May 31, 2005

é terça, mas parece segunda

Levei um susto quando cheguei na piscina e vi um coach, em vez do outro. O que ele está fazendo aqui a essa hora, pensei. Segundos depois caiu a ficha, que hoje é terça e não segunda, que foi ontem, um feriado.

Preciso comprar um óculos com nariz e bigode para ser o Groucho Marx. "Those are my principles. If you don't like them I have others."

2:00 pm. Essa é uma hora cruel, quando já fizemos muitas coisas, mas ainda há muitas outras para serem feitas. O meião do dia, exatamente depois de nadar e comer. É aquela hora da parada crucial, da preguiça, do sono, do desânimo. Daqui a pouco passa e toca-se o dia pra frente.

Calor. Caixa do correio cheia de lixo. Reciclar. Olhar a agenda. Telefonemas por fazer. Mensagens para escrever. Contas pagas. Lista de compras. Plicplicplicplic, começou o corte do matagal. Volto mais tarde. Tá bom!

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May 30, 2005

em Sac

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May 29, 2005

sem assunto

Eu sinto falta de conversar coisas corriqueiras com a minha irmã, como se estivéssemos passeando pelo shopping Iguatemi e falando coisas da vida. Apesar da distância física que nos separa, ainda conseguimos conversar pelo telefone como conversaríamos pessoalmente. Eu agradeço aos céus por esses serviços de telefonemas baratotais!

E agora tenho também o Skype, para atormentar todos os meus amigos com a minha voz de instrutora de ioga sonolenta e minha risada de hiena descontrolada!

Estou pegando o hábito - europeu, eu acho - de ir às compras quase que diáriamente para buscar ingredientes para o jantar. Eu só cozinho uma vez por dia, apesar de ostentar na testa uma etiqueta com os dizeres Sou Uma Do Lar. Uma vez por semana recebo uma cesta de verduras e legumes orgânicos, fresquíssimos, locais, colhidos na frescura orvalhal da manhã. Lavados e ensacados, os legumes duram até duas semanas na geladeira. Mas preciso ir ao supermercado frequentemente para frutas, leite, pão, carne. É mais trabalho, mas a outra alternativa é fazer um estoque de pão de forma e ter o freezer cheio de carnes. Carne descongelada não é a mesma coisa. E nada supera uma baguete fresquinha... oh, well!

Splurging - vou ter a ajuda de um jardineiro, que vai me ajudar a controlar o matagal do quintal. Está uma vergonha! Ontem o rapaz veio fazer uma avaliação e começa a desbastar a selva na terça-feira.

Minha vida desorganizada, esqueci de r.s.v.p. para uma festa de casamento. Agora não sei se telefono para o noivo dizendo que vamos, ou se mando a resposta pelo correio no último minuto na maior cara-de-pau.

Hoje uma das pessoinhas mais fofas que eu conheco faz aniversário. Catarina, Catarina, com dois anos já manda e desmanda. Em breve irá dominar o mundo!

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May 27, 2005

Tiger!

Tudo novo e rápido por aqui! Whooooaaaa! Meu lindo Mac tomou uma dose de ginko biloba, ganhou um mouse novo e adotou o Tiger. Ainda não vi todas as novidades anunciadas pela Apple, mas com certeza está tudo muiiiitoooo melhor!

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Só não sei que joça é essa nos comentários, que está dando esse erro idiota e nem eu consigo comentar. Meu técnico particular irá investigar e em breve teremos uma solução... mas que chatice!

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May 26, 2005

flores

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May 25, 2005

vizinhança

Não é toda hora que eu encontro um blog vizinho. A verdade é que eu não saio procurando por blogs de Davis, mas de vez em quando eu encontro um. E quando isso acontece a sensação de familiaridade é muito boa. Se eu estivesse em São Paulo ou Rio, teria zilhões de blogs vizinhos, mas como estou em Davis, Califórnia, tenho pouquissimas oportunidades de ler alguém escrevendo com o mesmo cenário que o meu no fundo. Anos atrás eu encontrei por acaso a Alison e o Allan. Eles são da minha geração e temos algumas coisas em comum. Mas outro dia me encantei com um outro blog de Davis. É na verdade um fotoblog de um high school senior, que está indo estudar na UC Davis em setembro, então eu imagino que ele deve ter uns dezessete ou dezoito anos. Apesar da diferença de idade, me identifiquei com o fotoblog do Michael, que mostra em fotos diárias, cenas da minha cidade. Nas últimas fotos do post Water Bottle Toss, por exemplo, ele e o irmão estão na livraria Borders, que fica exatamente atrás da minha casa. E na quarta foto do post Morning Feast, a menina loira é a Julia, filha da minha amiga Scarlet! É muito bom poder ver uma paisagem tão próxima na minha leitura diária de blogs!

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May 23, 2005

the zen beachcomber II

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the zen beachcomber I

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quem?

Para passar o tempo durante uma viagem, eu gosto de ouvir música e de olhar para as pessoas nos outros carros. Como num filme, forma-se uma seqüência interessante de cenas, com uma fauna colorida de caras que geralmente combinam com seus automóveis.

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onde?

Quando a pessoa que está dirigindo tira do bolso uma bússula, você sabe que entrou numa enrascada.

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May 21, 2005

cores

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May 17, 2005

torta na cara

Quando o telefone toca no meu plantão na International House de Davis eu sempre atendo com um gentil bom-dia-como-posso-ajudá-lo? Nem sempre as coisas correm bem. Alías, quase sempre eu dou uma derrapada, falo ou faço algo inapropriado. Hoje não foi diferente. Fiz tamanha confusão com um telefonema para o diretor da casa, que me vi de repente protagonizando uma verdadeira cena de filme pastelão. Corri do meu desk pra sala do diretor três vezes. A pessoa disse nome e sobrenome, mas eu não gravei - isso é um problema que eu só resolvo se consigo escrever o nome num papel imediatamente. A pessoa disse o que queria, mas eu esqueci o que era no momento que abri a porta e olhei pra cara do diretor. Fui, voltei, fui, voltei, nem eu sabia mais o que estava fazendo. Resolvi anotar o recado, porque não entendi o sinal com a cabeça que o diretor fez - vai ou não vai atender a pessoa? Qual é o seu número? Setecincoseistrintaenovevintecinco. Qual é o seu nome outra vez? Zyx. Como? Zyx. Ah, Xyz? Não, é Zyx. Xzy? Z-Y-X!

Pedi tanta desculpa, me senti uma total imbecil. Depois fiquei rindo sozinha, como uma bestanhoca. Contei pras pessoas que eu não tinha entendido o nome do tal cara. Por quê? Era um nome estrangeiro? Complicado? Cheio de consoantes?

Não, o nome do cara era BOB.....

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May 15, 2005

red & blue

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May 14, 2005

Monster-in-law

Fui ver o filme com a Jane Fonda, Monster-in-law. Fui por causa dela, porque acho ela uma personalidade fascinante. Que sacrifício, pois não foi fácil agüentar uma hora e meia de Jennifer Lopez... argh! Mas que figura chata e irritante! Acaba que ficamos torcendo pra personagem da Fonda arrasar com ela, o que infelizmente não acontece. O filme é uma comédia romântica, com final feliz. Bleargh!

J.Lo é uma atendente temporária de uma clínica médica e reforça o orçamento levando cachorros de gente rica para caminhar na praia. Ela é uma pobretona com um bom coração e roupetas de boutiques chiques californianas - um pequeno toque de Hollywood, substituindo os modelitos Target por outros mais trendy. Num belo dia, enquanto lia o horóscopo na praia para os cachorros, o homen ideal passa por ela em câmera lenta. Ele é Kevin [Michael Vartan, de Alias], um médico lindo e também de bom coração, com amigos esnobes e - aí que a história começa a ficar boa - com uma mãe famosérrima, neurastênica, alcóolatra e totalmente diva.

Jane Fonda rouba todas as cenas. Não só ela, mas também a excelente comediante Wanda Sykes, que faz a sua assistente não muito conivente. O resto do filme são tolicezinhas sem graça. Fonda e Sykes são a alma de Monster-in-law.

Quem tem ou já teve uma sogra from hell [ai, meussais!] vai entender muito bem a dinâmica da coisa. Comentariozinhos maldosos, palpitagem, intromissão, dramas, eteceterá, eteceterá. Conheço bem o esquema. Mas no filme tudo é mega-super ampliado, já que a sogrinha dos infernos é uma jornalista famosíssima [um personagem que é a cara e fuça da Barbara Walters], recém aposentada forçosamente do seu popular programa de tevê, que tem um currículo invejável de entrevistas com presidentes e celebridades e uma personalidade mais do que difícil. Somando-se tudo ao fato de que ela adora e venera o filho único, as perspectivas de cenários para o futuro da noiva bolhona do rapaz não são nada positivas.

O filme é bem engraçado e óbviamente a maioria das risadas nos são proporcionadas pela magnífica Fonda, que se supera em artimanhas de sogra encíumada, na tentativa de sabotar o relacionamento do filho com chatésima J. Lo. Claro que nenhum filme com a Jennifer Lopez vai ser uma obra-prima, um filme clássico ou cult. Mas foi muito bom rever a Jane Fonda atuando, tão linda e talentosa, mesmo que muitíssimo mal acompanhada.

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parentes

Acabei de me tocar que o filho da Catherine Deneuve é irmão da filha da Jane Fonda!

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May 13, 2005

laçadas

Roux passou a noite preso no storage room. Nunca vi gato mais tonto. Se enfiou lá nos dez segundos em que eu mantive a porta aberta, para guardar a cesta de picnic. Esse não aprende mesmo..

Meu talento está sendo desperdiçado, ando chovendo muito no molhado.

Eu detesto, detesto, detesto o chef Bobby Flay.

Fui tomar café da manhã com uma amiga no Peet's. Lá encontramos inúmeros conhecidos e amigos. Voltando da UC Davis encontrei meu filho na rua, indo almoçar. Eu moro numa cidade realmente pequena.

Hoje olhei sem querer para o...buraco!

Carrego minha câmera digital para onde eu vou, mas é dentro da minha casa que tiro as melhores fotos.

Esquentou.

Move over, Priscilla. O troféu de travesti mais bonito da história do cinema vai pra Gael García Bernal, como Zahara em La Mala Educacíon.

Inventei de fazer echarpes de verão, com linhas de seda multicoloridas. Para o baixo verão, não para o alto verão, mind you.

TGIF??

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May 12, 2005

red

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febre de pano

Tive a febre das miçangas, a febre das lãs, linhas e agulhas [que ainda não passou] e agora estou começando a ter uma febre de panos.

Nem é uma novidade pra mim, pois já tive essa febre dos panos muitas vezes na vida. Na adolescência eu costurava e modificava minhas roupas. Era uma coisa altamente tosca, believe me. Eu comprava panos bem fajutos e bem baratos, tipo chita de forrar colchão, tingia, fazia uns telecotecos, emendava em peças já prontas e saia na rua como uma palhaça. Cheguei a vender umas camisetas, não porque eu quis vender, mas porque pessoas viram e gostaram, quiseram comprar. Eram camisetas que eu cortava as mangas fora, colocava mangas novas de outro tecido, bordas de veludo, fazia um patchwork de rendas, aplicava strass - aqueles com garrinhas de metal. Depois tingia tudo de uma cor só, mas porque os tecidos eram diferentes, cada parte ficava de uma tonalidade. Hummm... hoje eu nào sei se usaria algo assim.

Depois costurei roupas normais - ou quase normais, pro Gabe, pra mim e pro Uriel. Fiz até um vestido pra um reveilon, usando moldes e tal. Não ficou aquela maravilha, mas eu usei e me senti linda!

Costurei cortinas, almofadas, bolsas. Costurava detestando costurar. Agora o máximo de costura que eu tenho feito são os meus saquinhos anuais de lavanda e um remendo aqui e ali na bunda de uma calça jeans. Mas o comichão já recomeçou e hoje olhei panos. Não comprei nada, mas olhei, olhei, olhei....

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zapping

Séries de tevê também são assunto para o Cinefilia. Confiram!

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picnic

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Picnics são uma delícia. Eu adoro organizar e participar deles. Lembro de um picnic que fizemos em família na beira do rio quando eu era criança e que ficou cravado na minha memória para sempre. Uma deliciosa lembrança. E como eu adoro picnics, tenho todos os apetrechos sempre à mão. São várias cestas, muitos ededrons para forrar o chão e sentar em cima, um estoque de descartáveis. Durante todo o verão aqui em Davis, o Farmers Market das quartas-feiras é transformado num grande picnic na grama do parque, com banda de música tocando, entretenimento para as crianças e, claro, o mercado que por si já é uma delícia. Ontem nós fizemos um picnic em grupo. Marcamos e aparecemos, como fizemos pela primeira vez três semanas atrás. Ficamos no parque até as nove da noite, quando o frio já estava congelando. Eu levei vinho, chá de menta, uma salada de couscous e sanduiches de pita bread e hummus. Teve pão de queijo, sanduba de salmão defumado, torradinhas com patê, castanhas e torta de limão. A comida não importa muito, pois o legal mesmo é o papo. Pra mim picnics são umas dessas coisas simples da vida que eu adoro!

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May 11, 2005

o buraco e outros horrores bucais

Fui tirar os pontos do..... buraco! Todo mundo no consultório do dentista estava com uma cara de ih, será que ela vai dar outra baixaria? Mas eu não me envergonho de nada, chorei e pronto, tá chorado. O dentista colocou umas fotos dos meus dentões escancarados na tela branca iluminada de um computador, que aumenta, diminui, mostra os micro-detalhes de tudo. Ele perguntou se eu queria olhar as fotos da operação e eu respondi que não com uma cara de horror e repulsa. Ele me falou que fez uma avaliação geral da minha boca e que eu vou precisar de um tratamento profilático em quatro dentes, onde a gengiva está mais afastada do que o normal. Eu entendo que depois de uma certa idade... cofcofcof.... os problemas mudam. Acaba a desgraceira das cáries e se inicia as tranqueiras gengivais. Fora aqueles dentes onde a gengiva está retrocedendo de tanta força que você coloca na escovação. É preciso sempre lembrar que nossa boca não é chão de cozinha e que a escova de dentes não é um esfregão.

Passei da conversinha com o dentista para uma das salas com a cadeira verdinha, onde a assistente prosseguiu com a tortura do dia e tirou os pontos, Graçasadeus está tudo bem, não tem inflamação, posso parar de tomar o antibiótico, mas vou precisar usar uma escovinha especial com o liquido de limpeza que eles me receitaram. Ela me deu um espelho pra segurar e foi mostrar como fazer a escovação do.... buraco. Vou falar que até agora, uma semana depois, eu ainda não tive coragem de olhar o ... buraco. Então com o espelho em punho, olhei pro meu nariz, enquanto a assistente boazinha explicava, você escova aqui, aqui, aqui e aqui... Sim, respondi, sim! Mas não vi nada, nem vou ver tão cedo. Isso tudo pra mim é de uma violência sem par.

Marcamos outra hora para fazer o procedimento gengival. Eu falei da minha bexiga pequena e que preciso fazer muitos bathroom breaks. Contei que num tratamento de canal feito no ano passado num dentão lááá do fundo, eu precisei de vários breaks e fui ao banheiro quatro vezes com aquela parafernália de ferros e borracha esticada na boca. Quem me viu teve um bom divertimento. Quatro vezes!

Aqui eles são terrivelmente secos com questão de dinheiro. Não tem essa de pago depois queridinha, é tudo na bucha, olha o seu seguro vai cobrir tanto, você vai ter que desembolsar tanto e terá que ser no dia do tratamento e in full, não tem parcelamento, nem choro nem vela. Assinei um papel dando autorização pro dentista destruir a minha boca, caso necessário e me comprometi a pagar a minha parte. Hora marcada, thankyouverymuch, vejo você em breve.

Minha desilusão com essas coisas de dentes é incomensurável. Disse pro dentista e pra assistente, bem, eu planejava morrer com todos os meus dentes na boca, mas meus planos viraram pó, pois já tenho um dente a menos. Eles rolaram de rir. E agora chega desse assunto!

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não enche!

Quando li o que o Nemo Nox escreveu sobre gente que acorda cedo me senti compreendida pela primeira vez na minha vida de ex-dorminhoca. Por anos e anos e anos eu agüentei uma encheção de saco sem fim, críticas, comentários e recriminaçòes poque eu dormia e acordava tarde. Era um inferno. Eu amava dormir durante a manhâ e o sono mais gostoso era aquele entre nove e onze. A patrulha contra os seres vespertinos mais ferrada que enfrentei foi a de umas amigas no Canadá. Era uma canadense que me torturava me ligando às nove da manhã, ou muitas vezes às oito, para me convidar para ir à garage sales - que eu abominava! E uma suiça que me recriminava o tempo todo, pegava no meu pé, dava diretas e indiretas, eu fui pegando ódio daquilo. Era realmente de lascar, todo mundo tentando me convencer que eu perdia tempo dormindo, que era improdutiva, que deixava de aproveitar a melhor hora do dia, que não era saudável e o caraulio a quatro.

Passei anos aturando isso e tentando argumentar que eu ficava o mesmo tanto de horas acordada, pois dormia tarde e produzia muito no período em que estava acordada. Ninguém me ouvia e eu me sentia uma criminosa.

Mas a vida dá voltas e nem sei como foi que isso aconteceu, se foi gradual ou repentino, não percebi, mas eu comecei a dormir mais cedo e acordar mais cedo e hoje me pego muitas vezes de olho aberto às seis da manhã, acordando com os gatos, aproveitando as horas matinais, apreciando a luminosidade e a frescura das primeiras horas do dia. Fico quietinha aqui no meu canto, mas me sinto secretamente realizada! Ah, vejam vocês, um caso perdido de dorminhoquice totalmente recuperado. Não preciso mais ficar irritada quando as pessoas me ligam às onze da manhã e dizem - te acordei? Não preciso mais explicar nem provar nada pra ninguém. Só fico me policiando pra não virar a casaca e começar a pentelhar quem gosta de dormir até tarde. Se um dia eu por acaso fizer isso, pode me esbofetear... com força!

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May 10, 2005

é só clicar

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get your tontice enhanced with minocycline

Sempre digo que tenho uma tontice natural porque é verdade. Estou sempre distraída, nunca fui um exemplo de concentração e atenção. Já passei por muitos fiuuuss na vida por causa disso e não tenho vergonha de admitir que sou assim mesmo, uma tonta nata.

Imaginem então essa personalidade completamente tonha da lua como a minha, recebendo doses diárias [embora fraquissimas] de minocycline, um antibiótico que provoca tonturas de efeito colateral.

Fiquei uns meses sem tomar o antibiótico e tive a impressão de ter entrado num regime de abstinência dos meus martinis imaginários. A vida fica muito mais careta sem a minocycline. Voltei para a rotina de tontice constante, porque prefiro ser uma tonta elevada ao cubo e multiplicada por mil do que ter ataques de espinhas na minha idade.

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May 9, 2005

lady stardust

Não posso dizer que estou sentindo dor, mas sinto um certo desconforto e um lado do rosto está ligeiramente diferente do outro. Me sinto uma monstra, mas é tudo por uma boa causa.

Comi meu primeiro rango desde a extração do dentão e, que sorte e que felicidade, foi tudo preparado pelo meu filho. Frango grelhado, arroz, aspargos, salada, melancia de sobremesa. Desmaiem de inveja mães do planeta Terra, pois meu filho não é somente lindo por dentro e por fora, inteligente, gentil, talentoso e maravilhoso, mas ele também cozinha muitíssimo bem!

Um dvd muito estranho do Bob Dylan.

Assinei o rss dos quadrinhos da Folha de São Paulo e vou falar a verdade: não curto os quadrinhos brasileiros. Eles são grosseiros, apelativos e nojentos, não consigo achar graça, desculpa aí, viu...

Todos os canais de tevê estão transformando a depressão pós-parto da Brooke Shields num circo. Eu sei de muitos casos escabrosos, esse problema não é brincadeira, as mulheres se matam, matam os filhos, levam anos pra se recuperarem totalmente. É uma verdadeira tragédia que muita gente nem sabe que existe ou simplesmente não entende. Por um lado eu vejo isso tudo como algo positivo, uma maneira de esclarecer os fatos para os ainda ignorantes, mas por outro lado eu vejo somente uma atriz sorridente falando que quis morrer e matar a filha pra vender seu livro.

Roux está numa dieta de pétalas de rosas vermelhas murchas.

A meteorologia está prevendo tempestades para hoje. Eu quero me recompor e tentar recompor a minha casa, que ficou abandonada nesses dias em que um dentão inflamado dominou o spotlight.

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backtalk

"What's that?" - Paris Hilton, when asked if she reads blogs.

Backtalk: how much do you want to bet the answer would have been the same she had been asked if she reads books?

* li isso no Sacbee de hoje. hi hi hi ho ho ho!

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May 8, 2005

no festival

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May 7, 2005

The Whole Earth Festival

Três dias de música, paz e amor. Não estou falando de Woodstock, mas do Whole Earth Festival, que acontece todo ano no campus da UC Davis desde 1969. É um festival hippie, celebrando a diversidade e a vida alternativa. Todo ano eu vou e como as delicias vegetarianas que eles vendem, ouço música ou discursos políticos e ambientais nos diversos palcos instalados pelo campus, olho as barracas de artesanato e o povo colorido. É um dos festivais mais populares e freqüentados da universidade. Detalhes interessantes: toda a eletricidade, até a do palco principal onde as bandas grandes se apresentam, é gerada por energia solar. O festival produz ZERO de lixo, com seu programa eficientíssimo de reciclagem. Há mais ou menos uns dois anos eles instituiram os utensilhos rentáveis. Você paga um dólar extra pelo copo ou prato, que retorna e recebe o dinheiro de volta. A segurança e organização do festival é feita por um grupo de voluntários denominado Karma Patrol. Todos são bem-vindos, hippies, geeks, caretas, etc. Todos se vestem como querem, e dançam como querem pelo gramado do Quad. Toda a comida vendida nas barraquinhas do festival é vegetariana e étnica. No Whole Earth Festival você vai ver de tudo, coisas que normalmente não vê no campus da Universidade da Califórnia em Davis, que é um campus mais sisudo e careta por ser mais voltado às áreas de exatas, médicas e técnicas. A cidade se enche de Kombis psicodélicas e pessoas com roupas e cabelos coloridos.

No meu álbum da Califórnia, eu tenho uns snapshots que fiz do festival do ano 2001.

No site do Festival, uma sequência maravilhosa de fotos dos muitos anos do festival. Eu curti particularmente a dos anos 81 e 82 quando eu era freshman na minha universidade brasileira.

Hoje vou dar um pulinho lá, porque esse festival é imperdível!

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.pt

Ando apaixonada pelos blogs portugueses. Leio muitos, a maioria de mulheres prendadíssimas e criativas. Fico até achando que toda a criatividade do planeta foi concentrar-se lá na terrinha. Mas pra mim os blogs portugueses não são somente criativos. Eles são inteligentes e divertidos. Quando leio esses blogs um sentimento estranho me invade, como uma nostalgia, uma sensação familiar. Entendo então o que significa sentir saudades de um lugar onde nunca estive.

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May 6, 2005

the cat in the dish

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» o gato de um dos meus vizinhos dorme dentro da travessa que enfeita um móvel ao lado da janela. pra tomar um solzinho da manhã confortávelmente, vale tudo!

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banguela

Dormi com minha camisola-camiseta azul com o logo do Super Homem no peito, pra ver se acumulava força e coragem. Não adianta, nas questões dentárias eu não sou nem um pouco como a minha mãe. Sou mesmo uma fracola, uma molóide, uma drama queen. Passei a manhã prostrada em estado catatônico. Não consegui fazer nada além de olhar o relógio, como se estivesse esperando a minha hora no matadouro, na câmara de gás.

Comecei a chorar em casa, com o Uriel ao meu lado tentando me consolar com palavras animadoras. Entrei no consultório do dentista chorando e fui chorando, amparada pelo braço por uma assistente extremamente gentil, sentar-me na cadeira verde clara, onde continuei chorando, chorando, chorando. Tomei duas doses de valium que não adiantaram nada. Meu terror por dentista é muito mais forte que qualquer droga ou química. Chorei, tremi, reclamei que não queria estar ali. Fui instruída a pensar em coisas boas, visualizar um lugar bonito, mas só o que eu via era a janela com persianas de uma sala de cirurgia dentária. O dente foi para lata do lixo e eu vim para casa, banguela, exausta e arrasada.

Esse dente não estava sendo muito bonzinho. O número vinte e oito do lado direito inferior já tinha dado inúmeros problemas e teve o canal tratado duas vezes e foi operado numa outra vez. Um trauma atrás do outro. Parece que o dito cujo tinha muitas raízes e uma delas estava rachada, fazendo com que a infecção recorrente vazasse. Tinha que ser removido, não tinha mais jeito. Pra mim tirar um dente é uma coisa inconcebível. Não sei explicar o que eu sinto, é como se o dente fosse um dedo. Mas tem que se fazer, que se faça. Só não me peçam pra visualizar cenários bucólicos e ficar tranquila pois isso é impossível.

Passei o dia seguinte com nauseas e vomitando, pois o pain killer não me fez bem. O Uriel comprou um estoque de sucos, gelatina, pudins, yorgutes e passei umas vinte e quatro horas na cama, sem tomar banho, sem abrir a cortina, sem pensar em nada. Só dormi e vi trash tevê na companhia do Senhor Misty Gray, que roncou ao meu lado o dia inteiro. Já estou melhor, nem olhei o buraco na boca ainda, vou precisar de mais uns dias. Mas sobrevivi!

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May 1, 2005

saindo à francesa

Você de repente reparou que eu não estou mais presente, que saí de fininho e ninguém nem viu, que decidi não participar, que não sou dessa tribo, que prefiro não saber, que eu quero paz e tranqüilidade, que eu fiquei perplexa e não quero mais compactuar, que sumi do mapa, você nunca mais me viu, nem ouviu falar de mim, nem ouviu de mim. É assim mesmo, vai se acostumando, pois eu sempre saio à francesa quando não me sinto mais confortável para ficar.

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table

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