisgóio!!! [*pisc !!!]

Meu cotidiano poderia ser um longo sketch do SNL. [**pisc !!!]

Como se livrar de um Rickdoe pegando no seu pé? [***pisc !!!]

Ouvir um cd over, and over, and over até que é normal. Mas ouvir uma música somente, over, and over, and over, pode ser comprometedor

Tenho uma coisa muito importante e polêmica pra dizer: tem gente que é realmente full of baloney.

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April 2, 2006

longos dias

É um troço chato. Os relógios que não se ajustam automáticamente, têm que ser reajustados à mão. Trabalho para o Urso Camarada. Hoje será um dia de confusão mental. Eu olho pro relógio e ainda não entendi como pode ser tão tarde. Entramos em horário de verão. Os dias agora serão longos e eu tenho sentimentos divididos com relação à isso. O negócio é que ainda estamos em climão de inverno, com uma chuva incessante e fria, vestindo casacos, perdendo guarda-chuvas, dormindo de meia, jantando sopa quente. Os gatos já deram o sinal de confusão, dando um escândalo matinal. Acordar uma hora mais cedo, com o relógio marcando uma hora mais tarde, a sensação de que algo está errado e gatos espancando a porta do seu quarto, pode não ser um bom começo para os longos dias que virão.

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April 1, 2006

cara-a-cara

Trocamos alguns emails, fui formando uma imagem, uma impressão. A escrita é muito fria, engana, distorce, nunca nos mostra a verdadeira faceta do outro. Depois veio a voz pelo telefone, que já acrescentou uma vivacidade maior, um outro item ao conjunto, e foi dando um contorno muito mais exato. Mas a melhor coisa é o encontro pessoal, quando se dá o abraço, se olha no olho, junta a voz com a pessoa em carne e osso, e se pode ver a personalidade ali escancarada, simpatia à primeira vista! Esqueça os emails. Você não conhece realmente ninguém até ficar cara-a-cara com a pessoa.

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