November 30, 2005

na lata

Hoje finalmente admiti o fato incontestável de que ando há tempos com uma preguiça plutônica de escrever. Acho que isso é um grave sintoma de vida virtual tediosa. Felizmente a minha outra vida, com cheiros e sabores, está bem mais divertida!

Atravessamos a livraria Borders de Emeryville falando como matracas para usar o banheiro. Vi de relance um livrão preto na seção das celebridades com o título em letras brancas garrafais - BLOG. Não tive vontade de ir olhar de quem ou sobre o que era, mas acho que era algo óbvio.

Como é bom comprar coisas bonitas e legais pra você mesma!

O Urso insiste e insiste - vamos abrir uma champagne. Mas ele não bebe mais álcool já há alguns anos.

Natal. Nenhum enfeite me seduz. Fui ver o preço de uma árvore de verdade, das que a gente cruelmente mata pra enfeitar a nossa sala. Preço: cem pilas. Pra no dia vinte e seis de dezembro acabarem todas jogadas, como se não valessem nada, nas sarjetas e latas de lixo da cidade, esperando serem carregadas pra sei lá onde. Nem pensar.

Claro que tenho visto muitos filmes, todo dia. Mas estou quase tão preguicenta quanto o queridão Moa e prefiro ficar subindo e descendo escadas e rindo com os gatos. Mas pra escrever sobre comida eu nunca tenho preguiça.

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November 29, 2005

lo-ve-it!

São episódios que acontecem o tempo todo comigo: alguém me pára na rua, dentro de uma loja, na fila do supermercado, pra dizer que gostou demais da minha blusa, ou calça, ou sapato, ou echarpe, ou chapéu, ou casaco. Isso acontece tanto que eu fico pensando - what's wrong [or right] with me?

Outro dia uma mulher veio atrás de mim no estacionamento do supermercado e me disse - eu a-dooo-rei o seu casaco!

Hoje entrei numa loja de materiais de construção. Não vou dizer como eu estava vestida, mas eu ia almoçar com uma amiga e estava frioooo. Uns três empregados da loja vieram solicitamente me perguntar se eu queria ajuda. Um deles, sorrindo todo simpático depois de oferecer ajuda disse - essas suas botas são muito cool!

Eu sempre sorrio e digo - obrigada! Claro que às vezes eu vejo gente na rua, nas lojas ou na fila do supermercado vestindo roupas, sapatos ou acessórios legais. Mas eu sou tímida demais pra fazer qualquer comentário de elogio. E fico sempre surpresa ao receber um, pois nunca acho que estou abafando tanto assim.

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November 28, 2005

cuidado com o guri lambão!

Fui comprar um pãozinho integral fresquinho na padaria do Nugget e enquanto escolhia vi essa mãe no balcão dos bolos e doces conversando com uma das padeiras e apoiando um guri de uns três anos numa pequena plataforma ao lado dela. Enquanto a mãe tagarelava o guri estava lambendo com lambidas bem molhadas e babadas, e raspando crocroc com uns dentões de coelho, uns pãezinhos que estavam numa cesta ao lado do balcão. Fiquei plantada ali por uns segundos em estado de choque olhando pra aquela cena: os pãezinhos sendo lambidos e ralados e colocados de volta na cesta. A mãe, colada no guri, estava tão entretida e distraída com o papo, que não via ou fingia não ver nada. Pensei que aquilo não estava certo, pois alguém iria acabar comprando aqueles pães com cuspe e dentada de guri e só de pensar nisso fui tomada por baita nojão . Fiz então uns sinais pra outra padeira, que veio olhando o guri com uma cara feia e me pediu pra dar os pães cusporentos pra ela. Uma moça que também olhava a cena chocada me falou - você fez bem, fez bem! A mãe continuou no papo firme, não se tocou, nem se mexeu. Não era com ela. Pusta falta de noção, viu.....

Depois dessa, me antenei total: nunca mais compro aqueles pãezinhos que ficam nas cestas, soltos e sem embalagem, na padaria do Nugget!

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duas viagens

Tenho que ir ao aeroporto duas vezes. Agora de manhã vou levar uns amigos, que voltam para o Rio de Janeiro e à tarde levarei o Urso, que vai à uma reunião em Portland. O aeroporto internacional de Sacramento fica a exatos vinte minutos daqui. Está chovendo, está frio e o dia está com uma cara deprimente.....

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November 27, 2005

os caras de pau

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» esse é o único lugar da casa proíbido pra eles. mas os meliantes insistem e atuam combinados, invadindo e dominando! eu jogo a toalha.....

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conclusão

Quando você vê um dos seus convidados vestindo um casaco durante a festa, esse é o sinal de alerta que diz que está mais do que na hora de ligar o aquecimento da casa. Estou com as mãos geladas, os gatos estão com as orelhas geladas e fui informada por um sorriso roxo que o fogo na lareira ajudou mas não resolveu. É isso!

Apenas uma noite dormindo fora de casa e já volto sedenta do meu lugar. Eu adoro a minha casa! É muito bom dormir na minha cama, tomar banho no meu banheiro, sentar no meu sofá, rever os meus gatos, comer o meu panetone.

E gatos são assim, uns tão metidos, ronronando para pessoas que nem gostam deles, esticando as patas e querendo participar da conversa, mesmo não sendo bem-vindos nem queridos. Outros, uns lordes, que ficam te olhando com uma cara de desprezo, porque você está invadindo o território sagrado deles e não é nem um pouco bem-vinda, mesmo estando ali para encher os potes vazios de comida.

Felizmente não estou tendo que lidar com restos de banquete de Thanksgiving!

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November 24, 2005

i'm so very thankful!

Daqui a pouco vamos socar umas roupitas na mala, nos abolotar no carro com torta de chocolate, panetones e champagne, pegaremos o Gabriel na casa dele e rumaremos para o Marin county, onde todo ano participamos do Thanksgiving familiar. Não é a nossa família original, mas é a nossa família agregada. Assim que as famílias se formam, não? Quando os filhos se casam, se juntam com outras famílias.

Não vou ser repetitiva nem redundante dizendo pelo que eu sou agradecida, pois sou muitíssimo agradecida por absolutamente tudo o que tenho na vida. Um brinde e happy thanksgiving!

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November 21, 2005

f. e o gato no espelho

Vista assim refletida no espelho, minha casa ficou bem diferente, apesar de nada ter mudado realmente. Só a visão que está invertida. Uma mudança de perspectiva!

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areje a cuca

Visitando os bubblelicious Cinefilia e Chucrute com Salsicha!

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compra roleta-russa

Update Fnac: minha compra, feita em nove de novembro já foi debitada no meu visa em doze de novembro. Receberam a minha grana e não entregaram o meu pedido. Não há serviço de atendimento ao consumidor para os clientes da Fnac online. Uma gerente na loja da paulista, pra onde eu liguei pela segunda vez em ato de desespero, falava indelicadamente por cima da minha voz me dizendo que eu tinha que ir no site e preencher o formulário, enquanto eu respondia, já fui, já fui, já fiz, já fiz! Implorei, por favor alguém precisa me ajudar! Ela anotou meu nome, telefone e número do pedido, mas tenho certeza que já deve ter jogado o papel com meus dados no lixo. Comprar na Fnac.com.br é como uma roleta russa, se der tudo certo, ufa, respire aliviado, seu pedido foi entregue. Se algo der errado, bum, você está danado. Não adianta nem rezar o terço, pois nem mesmo o deus todo poderoso ouve as reclamações e pedidos dos que levaram ferro da fnac.

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November 19, 2005

besta é tu!

O que esse meado de linha [pode substituir por caneta, par de óculos, pé de meia, elástico de cabelo] está fazendo no meio do chão da cozinha? Imagina se alguém não se divertiu pra valer durante a noite... tsc...gatonildinho!

Ela é professora na universidade e até dentro da água trata todo mundo como se fosse aluno. Nós vamos fazer o sexto ou o sétimo set, eu pergunto? Este workout possui d-e-z sets, ela responde, como se estivesse segurando um giz entre os dedos. Fiquei com uma cara de não foi bem isso que eu perguntei, pois sei que este workout tem dez sets. Depois ela se desculpou, dizendo que não tinha entendido a minha pergunta. Certo, ficamos meio surdas com a touca de silicone.

Eu não gosto muito de dirigir, especialmente quando tenho que ir longe e sozinha. Mas uma boa trilha sonora sempre ajuda. E uma lua cheia iluminando a estrada escura e vazia. O carro então avoa e minha voz desafinada berra "just don't dispose of your natural soul cos you know darn well that you'll go to hell that you'll go to hell".

Depois de ver as fotos, vejo pessoalmente o meu filho de cabelo curto. Tesouradas deixaram ele com uma carinha de dezesseis anos, depois de sete anos de cabelão comprido. Lovely, lovely!

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November 18, 2005

tem jeito?

No ano passado comprei um livro na fnac.com.br e foi tudo bem, compra processada, entregue, ponto final. Este ano fui coprar outro livro. Nada, nada, nada. Já são dez dias e o pedido não foi processado ainda, está lá parado e não sei qual é o motivo. Quando percebi a demora, uma semana atrás, comecei a maratona para me comunicar com a fnac.com.br. Vai lá no site e tenta achar uma seção de atendimento ao consumidor? Você conseguiu? Eu não. Tem lá um formulário para você entrar em contato com eles. Preenchi um formulário pedindo informação sobre o meu pedido parado e nunca recebi resposta. Toca entrar na seção de devoluções e cancelamentos, onde tem um e-mail e dois números de telefone. Estou ligando para esses números há três dias e eles tocam, tocam, tocam e nada! Mando uma mensagem para o tal e-mail de devoluções pedindo por favor para o meu pedido ser cancelado. Vinte e quatro horas depois, nada. Quarenta e oito horas depois, nada. Liguei na loja da Paulista pra pedir ajuda, me deram os dois números de telefones onde eu ligo, ligo, ligo e ninguém atende. Jesuscristo, o que fazer?? Já estou com dor de estômago de ódio e irritação. Hoje entrei no site do Procon e deixei uma mensagem explicando o meu caso com a maldita Fnac. Será que eles vão me responder? Será que o caso será resolvido? Será que isso tem jeito?

Como você cancela uma compra que obviamente está com algum problema se não há maneira de contactar o serviço de atendimento ao consumidor da loja???

Fnac.com.br - nunca mais vou comprar absolutamente NADA nessa loja!

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November 17, 2005

old man look at my life i’m a lot like you were

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November 16, 2005

back to earth

Aterrisei no planeta terra às oito e meia da manhã. Mal consigo murmurar um bom dia para o urso alegre e camarada e quase chuto o gatonildinho feliz que dá um pulinho faceiro e agarra a minha perna pra dizer que está alegre de me ver. Manhãs assim são fodas. Fico amarga por horas e horas, como se estivesse puta da cara por estar de volta à este mundo injusto, cansativo e chato.

What a bore!

No sonho eu mudei de casa duas vezes. Senti tristeza porque meu endereço não era mais em Davis, mas o lugar era interessante. Na segunda casa eu descia umas escadas e saia de frente para um pequeno lago e um caminho de tijolinhos vermelhos que levava para um lindo bosque. Pensei que morar ali valia a pena, não somente pela casa, mas também pelo quintal.

Tenho muitos sonhos recorrentes, de mudanças, viagens, malas desfeitas ou refeitas, retornos para casas préviamente abandonadas com a máquina de lavar cheia de roupa suja e a geladeira cheia de comida. São sonhos que me irritam. Alguns - nem vou mencioná-los - me fazem acordar chorando. Mas há os sonhos com lugares onde nunca estive, lagos, florestas, caminhos de tijolinhos vermelhos e casas em endereços estranhos, onde invés de começar a arrumar e organizar mais uma vez todos os armários, vou sair para uma caminhada.

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November 15, 2005

all you can eat at jusco

Se na minha cidade falta bons restaurantes italianos, certamente tem uma abundância de restaurantes asiáticos. Só pra se ter uma idéia da demanda, a cidade tem sessenta mil habitantes e quase quarenta por cento da população de estudante na UC Davis é asiática. Então é um restaurante em cada esquina para servir a clientela faminta e já à postos segurando chopsticks ou hashis. Lembrando de cabeça são pelo menos dois vietnamitas, uns três coreanos, uns cinco tailandeses, uns sete japoneses e incontáveis chineses, fora os indianos, nepalianos e alfaganistaneses que não sei se dá pra contar como asiático, e os lugares que só vendem suco ou chá com bolotas de tapioca, mas que também são bem populares. Então quando saimos pra comer fora, opções para comida oriental não faltam. O Uriel sempre sugere os tailandeses, dos quais eu ando meio enjoada. Fazia muito tempo que não íamos à um japonês. Em downtown, perto da minha casa, tem uns três. Um deles abre às onze da manhã e às dez já tem fila na porta. Não sei o que eles servem lá, mas o restaurante tem uma fila enorme na calçada todo-santo-dia. Resolvemos ir num outro logo a frente, que nos foi recomendado pelo Gabriel e Marianne, o Jusco.

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O lugar é pequeno e bem antigo, no velho e bom estilo 'sujinho', que à primeira vista nem anima. Mas como eu e o Uriel temos um histórico de indecisões em porta de restaurante, quase caímos fora no último segundo. A família inteira trabalha no restaurante, cozinham, servem, limpam. Não sabíamos que eles faziam o 'all you can eat' e nunca tínhamos ido à um 'all you can eat' japonês. Ficamos meio perdidos no inicio, mas recebemos as intruções para marcar o que queríamos numa fichinha com os nomes dos sushis, rolos e comida quente. Fui marcando tudo o que não tinha peixe cru. Marquei muita coisa, naquele entusiasmo de quem está com fome. A comida começou a chegar em pequenos pratinhos e não parava mais... Comemos muito e estava tudo delicioso. Só uma coisa nos deixou um pouco estressados: pra não haver desperdício, eles avisaram num cartaz na parede e no menu que CADA SUSHI NÃO COMIDO E DEIXADO NO PRATO CUSTARIA 0,50 CENTS EXTRA! Raspamos os pratos e abandonamos pra trás somente os rabinhos do camarão...

» post casado com o Chucrute com Salsicha, onde em breve publicarei a minha velha e eficiente receita de sushi!

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November 14, 2005

vida social I

Uma das coisas chatas da vida social é conhecer gente nova em festa. Eu passo por essa situação como se estivesse num trabalho de parto, que se desenvolve sempre em etapas, uma mais difícil que a outra. Eu raramento me aproxego de alguém e já vou sacando um questionário da bolsa. Geralmente eu que sou a vítima, a presa encurralada e cercada de perguntas. Acho que as pessoas me vêem e logo pensam: preciso conhecer aquela nariguda falando com aquele sotaque interessante, vestida com aquelas roupas exóticas e que - opis - acabou de tropeçar [ou quebrar um copo, ou derrubar vinho na anfitriã, ou falar uma gafe]. Dai sou abordada, primeiramente com as gentilezas de oi meu nome é fulano ou fulana, dai eu digo o meu nome e eles repetem, eu explico que é FernandAAAA, por favor, não me faça passar pelo vexame de ser chamada de homem, algumas risadas tolas, um papinho furado de alguns minutos e logo vem a primeira pergunta decepadora de cabeças: o que você faz?

Responder o que eu faço pode levar horas e necessitar de muitos copos de vinho intercalados de copos de água. Então essa pergunta fica sempre mal respondida, mal entendida e gera muita frustração. Eu gostaria muito de me livrar da pergunta e da conversa nessas horas, então penso no que poderia responder quando a tal frase fatal fosse finalmente verbalizada: o que você faz?

- sou palhaça, mas dormi de touca e o circo foi embora da cidade e me deixou pra trás, então estou tentando me recolocar no mercado de trabalho da região.

- eu vendo Amway [ou Mary Kay]. essa resposta é garantia de afastar todo e qualquer ser racional e passar o resto da noite comendo, bebendo e lendo revistas na festa.

- sou dublê de corpo em slash movies.

- sou treinadora do time de gamão dos cidadões de terceira idade de Roseville.

- escrevo, mas ninguém quer comprar meus escritos, então em alguns anos certamente cortarei minha orelha e morrerei de infeção e na miséria.

- crio minhocas.

- sou a nova gerente do Bates Motel.

- sou manéquin de luvas.

- o que eu faço? como assim o que eu faço? que tipo de pergunta é essa? are you talking to me? ARE YOU TALKING TOOOOO MEEEEE?????

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vida social II

Depois que você fica com a boca seca de explicar o que você faz, vem a próxima pergunta: você tem filhos? Dai eu entro na segunda etapa do parto de conhecer gente nova em festa. O diálogo se desenrola mais ou menos assim:

-tem filhos?
-sim, tenho um.
-ah, quantos anos tem o guri.
-ahn, ele não é mais guri, já vive a vida dele.
-oh, como assim?
-meu filho tem vinte e três anos.
-oooohh! [em estado de choque, boca e olhos arregalados] mas você não parece ter idade para ter um filho de vinte e três anos!!!
-e eu não tenho mesmo ...

A situação fica completamente constrangedora nesse ponto, pois no olhar incrédulo do meu interlocutor, a jovial pessoa interessante e excêntrica com quem ele estava conversando e interrogando se transforma de repente numa anciã decrépita e desdentada - uma VELHOCA. E não há o que fazer. Sou mãe de um homem de vinte e três anos. Só posso ser muito velha ou uma extra-terrestre.

Antes ou depois do choque da revelação que eu sou uma sogra e, consequentemente, uma coroa decadente, acontece um outro diálogo que eu odeio e que é iniciado com a pergunta o que te trouxe aqui pra Davis? Nessas horas quero afundar rapidamente numa areia movediça e desaparecer enquanto dou um tchauzinho com cara de sinto muito. Mas a educação me obriga a responder. Vim com o meu maridooo... O quê? fala mais alto. Vim com O MEU MARIDOOOOOO! Dai sou bombardeada de perguntas sobre o que ele faz nos micro-hiper-super detalhes. Me sinto a perfeita songa la monga, que veio pra Davis seguindo e dois passos atrás do marido gênio. Marido, marido, marido, mas será o benedito que esse pessoal não tem outro assunto?

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November 13, 2005

brunch

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lições de vida que eu aprendo com os gatos

As atitudes do gato Misty com relação ao gato Roux muitas vezes me fazem lembrar das atitudes dos humanos. O gatonildão não tolera o gatonildinho, não quer ser amigo dele, não quer ficar perto, não quer dividir o espaço, esnoba o fulaninho, vira as costas pra ele e é visivelmente intolerante. Se o Roux chega perto, ele vai embora, sai do lugar onde estava. O que eu vejo acontecer o tempo todo é o Senhor Misty sempre irritado, se retirando, pra lá e prá cá, deixando o lugar quentinho, correndo e fugindo. E vejo o alegre Roux sempre instalado nos melhores lugares da casa, espalhado, confortável, triunfante e feliz. Perceberam?

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November 12, 2005

ainda no mercado

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November 11, 2005

a solução para todos os seus problemas

Basta seguir este diagrama que eu peguei neste blog super gira!

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bate-papo

Foi uma conversa animada e educada. Cinco brasileiras e uma americana abordando um assunto muito delicado. Podia ter virado uma discussão grosseira. Alguém poderia ter levantado a voz ou tentado impôr suas idéias no grupo. As opiniões eram diversas e divergentes, mas todas falaram, todas ouviram, com bom humor e delicadeza. Fazia tempo que eu não participava de um bate-papo tão gostoso, que estendeu-se até as duas e meia da manhã. Escrever é muito bom, mas eu também gosto de falar e curto os encontros pessoais, o olho no olho, a visão do sorriso, o som das vozes e das gargalhadas, e o calor dos abraços de chegada e despedida.

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não gosto e pronto!

Nem tudo na vida tem uma explicação. Certas coisas são como são e não adianta querer racionalizar. Dá pra entender, por exemplo, por que eu detesto sair de ré com o carro? Quando é possível, tento sempre dar um jeito de sair da vaga onde estou estacionada pela frente. Tenho ódio de ter que olhar pra trás, principalmente aqui, onde estou sempre ensanduichada por sport utilities gigantes que bloqueiam a minha visão. É certo que muitos acidentes acontecem em estacionamentos, então triplico minha atenção neles. Além de ser uma manobra arriscada, sair de ré de uma vaga realmente me dá nos nervos....

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November 10, 2005

no mercado

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eu não nado em dias nublados

É mais forte do que eu. Frio eu enfrento, mas nuvens cinzas não dá pé. Então no inverno eu nado pouquíssimo, uma pena. Mas este ano, pra compensar os dias nublados, me inscrevi numa academia seguindo os passos da minha amiga Juliana. Eu sou uma pessoa meio maria-vai-com-as-outras em alguns aspectos. Por exemplo, eu tenho a idéia - acho que precisava ir numa academia pra compensar os dias nublados durante o inverno. Mas daí penso, que academia? Como? Onde? Quando? Tenho um problemão decidindo essas coisas ou mesmo indo atrás, porque todo mundo aqui já sabe e quem ainda não sabe ficará sabendo agora, que eu odeio fazer exercícios, tenho mesmo uma alma sedentária e só gosto dos dias de céu azul quando eu vou nadar. Água é o meu ambiente, mas academia cheia de aparelhos de tortura e gente suando em bicas com toalhinha no pescoço não é. Mas porque eu nado, tenho desconto numa tal academia legal aqui em Davis, então por sugestão da Juliana eu agora vou lá. Já tentei ioga e pilates, e vou tentar um tal de spinning, que o meu irmão fazia em Los Angeles, e que eu tenho quase certeza que vou odiar. A academia também oferece aulas de vários estilos de boxing [esquivo-me], jazzercize [arghbleargh!], kick bag [nem quero imaginar o que seja isso!], bellydancing [tô foríssima!], step express [nem pensar], rear attitude [hmm..], on the ball [what?], ball fusion [fusion parece ser a palavra da moda], revi [?], ngr [?], h.e.a.t. [vá de retro!], hard-core [fuga rápida pela direita!], core [fuga rápida pela esquerda!], top it off [êta povo criativo], muscle works [imagina só...], bootcamp [exorcismo!!] e body basics [imagino uma tortura completa]. Além de tudo isso e das diferentes classes de ioga disso e daquilo e dos pilates daquilo e daqueleoutro, ainda tem aquela variedade incrível de máquinas medievais pra você correr, caminhar, pedalar, subir montanha, distender músculos, por os bofes pra fora e se acabar de suar. Eu acho que vou ficar no pilates e suas bolas assustadoras. Porque essa é apenas uma alternativa para os dias nublados, nada sério.

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November 9, 2005

pique no lugar!

Primeira experiência numa aula de Pilates Fusion. Nem preciso dizer que me senti uma incompetente. Não chegava nem a um terço do desejado nas esticações de perna, levantamento de corpo e flexões acrobáticas. Quando a tal bola gigante foi requisitada dei uma gargalhada e falei - are you kidding me? Mas tive que rolar o meu corpão pra frente e pra trás, morrendo de medo de dar vexame ou de me machucar. Não me saí cem por cento mal, porque consegui me equilibrar em cima da bola e fiz dois sets de exercícios corretamente. Suei, senti dores nos lugares mais descabidos e me senti uma total demente. Depois fiquei pensando por que nos submetemos à isso? Em nome do quê? Da saúde? De sentir-se bem com o próprio corpo? Parte da humanidade sem habilidades físicas como eu deve se perguntar, como eu me pergunto sempre, se não haveria uma maneira de ficar bem sem ter que passar por essa humilhação toda. No final da aula, olhei com desprezo para a professora toda malhada e com um astral de vencedora e murmurei baixinho - i hate you!

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November 8, 2005

music makes the people come together

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November 7, 2005

um post voando

Outubro e novembro são meses de muitos aniversários. Minha agenda está cheia de nomes queridos, então de repente vira um ziriguidum. No final de semana me senti correndo a maratona das festas e encontros. Mas não estou reclamando de jeito nenhum!

Hoje quero ir ao almoço anual dos docentes da International House, pois é quando se tira a fotografia do grupo e eu gosto de sair nela. Motivo besta para ir a um encontro, mas eu sou assim mesmo, besta!

Fui à San Francisco de trem. Não fazia isso há anos. Os trens aqui são muito legais, mas uma coisa que eu nunca imaginei que aconteceria, aconteceu: na volta, o trem atrasou uma hora e ficamos - eu e minha amiga - mofando no banquinho de ferro desconfortável da suja e feia estação de Richmond. Senti um dejá vu, quando mofamos numa estação deserta em algum ponto de Bruxelas. Trauma, trauma!

O senegalês Youssou N'Dour cancelou pela segunda vez um show dele aqui no Mondavi Center em protesto contra as politicas daquele indivíduo inominável. Eu iria trabalhar no show e infelizmente não vou mais.

Minhas segundas-feiras são sempre atrapalhadas e corridas. Por isso um post voando..... Inté!

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November 4, 2005

let the sun shine

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para alegrar um dia nublado...

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escrever, comer, beber, ver filmes

Quando penso que já não consigo escrever tão frequentemente aqui ou no Cinefilia e como estou sempre atrasada e atrapalhada com a correspondência, me pergunto what the hell estou fazendo abrindo outro blog? Mas quando me dá um faniquito, sai da frente. Passei dois dias com a bunda na cadeira montando tudo e vibrando de animação, esperando o domínio entrar no ar. Agora toca escrever no Chucrute com Salsicha todos os dias. Assunto não vai faltar, o problema será basicamente me organizar. Mas veremos....

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November 3, 2005

Era só o que faltava!


chucrutecomsalsicha.com


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November 1, 2005

blogues

Eu leio alguns blogues que não me lêem. Eu não leio muitos blogues que me lêem.

Blogueiros onipresentes: você entra em qualquer janela de comentário, de qualquer blogue e a figura está lá. Fico coçando o queixo, onde se arranja tempo pra isso?

Se em dois mil e um a blogosfera estava super populada, hoje já passou a China e está com uma cara única, um se sobressaindo aqui, outro ali.

Não gosto de blogues guia turistico. Não gosto de blogues de gente vivendo fora do Brasil e criticando o tempo todo o país hospedeiro. Não gosto de blogues mandões, sabe-tudo, metidos, críticos, escrachados e encrenqueiros. Não gosto de blogues descritivos e verborrágicos.

Gosto de blogues sobre a vida cotidiana, artísticos, criativos, com charme e classe.

Não tenho nenhum problema deletando blogues da minha lista de leitura.

Evito com cuidado os blogues chatos.

Leio blogues pra me divertir e entreter, não pra me estressar, chatear e irritar.

Escrevo pelos mesmos motivos.

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