March 27, 2016

at the end of the day

Hoje capinei como nos velhos tempos e plantei seis pés de tomate.

Não curto muito a páscoa, a não ser pelos ingredientes de primavera [aspargos, ervilhas]. Faço o almoço do domingo por causa do Gabriel. Mas este ano ele não está aqui, então desanimei totalmente. Fomos almoçar fora. Não fiz nem comprei nada. Zero chocolate.

O português do meu filho é muito bom, mas agora que ele está numa imersão, aprendendo o italiano na Itália, tô reparando algo engraçado. Ele anda trocando palavras no português por similares em italiano. Fica parecendo ator de novela brasileira, falando italiano com aquele sotaque de palhaço. Mas ele tá recebendo elogios dos italianos, pela gramática e ausência de sotaque. Então palhaço é só mesmo na novela.

Meu filho tem a personalidade que eu gostaria de ter. Faz o que precisa e quer fazer, não se importa de não ser popular. E por isso mesmo é.

Coincidências da vida. Assistindo Flaked, tenho uma amiga que pedala uma bicicleta com cestinha [em Flaked é uma caixa de madeira] porque foi pega DUI e não pode mais dirigir até até pagar a multa toda [eles parcelam] e fazer e escola. One too many martinis.

Tanta tristeza nesse mundo e eu chorando por uma lebre atropelada na estrada.

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March 15, 2016

um amor sem tamanho

Meu marido e meu filho mudaram a minha vida e o meu mundo. Não sei como teria sido a minha vida sem eles. Com certeza, de alguma maneira, eu teria sido feliz. Mas não seria a mesma felicidade, seria uma felicidade diferente da que eu sinto agora.

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March 13, 2016

s. p . r . i . n. g

outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
outro outubro outro outubro
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March 8, 2016

o lenço

Outro dia fui trabalhar usando um lenço de pescoço que tem uma história peculiar. É um lenço com estampa de pele de animal. Nunca achei que fosse o meu estilo, mas acabei mudando de ideia. Meu irmão me deu esse lenço de presente, anos atrás quando ele foi morar em Londres. Eu guardei o lenço como recebi, na caixa, embrulhado lindamente em papel de seda. Nunca usei e um dia resolvi dar ele de presente pra outra pessoa. Uns anos depois recebi um presente da pessoa pra quem eu tinha dado o lenço e quando abri—adivinha só— era o tal lenço, ainda na caixa, embrulhado lindamente em papel de seda. Quando recebi o lenço de volta, exatamente do mesmo jeito que tinha recebido e dado, entendi que ele era pra ser meu. A pessoa que me representeou com o presente que eu a representeei não era novata nessa dinâmica. Ganhei muitos presentes dela que tinham sido comprados por mim e dado para ela. Ela faz isso normalmente, o tempo todo, nenhuma surpresa ai. A grande surpresa de receber o lenço de volta é que achei que ela iria realmente gostar dele e usar. Pra minha sorte não foi o caso e agora eu mesma uso o presente que foi originalmente intencionado pra ser meu.

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