August 31, 2005

que coisa mais feia!

Republicando um post velho , porque de repente, preciso falar novamente sobre essa copiação muito feia e queima-filme que eu ando vendo por aí....

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Gentileza gera gentileza. Eu acho super gentil e fino dar crédito para idéias e contribuições. Vi no blog do fulano, gostei e vou fazer igual. Peguei a idéia do beltrano. Sicrano me deu a dica. Trés chic! Feio mesmo é pegar as idéias e dicas alheias e propagandear como se fossem próprias ou tivessem apenas caido do céu. Quem faz isso desce vinte degraus no meu conceito.

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August 30, 2005

figo galore

Tenho que inventar maneiras diferentes de comer a bacia cheia de figos, antes que estrague tudo. Já devorei um número enorme de unidades frescas.... e agora estou tentando comer o restante de maneiras mais criativas.

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» cortados em rodelas e misturados com yogurte grego [ah, uma das mais deliciosas maravilhas do mundo dos laticínios] e mel.

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» cortados ao meio, regados com mel e vinagre balsâmico, salpicados com feta cheese e assados em forno médio por meia hora.

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August 29, 2005

pança cheia

Uma amiga mencionou um prato típico do norte ou nordeste chamado baião de dois e eu fiquei com as bichas. Então hoje resolvi fazer o tal prato, mas num esquema muito do improvisado. Procurei a receita no cybercook e ia tanto ingrediente regional - manteiga de garrafa, feijão não sei das quantas, farinha de não sei o que. Pensei, vixe maria, acho que vou ficar só na vontade. Mas a capacidade de improvisação do ser humano é uma coisa impressionante. Fiz o tal baião com um bacon americano que eu descongelei no microondas, um feijão italiano e um arroz basmati indiano que eram sobras de outro dia, adicionei pimentão e tomate, salpiquei com queijo ralado e servi acompanhado de um refogado de quiabo. Nem sei se combina, nem se esse baião fajuto pode ser chamado de baião. Mas que ficou muito bom e eu enchi a pança é a mais pura verdade!

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August 28, 2005

não é Fantástico!

A bolota voltou pra mesa da sala de jantar. Pelo menos agora posso justificar tomar café da manhã na frente do computador. E posso conversar com a Roberta pelo msn e perguntar pro Urso, que estava escarrapachado no sofá da sala, se vamos ou não colher figos e comentar a resposta dele com ela. Me faz lembrar o tempo em que morávamos numa casa pequena, onde da cozinha se via a tevê na sala e do quarto no loft se ouvia tudo que acontecia no resto da casa.

Fomos colher figos numa estação experimental da ecologia. A árvore fica lá totalmente empoeirada, as frutas caindo de podre, parece que ninguém nesta cidade gosta tanto de figo quanto eu. A estação tinha uma plantação gigantesca de milho e eu já fico de olhão. Ganhamos muitas frutas e legumes que sobram de experiências de pesagem ou medição, não tem nada com manipulação genética, radiação ou pesticida envolvido. É tudo muito limpinho e saudável, às vezes tem uns números escritos nas cascas, mas fazemos vista grossa para este detalhe. Com os figos é diferente, a árvore fica lá, ninguém cuida, ninguém nem nota. Trouxemos pra casa uma uma bacia de figos madurinhos e docinhos... hmmm!

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hora da leitura

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August 27, 2005

greetings!

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no carimbo a data é de 1902 - na época os postais chegavam mesmo sem endereço. só precisava colocar o nome do destinatário, pois quantos Frank Spearman haveriam em Wheaton, Illinois?

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August 26, 2005

office space

Eu tenho um escritório super bonitinho, pequeno, arejado, iluminado, decorado com fotos nas paredes, cadeirão onde os gatos dormem, desk legal com todas as minhas coisas organizadas - dicionário, agenda, bloquinho, grampeador, durex - uma mesa de costura ao lado, abajour, tapete, cadeira giratória, enfim, toda a parafernália. Mas não estou mais lá por causa desse problema com o wireless, que eu não consigo entender o que é que pega. Os inquiinos da guest house não mexeram na antena [que fica lá] e o computador não pega o sinal de um lado da casa. Detesto bagunça, coisarada fora do lugar e essa semana só aturei a bolota na mesa da sala de jantar porque andei super ocupada, numa correria total e nem tive tempo pra ficar irritada. Mas hoje, porcamiséria, não dá mais! Tentei todos os cômodos da frente da casa e nada. A solução foi descolar uma mesícola e instalar a bolota no meu quarto, que fica diretamente em frente da casinha de hóspedes. Estou num mal ajambramento total. E o meu filho - o técnico lindo e charmoso, está em Washington e não pode me ajudar.

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Robot Doc

Eu imagino que exista uma matéria obrigatória nas faculdades de medicina deste país intitulada Robot Doc - how to conceal all your humanitarian feelings. Só assim se explicaria a atitude desinteressada e blasé de muitos médicos. Eu troquei de plano de saúde no final do ano passado na esperança de conseguir um atendimento de mais qualidade, mas foi tudo em vão, uma tremenda furada! Todos os planos são a mesma joça. E a joça atual não queria cobrir o retin-a, que é o gel que eu uso há anos para minhas espinhas de balzaca que teima em permanecer aborrecente. SantaPimponela! Ontem fui levar outra receita na farmácia, pois a assistente do dermatologista [pensa que é fácil ver o dotô?] garantiu que desta vez eles pagariam pelo remédio. Entreguei o papelete pro atendente e falei - i've been here too many times. Ele respondeu com aquela cara de entediado que também parece ser pré-requisito - yeah, i know...

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August 25, 2005

it's party nite

Primeiro eu fui entrando numa boa, sem nem me importar com o carinha que checava a identidade do pessoal que chegava. Peraí, ele me chamou, preciso ver uma identificação. Eu sempre banco a boba nessas horas, fico rindo como uma hiena e desta vez meus amigos me acompanharam. Vergonha, vergonha. Me desculpei dizendo, acho que está na cara que eu tenho mais que vinte e um anos. Risos gerais, aê-rá-rárá. Mas é regra, fui avisada, todo mundo que entra tem que mostrar a identidade. Então mostrei a minha e o rapaz levantou as sobrancelhas e me olhou com uma cara engraçada, como quem dizia, bem-vinda, senhora! Depois, como se não bastasse cometer uma gafe logo assim na chegada, precisei cometer rápidamente outra, pra formar um par de gafezocas. Paguei a cover de três dólares e enquanto um outro cara colava um bracelete de papel no meu pulso, perguntei quem está tocando hoje? A resposta foi uma tremenda cara de interrogação - tocando?? ninguém está tocando, hoje é a party nite. Dei o maior bandeirão de que não sei nada de nada, não frequento mais bares onde todos têm que provar a idade legal de beber álcool e não sabia que era party nite, nem o que isso significava. Bem-vinda, senhora! Me explicaram então que nas party nites das quartas-feiras você paga três mangos pra entrar e daí paga apenas um mango por cada copão de cerveja. Uma noite pra encher a cara à preços módicos. Logo o bar começou a encher de uma maneira enlouquecida com tipos de estudante de primeiro ano de universidade, ninguém com cara de mais de vinte e um anos - um mar de fake ids, eu presumo. A cerveja estava amarga e sem gelo, e eu completamente de penetra na festa errada.

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um pimentão

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August 24, 2005

so don't think twice, it's all right

Me sinto uma jeca tatu do mato toda vez que adentro uma cidade grande e saio de lá estressada. Apenas vinte minutos de carro e já muda todo o astral. Saio da bucólica Davis e viro a própria Violeta Buscapé dirigindo por Sacramento, a capitaR do estado, onde o trânsito é muito mais agressivo, as pessoas são muito menos amigavéis e eu me sinto uma alienígena recém-chegada de outro planeta. Faço tudo o que tenho que fazer rapidíssimo e acelero em direção às placas verdes indicando San Francisco. Esse é o caminho de casa, o brejo, como eu costumo dizer. Mas que brejo BOM!

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i'm just browsing

davistore

davistore

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August 23, 2005

the pump don't work ' cause the vandals took the handles

O querido e comportado Macintosh bolotudo e branquinho nunca foi tão desligado e religado como nos últimos dias. Mudou de lugar inúmeras vezes, recebeu a visita do técnico lindo e charmoso e teve que testemunhar um ritual novelesco e melodramatico de gente chutando latas pela casa, chorando descontroladamente, suplicando por clemência, subindo e descendo as escadas com as mãos levantadas pro céu e se perguntando repetidamente por que meudeusdocéu isso só acontece comigo?

Estou achando que os inquilinos mudaram a antena do wireless de lugar. Ou tem um gasparzinho levado da breca testando a minha paciência. Escrevo sentada na cadeira da mesa da sala de jantar. Aqui não é lugar de computador, nem de ficar escrevendo em blog.

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August 19, 2005

sweet&sour

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sexta é um dia rosa

Saí apenas por um momentinho para um pipi break e quando voltei a porta da sala não abria. Fiquei trancada pra fora, na situação mais patética que alguém pode involuntáriamente se enfiar. Bati na porta, nada. Bati de novo, nada. Alguém apareceu no corredor e eu confessei com a cara mais tonta do mundo, estou trancada pra fora e não tenho a chave, sou nova trabalhando aqui no Publications. Ele me mandou ir ao terceiro andar, onde encontrei a simpática mso de sobrancelhas eriçadas, que desceu comigo e abriu a famigerada porta. Esses são causos comuns do meu dia-a-dia. Minha vida não poderia ser mais pacata, mas garanto que não sofro de tédio.

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August 17, 2005

pergunta besta que me atormenta

Eu queria saber por que - sim, por que meu senhor jesus - que toda vez, mas toda vez mesmo que entro num banheiro público tem alguém lá dentro fazendo o número dois. Esse é o tipo da coisa que deveríamos tentar a todo custo fazer só na nossa casa, no sossego e privacidade das quatro paredes e uma porta, sem testemunhas, sem ofender estranhos com sons e odores tão constrangedores.

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August 16, 2005

tá bom, eu admito!

Não passo nem perto de Martha Stewart nenhuma. Estou mais pra uma Brini Maxwell mal ajambrada e desengonçada. Sou aquela que transforma o feio no horrível, não sem antes ficar um trapo de cansada, suada, descabelada, com dores no corpo e toda cheia de cortes, bolhas e ralados.

Agora estou assim, depois de um dia e meio de um comportamento completamente enlouquecido e descontrolado. Somente porque olhei pra aquela mesinha de cabeceira do quarto de hóspedes e resolvi que iria pintá-la. Foi assim de repente: lixa, lixa, lixa, poeira pra todo lado, me sujei inteirinha, tomei banho, corri na loja, comprei tinta, pincéis, pintei, pintei, pintei, lixei, terminei. Dai tinha o abajour que estava em cima da mesinha e que não combinava com nada. Desencavei do fundo do baú um monte de corte de tecidos, fiz um molde, procurei pela maquininha de cola quente, procura, procura, procura, procura, procura, xinga, xinga, se pergunta se não está ficando louca, finalmente achei a cuja, colei o pano na cúpula do abajour, queimei dois dedos, melequei tudo e depois de mais de uma hora decidindo isso e aquilo, finalmente arrumei o quarto. Quando terminei vi aquela cadeira horrorosa no canto e resolvi pintá-la também. Destarracha o assento, ah, mas são três cadeiras, destarracha os outros assentos, pinta, pinta, pinta, pinta, pinta, pinta.... Estou toda respingada de tinta branca, cheirando a gambá, com dor no lombo, com os dedos queimados, os joelhos ralados, irritada com o resultado da pintaçao e preocupada pensando como vou fazer para que essas cadeiras não fiquem mais feias do que elas originalmente já eram.

Moa e Lau, vocês têm toda a razão: eu não tenho NADA a ver com a Martha Stewart! [podem rir à vontade, tá liberado! haaa haa ha!]

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August 15, 2005

fácil de fazer

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» blueberries, nectarina, pêra - angel food cake - whipping cream e mel - misturar, rechear, servir!

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August 14, 2005

she's a babe now

Estava entrando no Farmers Market quando ouvi alguém chamar meu nome com uma voz de surpresa e entusiasmo. Me virei e reconheci apenas o sorriso dentuço. Ela me abraçou e eu só conseguia dizer 'you look soooo good!'. Acho que foi a primeira vez que eu vi uma pessoa se transformar de uma maneira tão drástica.

Ela era a diretora da escola para qual eu trabalhei nos meus primeiros anos aqui em Davis. Ela não era a pessoa mais querida e popular do pedaço, mas eu gostava dela. Ela tinha sempre um abraço, palavras carinhosas e estava sempre disposta a bater um papinho. E não era qualquer papinho, conversávamos sobre computadores, internet, livros e, principalmente, música. Ela era fã do Blues e quando descobriu que eu era também, sempre trocávamos informações pelo corredores - você viu quem vem tocar no The Palms? você precisa conhecer fulano de tal! vou trazer uns cds pra você ouvir. Aprendi muito sobre Blues contemporâneo com ela, que me olhava com estranhice e sempre com aquele sorriso dentuço, quando me ouvia desfiar o rosário dos meus ídolos, Robert Johnson, Muddy Waters, Mississippi John Hurt, Son House, Ma Rainey.

Ela tinha seus quarenta e poucos anos, mas aparentava mais. Se vestia num estilo conservador casual - compradora compulsiva no catálogo da J. Jill. Ela era uma americana alta e loira, nascida em Upstate New York, e era gorda, muito gorda. E com o passar dos anos foi engordando progressivamente numa escala tão assustadora que eu já previa uma grande derrocada para breve, traduzida num derrame ou ataque cardíaco.

Depois que parei de trabalhar ainda passava pelo escritório dela pra fazer pequenas visitas. Na última vez que a vi, ela estava saindo do emprego de diretora para vontar a ser professora e chorou na minha frente, dizendo que estava numa crise, que não era feliz, que queria mudar tudo, começando com o emprego que ela detestava.

Revê-la no Farmers Market neste final de semana foi uma grande surpresa. Ela estava magérrima, quase irreconhecível. E estava toda produzida, unhas pintadas de um rosa chocante, corte de cabelo moderno, roupas sensuais, uma nova pessoa, nova atitude, trabalhando meio período, viciada em ginástica, comendo orgânico e natural. Conversamos por um tempão, ela me contou que vai a um show de Blues na próxima semana, eu relatei o patético show que o Dylan fez em outubro passado na UC Davis. Fiquei o resto do dia pensando na transformação radical pela qual essa mulher passou e percebi, mais uma vez, que realmente nada é definitivo e nada é impossível nesta vida.

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August 13, 2005

nos detalhes

guardanapos de pano, píres apoiando a xícara, colheres pequenas para mexer o café, comida nas travessas, sopeira, saladeira, bandeja, bule, jarra, copos altos, de vinho ou de cocktail, descanso para copos, panela de ferro, calher de pau, avental, prato fundo para sopa, prato de sobremesa, vaso, chaleira, cesta de pão.

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qual é o filme da sua vida?

O Moa descreve com detalhes e fotos o filme da vida dele, lá no nosso fabuloso blog de cinema, o Cinefilia.

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August 12, 2005

refrigerante

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torce e retorce

Lá vou eu de novo. Segunda-feira recomeço uma rotina de trabalho fora de casa, numa jaulinha com um Macintosh, felizmente! Escrevendo para uma amiga hoje pela manhã, caiu a minha ficha de que falta menos de um mês pra eu viajar e ainda não pensei em nada, não vi mapas, não fiz planos. Minto, comprei uma bolsa, prática, com bolsos e zíperes. O duro das viagens é que antes de chegar lá tenho que passar pela tortura mais cruel que existe, o confinamento. Nunca vou gostar disso, nem me acostumar. Combinamos um café com bagel juntas hoje bem cedinho. Pedimos cream cheese light e sem culpa falamos sobre as delicias de ser mãe dos nossos filhos. Meus planos a curto prazo envolvem um livro, um filme e nada mais.

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li na revista

" Happiness is a place between too little and too much." finnish proverb

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August 11, 2005

i wanna be martha

Um dia os sonhos se realizam. Neste caso nem era exatamente um sonho, mas um desejo aliado à uma vontade invejosa de ter as gavetas da cozinha organizadas como as da Martha Stewart. Quem disse que eu não posso? Posso sim, querida!

E hoje foi o dia em que o meu desejo finalmente se realizou. Mas não foi assim uma coisa super simples, provocada pelo toque delicado de uma vara de condão ou pelo muque decidido de uma serviçal bem mandada. O negócio envolveu determinação, paciência e suor. O meu suor.

Mas olelê-olálá, estou me sentindo a própria. Vejam só - a gaveta dos condimentos, a gaveta das ultilidades mais usadas, a gaveta das inutilidades e os utensílios. Tudo organizado, quase igual a cozinha da Martha. It's really a GOOD THING!

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na batucada da vida

Cheguei à triste conclusão de que não consigo fazer listas - top five, os melhores, meus favoritos, simplesmente porque tenho a maior dificuldade para escolher e tomar decisões. Dureza....

A amiga que me conhece. Me mostra vários colarzinhos de biojewelry que ela trouxe do Brasil - umas coisas lindas, feitas de madeira, sementes, cordões naturais. Eu olho todos e me encanto com um, em tons de terra. Ela diz, eu sabia que você iria gostar desse, eh presente pra você! Não soube nem o que dizer, fiquei imensamente feliz.

Digo mais um 'boa viagem, tchau, até breve" logo pela manhã. Amigos chegam e vão. Alguns retornam, felizmente.

Uma barra de granola diáriamente. Gosto das que são sweet&salty, com amendoas. Como tomo um café-da-manhã fraquissímo, preciso de um snack no meio da manhã pra me sustentar durante o treino de natação.

Um dos gatos anda vomitando muito, não temos certeza qual deles. Achamos a caca já feita. Só espero que ninguém invente de ficar doente.

Depois de um longo hiato, visito blogs que costumava ler e às vezes tenho uma surpresa: a pessoa se transformou, abraçou uma religião, mudou de emprego, engordou, emagreceu, casou, teve filho, separou, viajou, iniciou um hobbie novo, cortou o cabelo, parou de fumar, fez um piercing, mudou de assunto, está praticando um esporte, achou o seu estilo próprio.

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August 10, 2005

lively

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matutinas

Marquei o encontro para nove da manhã. Pedi o mais cedo possível, pois quando tenho reuniões na UC Davis preciso caminhar à pé pelo campus e fazer isso no solão da tarde necessita certa indumentária. Oh, foi uma decisão sábia, que bela manhã, fresquinha, o cheiro do orvalho, o frescor da grama, a brisa soprando entre as folhas das árvores, Caminhei sem estresse, sem suor, sem sofrimento. E pensei, o que seria de mim se eu não tivesse me tornado, assim de repente, uma pessoa matinal? No intenso verão, quem acorda às onze da manhã, já acorda pro calorão. Não tem tempo de se preparar, não consegue aproveitar nada na rua, fazer coisas normais, que gente normal faz em lugares normais. As primeiras horas da manhã nos proporcionam uma sensação de normalidade. Dá até a impressão que não vai esquentar, que não vai chegar aos 105ºF, que a cidade não vai virar um forno, que não vamos ser obrigados a ficar confinados em lugares fechados.

Outro dia eu olhei pro meu quintal e me deu um grande desânimo. Todo o trabalho que o jardineiro levou um mês pra fazer, já está desfeito. Mato cresce pra todo canto. E o jardinheiro está de 'férias', fazendo house sitting em Sacramento. Decidi numa atitude corajosa que iria dar um fim na mataiada eu mesma. Mas trabalhar no quintal com esse calor - no way josé. O jeito foi acordar às seis da matina no sábado e capinar até às nove. Funcionou muito bem, não foi um sofrimento atrós.

Essas histórias de acordar cedo são abismantes pra mim, pois eu sempre tive certeza absoluta que iria ser uma pessoa vespertina a vida toda, até ficar uma velhinha, acordando na hora do almoço!

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August 9, 2005

links

A lista de links ou blogroll, que era uma das principais caracteristicas dos blogs, está com os dias contados. Pra mim ela já era e faz tempo. Eu não uso minha lista de links para navegar pelos meus blogs favoritos há pelo menos dois anos. Por isso, alguns já devem ter notado, meus links raramente mudam e certamente não refletem mais a minha vizinhança. Essa virada, pra mim e pra muita gente, aconteceu com a facilidade da sindicalização através do rss, atom e xml. Usando um feedreader, você recebe informações sobre as atualizações dos seus blogs favoritos. Você pode ler no feedreader, pode entrar no blog só pra fazer comentários e não vai ficar perdendo tempo, que é precioso pra mim, clicando em blogs desatualizados. Pra mim foi perfeito, pois fico sabendo quem escreveu e o que, se me interessa leio, se não interessa passo pra outro, entro se quero comentar, não perco tempo e leio cinco vezes mais blogs assim do que leria fazendo a visitação link por link. Sem falar que hoje a blogosfera está tão imensa, que se eu for listar todo mundo que eu leio no meu blogroll, o negócio vai ficar quilométrico. Por um tempo eu usei um feedreader chamado NetNewsWire, que me deu alguns problemas - ele contava um hit vindo do meu IP toda vez que checava por novos posts nos blogs que eu assinava, dando a impressão que era eu era uma stalker enlouquecida. Há um ano descobri o Bloglines e desde então estou satisfeita e fazendo propaganda. Como o meu bloglines é aberto, qualquer um pode navegar pelos blogs que eu navego. O espírito da vizinhança continua, com a pequena diferença que agora ela está sindicalizada. Nada mais apropriado para o crescimento rápido e desordenado deste Planeta Blog!

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my favorite spot

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no Arboretum da UC Davis.

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August 8, 2005

segundices

Segundas-feiras são dias punks pra mim. Ficou instituído assim não sei exatamente quando. É um dia cagonildo, só de fazer coisas chatas, mas quando ele acaba eu sempre conto os pontos da vitória. Venci mais essa...

Eu odeio o sistema de saúde deste país, eu odeio os médicos e suas caras blasés. Já troquei de seguro, já troquei de médicos, agora só me falta baixar um Michael Douglas e eu sair dando porrada. Falling Down. Só posso ver a enfermeira, invés do médico? Vai levar meses pra eu conseguir uma hora com o dermatologista? O seguro não cobre o tal remédio? Me-tra-lha-do-ra.......

Eu tenho essa vontade visceral de fazer coisas sofisticadas, mas só consigo fazer coisas simples, bem simples. Disfarço essa incapacidade dizendo que sou minimalista.

Blinblon! Abro a porta e a vizinha sorridente carregando o seu bebezinho rechonchudo e cor-de-rosa me estende um saco cheio de... tomates! Eu aceitei, fazer o quê?

Estou cansada, muito cansada, e um pouco melancólica, e com vontade de comer um pratão de macarronada.

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August 5, 2005

another ball game

Fomos até San Francisco para assistir um jogo de baseball da major league. Vimos os Giants jogarem contra os visitantes Rockies do Colorado. Fez um lindo dia de verão na baia, o estádio estava lotado e o time da casa venceu, numa virada sensacional no oitavo inning. Eu disse para os nossos amigos que agora já posso morrer tranqüila, sabendo que nunca fui enganada por Hollywood - as viradas de último minuto que acontecem nos filmes não são manipulações forçadas só pra dar um climão emocionante à história. Elas realmente acontecem e impressionam até uma insensível à esportes como eu. Os Giants estavam jogando péssimamente mal, segundo os entendidos. Eu fui fazer um xixizinho e quando voltei presenciei ainda de pé a grande virada. Fantástico. Comemos cachorro-quente, respiramos a brisa marítima e assistimos à um dos mais tradicionais espetáculos da cultura norte-americana.

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home of the Giants

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[crique & amprie]

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August 4, 2005

alívio

A previsão do tempo para Davis é de tórridos 105ºF e para San Francisco é de amenos 70ºF. Adivinhem para onde nós vamos hoje??

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enquete

No nosso picnic de ontem juntaram-se aos brasileiros uma linda peruana, um simpático casal de chilenos, outro casal falante de espanhóis e um animado americano. A conversa regada à vinho foi até às dez da noite, quando já não se enxergava muito na grama do parque. Morremos de rir com uma enquete iniciada por não-sei-quem: de todos os países sul-americanos qual o que você menos gosta? O resultado foi unânime, adivinhem quem foi o vencedor - ou perdedor, se for pensar bem. Argentina! Pobres vizinhos, estão com a barra bem suja. Como foi que eles chegaram nessa posição de mais detestados do sul do continente?

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August 2, 2005

o dedo mais rápido do oeste foi ferido

Que coisa boba, brincar com o gato com a mão por baixo do edredon se fazendo passar por um rato, uma lebre, algo pegável. O gato é rápido, apesar de ser meio tonto e, crau, perfurou o fura bolo daquela mão ululante com sua garra afiadíssima. Justo o meu indicador, aquele que tecla as teclas - o dedo mais rápido do oeste - que vos escreve quase diariamente numa missão solitária aqui neste blog. Tá bom, pra quem não sabe ainda eu confesso - eu cato milho com um dedo só. Só UM, realmente, e ele está ferido. Dói pra burro teclar normalmente e não consigo teclar com o pai de todos, nem com o mata piolho, nem com nenhum outro dedo da mão ou do pé.

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August 1, 2005

...

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