March 22, 2011

trench-coat days

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Vai chover amanhã e depois e depois e depois e depois e depois e depois. Choveu tanto no domingo, que nem fui nadar. Tempestade tropical. No sábado nadei com chuva gelada pingando na minha cara. NÃO curti! E ainda esqueci meu chinelo de dedo em casa [otraveiz, lasca!] e meu pé doeu de pisar no chão gelado, sem falar no NOJO de por meus pés em contato com o chão absurdinhamente empoçado daquele vestiário de piscina. Belisca, sou eu mesma dizendo que fui nadar no frio e chuva, sem chinelo, num sábado de manhã?

Estou realmente interessada em aprender a técnica de dormir sentada, sem cair da cadeira, sem roncar e dar bandeira de que estou dormindo.

Conversando com uma pessoa, usei a expressão "in the old days". Pronto, sou oficialmente uma velha.

Barack Obama é a epítome da elegância.

Meu marido, o realista—você sabia que o mel é o cuspe da abelha? Obrigada, dear husband, por colocar essa minhoca se contorcendo de nojinho na minha cabeça.

Um filme com John Wayne onde ele nao é um cowboy, nem um oficial do exercito ou da marinha—Trouble Along The Way, 1953.

O melodrama mais cafona de todos os tempos, soap-opera-ish. Mas tive que ver até o final [feliz, é claro]—A Summer Place, 1959.

Te amo de paixão e mando um beijo no seu coração!

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March 3, 2011

i had a dentist appointment

"como respirar somente pelo nariz com a boca aberta"

Não importa o quão hipster, inteligente, bonita, rica, bem viajada, bem lida, perfumada com o aroma exótico mais inebriante, com os cabelos naturalmente cacheados e brilhantes, embrulhada elegantemente em roupas de seda e linho sem um único vinco. Sentada numa cadeira do dentista você é apenas um bocão aberto cheio de dentes com uma língua no meio.

Impossível descrever o quanto eu adoro a minha dentista. Não apenas porque ela é uma delicadeza de pessoa, com as assistentes mais queridas, que massageiam meus ombros e enxugam minhas lágrimas, mas principalmente porque ela agora é licenciada para administrar drogas relaxantes e usar óxido nitroso, o gás hilariante. Quando fiquei sabendo, me manifestei entusiasmadamente: eu quero!

Então pra qualquer tratamento que eu preciso fazer já ficou estabelecido que vou receber o gás do riso. No dia fatídico, deito na cadeira, com um cobertor nas pernas, a assistente bacana massageando meu ombro e dizendo—you're doing great, e com o tubo de nitro bem encaixado no meu nariz. Inspira, expira, inspira, expira. Não é N2O o tempo todo, a maquininha vai alternando com O2, mas só assim eu consigo descruzar as pernas e relaxar as mãos, que ficam normalmente crispadas quando estou numa cadeira de dentista. Por 45 patacas extras, o gás hilariante vale cada centavo de cada fungada. Já que vou ser reduzida a apenas um bocão aberto cheio de dentes com uma língua no meio, com o gás pelo menos serei um bocão feliz. Lálará!

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