October 31, 2005

knocknock!

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trick or treat!!

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October 30, 2005

um lindo dia de céu azul

Acordamos confusos achando que tínhamos dormido muito, mas ainda era cedo. Explicação, saímos do horário de verão e ganhamos uma hora de sono!

Saímos também da temporada dos chinelos, saias esvoaçantes, camisetas sem manga. Busquei no armário da estação oposta - onde eu guardo roupas de inverno durante o verão e vice-versa - por ítens mais quentinhos. Botas e meias, casacos, blusas de gola rolê.

Fomos ontem à melhor festa do ano em Davis! Bebi meio copo de vinho tinto, meio copo de vinho branco, ambos deliciosos, e passei o resto da noite bebendo água. Detesto ficar levemente bebum e com os dentes roxos de vinho em festas. Gosto de conversar, ouvir histórias e se beber muito fica tudo nublado. Eu quase não como em festa, mas na de ontem eu comi. Foi realmente a melhor festa, com muita gente legal, papo legal, até o Urso que tinha trabalho e não iria ficar, ficou!

Iniciei o dia feliz inundada por fotos deliciosas da minha família. Ver meu sobrinho vestido de esqueleto para o halloween me fez ganhar o dia!

E falando em halloween, como sempre, ainda não fiz nada, não comprei doces, não decorei a porta da casa, não mexi a bunda. Todo ano é essa novela e o halloween é uma das minhas festas prediletas. Senti saudades da Juju e da Paula, pois elas estavam aqui catando abóboras no pumpkin patch comigo no ano passado.....

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October 28, 2005

família

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October 27, 2005

saskatchewan, porca miséria!

Certa vez tive o desprazer de ter que conviver com umas figuras abomináveis que passaram longos e intermináveis meses aqui em Davis. Eles se achavam, entre outras coisas, o fino da bossa porque já tinham vivido por um tempo no exterior. Para brasileiro, exterior é Europa ou Estados Unidos e no caso desses tipos, exterior era Utah. Então tive que ouvir infinitos monólogos sobre a vida naquele estado maravilhoso, inclusive como lá tem o inverno mais frio do muundoo! Já pensaram? Minha inicial cara de blasé foi ficando verde de enjôo, amarela de saco cheio e finalmente vermelha de putice. Eu já não agüentava mais aquele papo aranha deslumbrado de quem tentava me explicar o que era frio. Um dia meu piquá transbordou e num tom de voz distintamente mais alto que o meu normal falei, eu sei o que é frio, já morei em Saskatchewan, sabe lá no norte do norte? olha no mapa, você vai entender o que eu estou falando! Depois disso não ouvi mais nem um piu sobre o tal inverno rigoroso no Utah.

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Mondavi é o centro para as artes

Quando eu escolho os shows em que quero trabalhar a cada nova temporada do Mondavi Center, não arrisco muito. Vou tateando pelo Jazz, Gospel, teatro, shows internacionais, como os japoneses, os africanos, os brasileiros. Claro que se tem uma Margaret Cho ou o Rock Horror Show, eu estarei lá, mas pulo as sinfônicas, as óperas, os balés clássicos, acrobatas chineses e palestras em geral. No começo eu arriscava mais, porém aprendi que não ver show nenhum é muito melhor do que enfrentar um show chato, com uma platéia chata e ficar irritada ou bocejando por duas horas.

Terça-feira eu arrisquei e ganhei. Sei lá por que me inscrevi num show que nem sabia que tipo de música era. Acho que li rápidamente a sinopse e achei que valeria a pena. Foi realmente interessante, três shows em um. Uma opereta moderna do argentino Osvaldo Golijov, interpretado pela soprano Dawn Upshaw e o grupo eighth blackbird. O programa estava confuso, mas foi bem diferente. Outro argentino, radicado em Los Angeles, Gustavo Santaolalla, apresentou quatro canções muito bonitas, duas acompanhadas pela linda voz da Dawn Upshaw. Depois o grupo eighth blackbird apresentou uma composição ultra-moderna do compositor Derek Bermel e finalmente Dawn e os blackbirds interpretaram Ayre do Golijov. Muita gente não gostou do enfoque moderno que o argentino deu para a música clássica, mas eu gostei bastante.

Ontem trabalhei numa performance clássica do McCoy Tyner Trio. Piano, violoncelo e bateria, numa apresentação suave, sofisticada e concisa. Tyner foi amigo, compositor e pianista do John Coltrane. Só esse detalhe do curriculo dele já bastava para levar centenas de pessoas ao teatro. Eu particularmente gosto muito do público de Jazz, pois eles têm uma vibração legal. Claro que sempre aparece um chatonildo irritante, como o casal que trocou de ingressos três vezes porque não gostaram do lugar designado e no final acabaram sentando reclamando que ainda não estavam satisfeitos, mas, for peter's sake, não dava mais tempo de fazer outra troca.

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nem preto, nem branco

Eu ando um tanto irritada com patrulhas que dividem tudo em preto e branco e que não admitem a possibilidade de inúmeros tons de cinza. Me dá nos nervos as rotulações, como se só existissem duas maneiras de ser e pensar, nada intermediário, nenhuma nuance. Estou cansada das ditaduras das idéias, se você não pensa assim é porque pensa assado, se não é cozido com certeza é refogado. E quem é que pode dizer o que ou quem está certo ou errado? Nem Salomão, meus caros, nem Salomão.

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October 26, 2005

pedalando

Estou muito pessimista com relação ao futuro deste planeta. Mas como não faz o meu estilo ficar só comentando ou chutando latas e não fazer nada, eu me concentro em solidificar pequenos hábitos, como reciclar, consumir alimentos orgânicos e locais, não desperdiçar água e energia, eteceterá. Uma coisa porém me incomoda: moro numa cidade pequena e faço coisas demais, cobrindo distâncias pequenas demais, com o carro. Mas com a bicicleta estou tentando mudar essa situação. Quando dá, estou tentando substituir a direção pelo guidão.

Tenho ido trabalhar todos os dias de bike. No campus não se tem muita escolha, é bicicleta ou caminhada. Mas de casa ou do trabalho pra piscina ou de casa pra a I-House não tem mais história - agora é na pedalada. Hoje enfrentei chuva de chapéu e rain coat, e entendi a necessidade de um pára-lama traseiro, pois fiquei com a barra do casaco toda espirrada de terra molhada. Outro acessório para a lista! E ontem usei a luz pela primeira vez indo ao Mondavi de bicicleta. Eu moro a quinze minutos à pé do teatro, mas com a bike eu faço em cinco. Agora que já não está mais calor, chego intacta, nem um pouco suada ou descabelada. Vou chique, de calça e sapato social, camisa branca e casaco de veludo, pedalando informalmente a minha magrela. Just lovely!

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October 25, 2005

um, dois, três...

O Caio me contou que a Rosa Parks morreu. Li com atraso, no final de setembro, sobre a morte do RL Burnside, o bluesman punk. É sempre triste quando alguém querido e talentoso morre, mas nunca fiquei tão chateada com a morte de uma celebridade ou artista, como quando li sobre a Nina Simone.....

Agenda social da semana lotada até sábado. Num almoço dos docentes da I-House no inicio do verão, fui conversar com uma senhorazinha de uns quase oitenta anos que é uma fofa e ainda se chama Pearl. Acho que iniciamos um papo sobre os eventos dos teatros da cidade e eu mencionei algum show legal no Mondavi, quando ela abriu a agenda para checar se iria ou não. Fiquei de queixo caído, pois nunca tinha visto uma agenda tão cheia de compromissos.

Fui comprar carne e vinho e voltei com o dvd do filme do Martin Scorsese No Direction Home. Certas coisas são imprescindíveis nesta vida!

Eu tenho o prazer do cozinheiro olhando as pessoas comerem com entusiasmo e gula. Se alguém não está comendo o que eu preparei vou logo perguntando, tem algo errado? Mas também sempre acho que está faltando sal, ou está muito salgado, ou passei do ponto. Já cometi gafes imperdoáveis, como esquecer de colocar o azeite no tempero da salada e deixar meu convidado com a boca toda marrenta.

Quando eu decido, tá decidido - i ain't gonna work on maggie's farm no more.

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October 23, 2005

ainda de roupão

Mudei o local dos potinhos de comida dos gatos. O Roux é muito sem modos, tira a comida mole do pote, põe em cima do tapete e só então devora tudo com a boca aberta, fazendo splashnack, splashnack, splashnack... Não sei como o Misty, que é um lorde, agüenta dividir a mesa com esse brucutucat. Então agora a mesa felina fica na laundry, quase ao lado do dábliúcê deles. Sinto muito, mas era o único lugar disponível. Eles ainda não se acostumaram e todo dia pela manhã correm juntos, derrapando, para o lugar antigo, que ficava num cantinho da cozinha. Nós damos risada!

Levei minha câmera para a festa com as duas baterias arriadas e um par de extras também arriadas. Fiquei xingando a minha falta de competência e não pude tirar nenhuma foto.

Estava vendo uma comédia de cowboys de 1930 e vi que em três canais pra cima, a MTV, estava passando um documentário da turnê de 2004 da Madonna. Fui lá ver e não voltei mais pro filme com o pessoal de calça rancheiro Lee. Gosto de ver certos detalhes, a música dela não faz a minha cabeça, mas ela sempre mostra a intimidade, o que acaba deixando tudo mais interessante. Gostei de ver os filhos dela, o menino Rocco - que deve ser um chatinho mimado, e a menina Lourdes/Lola falando sem parar em inglês e francês - que me fez lembrar a Júlia. Aquela trupe super-jovem que a idolatra e o marido Guy com uma cara blasé dando uns foras nela - ele tem cara e jeito de machão. Mas wha-te-ver.... I could not care less por uma pessoa podre de rica que tenta ser zen depois de anos sendo uma bitch ambiciosa.

Anos atrás li num blog qualquer que até esqueci qual, uma critica à pessoas que escreviam posts longos tratando de vários assuntos. Vesti a carapuça, mas nunca consegui perder essa mania de escrever assim de vez em quando.

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October 22, 2005

blog libriano e maduro não se mete em encrenca

Ensaboa nega ensaboa... ensaboa, tô ensaboando...

Cinco anos, nem parece, mas é isso mesmo, cinco anos escrevendo aqui. Dava pra compilar um livro, se fosse viável publicar um livro de blurbs.

Marido trabalhando em casa não dá. No início dá aquele contentamento ver ele alí, singelão sorrindo pra você, mas depois a quebra da rotina vai irritando, ele o tempo todo atrás de você, te perguntando coisas inúteis, bagunçando a sala de jantar com papelada, escrevendo o seu nome com maionese, visitando a cozinha de dez em dez minutos, atrapalhando o ritmo normal da casa.

De vez em quando eu gosto de assistir à trailers no site da Apple. Ontem vi um monte, gostei de poucos. Um Woody Allen dramático, outras comédias de final de ano - com temas de família, thanksgiving, natal. Não gosto da Jennifer Aniston e o filme dela, onde ela descobre que a mãe e a avó foram na vida real as Robinsons do filme The Graduate, é apelativo demais. Forgetabouit... Acho que gostei de uns dois ou três filmes. Everything is Illuminated é um deles. Walk the Line é outro, imperdível porque é a história do Johnny Cash vivida na tela pelo interessantíssimo Joaquin Phoenix. Em Prime, Meryl Streep faz uma psicanalista numa história bem chata e banal, mas eu fiquei de olho nos colares dela, um mais lindo e interessante que o outro. As contas grandes estão de volta e eu já estou uns passos à frente, com os meus de Frida Kahlo!

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October 21, 2005

oh, the ragman draws circles

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cinzas ao vento

O meu alivio foi saber que ela foi cremada e que não vai ter túmulo com o nome dela, com anjo, cruz, flores secas ou de plástico, marco definitivo de que a morte aconteceu. Que a morte é inevitável todo mundo já sabe, mas não é preciso ficar relembrando toda hora que a pessoa morreu, através de um bloco de concreto feio e claustrofóbico. A lembrança de quem ela foi enquanto viva é que importa. E as cinzas vão com o vento....

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October 20, 2005

i'm just sitting on the porch wasting time...

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love is a many splendored thing

Ele espremeu o envelopinho de maionese e com o fio de creme amarelo pálido escreveu o meu nome no prato - FER.

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October 15, 2005

qualé o pente que te penteia?

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Outro dia sonhei com meu filho ainda criança e ele tinha o cabelo todo despontado com uma franja nos olhos, daquele jeito que cabelo curto fica quando você esquece de levar o moleque pra dar uma aparadinha e os meses vão passando, passando... Essa é uma marca registrada da minha distraída personalidade, que infelizmente impus pro meu filho. Ele hoje tem cabelo bem comprido, que não precisa de cortes mensais, e também não precisa mais depender da minha vontade e disponibilidade para ir cortar as pontinhas, se quiser. Mas eu ainda continuo com essas histórias. Tenho uma preguiiiiça danada de marcar hora no salão e passar uma hora lá me olhando toda descabelada no espelho. Todo dia eu penso - preciso ir cortar o cabelo. Mas não vou. Vou deixando até o ponto em que passo dia e noite com um rabo de cavalo. Felizmente hoje tenho um corte que me permite prender, mas quando eu tinha cabelo curto não tinha jeito.... Vejam que situação, essa menina tão alegre e bonitinha, vestida para a festinha do seu aniversário de dez anos, com esse cabelo simplesmente abominante...... ê, sina!

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October 14, 2005

vai trabalhar, vagabundo!

As estatisticas deste blog muitas vezes me irritam. É tanto desocupado procurando por todo tipo de coisa, que me dá a certeza de que esses tipos não têm a menor idéia da existência de um rastro virtual que eles deixam inevitávelmente por onde passam. São centenas procurando pelo filme daquela figura que dançava num programa de tevê e que ficou famosa por sua parte traseira avantajada e seu sorriso de coelha. Aquela que chamava os comerciais rodando o dedo e jogando os cabelos ruivos para o lado. Aquela mesma! O nome dessa figurete com sobrenome de carro é o que mais aparece nas minhas estatísticas dos mecanismos de busca, graças a uma burrice que eu fiz uns anos atrás quando escrevi o nome dela num post. E hoje, por acaso, vi dois hits buscando pelo filme da sirigaita vindos de ips do governo brasileiro. Gente fingindo que trabalha no empreguinho público, ganhando salarinho e tudo, mas que está realmente procurando aquele filminho com a ex-dançarina de tevê para matar o tempo e confiantemente achando que ninguém está vendo...

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Yamato

Em fevereiro em trabalhei no show do grupo japonês Kodo e fui surpreendida por uma apresentação primorosa dos tambores tradicionais do Japão. Ontem iniciei minha temporada de outono no Mondavi Center com outra apresentação de tambores japoneses. Desta vez foi Yamato, um grupo mais jovem, com idéias inovadoras e uma atitude brincalhona e divertida. O som dos tambores é o mesmo - forte, dominante, pulsativo, emocionante. Mas o Yamato foge um pouco das tradicões rígidas, não usa a tradicional sunga, nem tem um visual sério. O grupo também promove interação com a platéia, que participa entusiasmada. Eu fiquei encantada com os japonezinhos descabelados e sorridentes e com a força do som que eles criaram com seus mais diversos tambores.

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October 13, 2005

olha só o que ela fez no passado

Se este blog não prestasse pra nada, ao menos ele serve pra me forçar em sessões de retrospectiva, relendo e relembrando coisas que fiz e escrevi. Às vezes eu dou grandes gargalhadas, ou sinto saudades, ou penso que bom que não é mais assim, ou que bom que ainda é assim. Se não fosse por este blog eu não lembraria o que fiz no ano passado, ou no ano retrasado, ou re-retrasado, pois tenho uma memória péssima, guardo só fatos desimportantes ou coisas difíceis de esquecer. As imagens do cotidiano infelizmente vão desbotando, ficando transparentes e desaparecendo, porque não temos condições de lembrar detalhes como fez calor quatro anos atrás e eu comprei dois livros bizarros de culinária na booksale da biblioteca pública, ou que visitei a vinícola do Francis Ford Coppola há três anos e que lá não se podia fazer picnic, ou que blogs eu indiquei há dois anos, ou que no ano passado eu estava lendo a biografia do Dylan. Quem se importa com esse monte de informação? Talvez meus decendentes fiquem "delighted" quando conseguirem decifrar o português arcaico da grand grand grandmother, aquela excêntrica que escrevia histórias engraçadas num website cor-de-rosa.

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October 12, 2005

é a falta de assunto....

Estou prostrada. É mais ou menos como se eu estivesse pesando o dobro do meu peso normal. Tudo isso porque chegou o chico pra aquela visita que toda mulher o-o-o-dei-aa. O nosso corpo vai mudando com os anos, tanto por dentro quanto por fora e eu ando notando que por dentro eu estou voltando aos tempos de adolescência. Cólicas, dores nas costas e nas pernas, um mau humor daqueles, uma choração sem motivo... Isso não é justo!

Eu me considero uma minimalista, mas a minha casa não reflete isso. Muito pelo contrário, minha casa é entulhada, seguindo a passos largos em direção ao caos. Quando você começa a não encontrar as coisas mais tão facilmente ou começa a esquecer as coisas que tem, é hora de pensar em fazer uma grande limpeza. É o que eu estou tentando fazer, juntando umas caixas de coisas para doar, outras esperando um momento de utilidade, mas fora do caminho.

Eu recebo muitos obrigados, mas prefereria que viessem em notas de cem.

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October 11, 2005

a caravana passa...

Tenho feito pequenos trajetos com a minha bike e já estou pegando o jeitão da coisa: usar as bike lanes na direção certa, não subir nas calçadas quando há sinal avisando que não pode, coisas básicas. Hoje fui trabalhar e depois nadar com ela. Coloquei luz traseira e dianteira, guidão de borracha, aos poucos vor descobrindo o maravilhoso mundo dos acessórios para bicicletas!

Voltamos à nossa piscina, só que ela ainda está em obras. Para não ficarmos em cima dos trabalhadores, estamos nadando ao contrário - onde era o inicio virou o final. Dá uma sensação estranha, como se estivessemos fazendo tudo num filme negativo - Alice no Espelho.

Começou a temporada das abóboras na cesta orgânica - são diversos tipos, cores e tamanhos. Eu gosto de fazer sopa. Quero experimentar uma receita com sálvia e heavy cream. Fiz um pesto usando uma receita de um livro de receitas italianas da década de sessenta, quando o food processor ainda não existia - ou não era popular - e se usava o mortar [pilão]. Fiz no food processor e substituí as semente de pinha por pistachio. Muito bom!

Estou lendo um livro delicioso bem d-eee-vaaaaa-gaaaar-ziiii-nhooooo......

O Misty dorme numa colcha de sol e o Roux faz plantão insone na janela, vigiando o quintal. Ele não se conforma que tem um gato intruso passeando num lugar ao qual ele não tem acesso.

Português é a lingua do momento em Davis - o fino da bossa!

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October 10, 2005

não é nada não, é só a tal da segunda

De repente, no ítem noventa e três da listona de afazeres do dia, dá um cansaço e uma vontade de chorar. Pára tudo! Pára tudo! Chega por hoje, tá bom?

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October 9, 2005

Sunny

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Ela é uma meiga. Mora na guest house de um dos meus vizinhos e vem dormir na minha horta, no meio dos meus pés de tomate. Outro dia fui colher uns tomates e dei um berro quando vi uma carona me olhando. Pensei que fosse um ratão, mas logo sosseguei e sorri quando vi os olhos verdes da Sunny. Eu falo com ela e ela vem falar oi, estende as patas da minha perna, mia, ronrona, uma doçura. Falando com ela e passando a mão nela, percebi que ela é como o Misty, amputada nas patas da frente. Uma coisa triste que as pessoas fazem com os animais.... E como o Misty ela não poderia estar na rua, pois não tem como se defender. Ela tem dono, mas dá uma vontade de trazê-la para casa.... porém...

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O Roux, que é um gato extremamente amigável, fica enlouquecido quando a vê caminhando lentamente pelo quintal, deitada nos tijolinhos ou olhando os passarinhos nas árvores. Ele até se contorce, chora, fica nervosíssimo. Ela tem que ser apenas uma visitante e de preferência ficar longe das janelas e portas, de onde o Roux pode vê-la. Eu gosto dela, mas meus gatos não.......

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movie in the park

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Uma excelente idéia da prefeitura de Davis: mostrar filmes no parque. Fui com uma amiga e vimos The Wizard of Oz. O parque estava cheio. Nós levamos cadeiras dobráveis, uma cestinha cheia de coisas saborosas e curtimos rever esse filme clássico. Uma família atrás de nós cantava todas as músicas junto com os atores. O único problema é que já está fazendo bastante frio à noite e tivemos que nos agasalhar bem para enfrentar duas horas ao relento.

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October 8, 2005

27 Rue de Fleurus

Quem mais, além é claro desta queridíssima pessoa, pode me dizer com certeza quem enviava cartas deste endereço? [pisc!]

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October 6, 2005

cores de outono

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nunca vou poder me juntar ao circo

"algumas pessoas têm facilidade para fazer essa pose. essas com certeza poderão se juntar à trupe de um circo"

Convidada por uma amiga fui fazer uma aula de ioga. Ponderei e refleti por um dia, até resolver ir. Já tive experiências suficientes com ioga, desde quando me contorcia de macacão de malha azul turquesa numa academia em Campinas no inicio dos anos oitenta, passando por diversas outras academias em Piracicaba, Saskatoon e finalmente a derrocada no Experimental College em Davis, onde finalmente joguei a toalha e admiti: ioga não é a minha praia. Eu não tenho flexibilidade suficiente, não consigo fazer as respirações, não tenho equilibrio, nem concentração. Sou aquela que sempre está fazendo tudo ao contrário, caindo para o lado e olhando o que os outros estão fazendo com cara de espanto.

Mas pensei, não custa tentar mais uma vez. E fui.

As paredes espelhadas da sala denunciavam minhas emoções com relação àquela aula de contorcionismo. Até que eu fiz quase todas as poses, sem desmaiar, despencar de pernas prá cima ou soltar um peido. Mas não foi fácil. Minha cara demonstrava meu horror, espanto, choque, incompreensão. Como essa gente consegue? Ela quer que eu faça o quê? Nunquinha que eu vou colocar meu nariz no joelho! Jamais que eu vou contorcer meu corpo todo para trás dessa maneira! Jesus Cristo, que absurdo de pose escalafobética é essa?!!

Sobrevivi à mais uma tentativa de ser odara. Não sei por que eu insisto, já que está mais do que provado que eu não tenho vocacão nenhuma pra coisa.

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October 5, 2005

não comprei uma bicicleta

Há tantos anos na cidade das bicicletas e nunca tive uma. Minto, tive uma quando cheguei aqui, mas aquela não conta porque foi traumatizante. Ganhei uma bicicletinha cor-de-rosa, que pertencera à uma baixinha, bem baixinha. Como eu pedalava nela era uma humilhação, toda curvada, joelhos batendo no guidão. Me livrei dela assim que pude e nunca mais pedalei.

Pensei muitas vezes em comprar uma bicicleta mais adequada para a minha altura, mas nunca comprei. Pesquisei, olhei, até escolhi o modelo, que seria uma cruiser de guidão alto. Pra ficar corcunda, andar à pé já basta.

No final das contas acabei ganhando uma bicicleta. Ela pertenceu à um rapaz bem alto, muito alto e então já pressenti que não teria problemas com pernas e guidões, correntes engrenando na calça jeans e, principalmente, a corcunda.

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Ela é uma bicicleta cruiser, exatamente como eu queria. Com duas cestas laterais pra carregar bolsa, casaco, comprinhas. Só que ela é antiga, do tempo do breque de pé. Isso mesmo, breque de pé! Custei pra acostumar. No primeiro dia que segui cruzando com ela pelas ruas de downtown para encontrar as minhas amigas no Ciocolat, a três quadras da minha casa, fiz todas as barbeiragens possíveis. Depois de todos esses anos atuando como pedestre ou motorista de carro, quando me vi livre achei que podia pedalar pela calçada, atravessar a rua como quisesse, como se eu estivesse à pé. Peguei a bike lane na contramão, dei umas boas bambeadas e quase distendi um músculo da perna montando e desmontando da bike - ela é realmente alta ou eu que desaprendi a montar e desmontar de magrelas? Tenho ido trabalhar com ela, pedalando toda pimpona pelo campus da UC Davis. Agora me sinto parte da cidade, onde não ter bicicleta é considerado meio anormal.

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October 4, 2005

soneca sincronizada

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October 3, 2005

bandidagem capim gordura

Quando eu contei pra minha amiga que é moradora de Davis há mais tempo que eu, que tinha rolado um assalto à um banco em downtown na manhã daquele dia, ela ficou de boca aberta. Parece que não acontecia um forrobodó dessa espécia há muitos anos nesta cidade pacata. Um crime, dos bem barra pesada, com bandido de capuz e metralhadora entrando correndo e berrando isto é um assalto, passa a grana, quem se mexer morre!

Deu tudo certo para os meliantes até a hora da fuga. A bandidagem amadora não sabia que tem que mandar tirar o dinheiro das sacolas do banco antes de fugir e botar tudo num saco de plástico. É procedimento de rotina, mas ninguém sabia - nem eu, nem muita gente, muito menos os assaltantes - que os funcionários acionam um dispositivo, que todas as sacolas de dinheiro têm, que solta uma tinta vermelha melequenta, marcando o dinheiro e sujando o bandido. E pra piorar, quando o dispositivo explode, uma fumacê vermelha cega quem estiver próximo.

As testemunhas que viram a cena se disseram perplexos com a visão do carro azul cheio de fumaça vermelha, uma gritaria e quatro meliantes fugindo logo em seguida em trote desembestado à pé pela cidade. O dinheiro foi abandonado no carro. O banco naõ teve prejú.

E os assaltantes? Passaram correndo em frente da minha casa, se embrenhando em seguida pelos matos do Arboretum e do riacho. A polícia até que tentou correr atrás, mas não pegou ninguém. Fizeram aquela cena típica, fecharam as ruas com fita amarela de crime scene, revistaram a vila onde eu moro, um auê total. Eu não vi nem ouvi nada, pois estava distraída me preparando para ir nadar.......

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October 1, 2005

dia de soprar muitas velinhas!

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