February 21, 2007

the birds

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Saindo do Embarcadero em San Francisco em direção à Washington Street, cruzamos uma praça e demos de cara com centenas dessas aves verdes, que parecem os papagaios brasileiros. Elas comiam as florezinhas rosas das árvores, berravam e voavam juntas. Uma visão e tanto. Foi difícil fotografá-las, mas se ampliar as fotos vai dar pra ver melhor. São aves tropicais, não são?

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February 20, 2007

not to do list

Vou ficar um tempo sem ler notícias, porque não dá pra mim. Estava à beira de um colapso nervoso, chorando, angustiada. Ele me falou - mas o que você pode fazer? E me aconselhou a aproveitar a minha vida, que é muito boa.

Chateações abundam se você procurar por elas. Então dá aquela tristeza, até a hora que você percebe que nada é o que parece ser. Dai dá aquela vontade de rir, porque tem tanta coisa acontecendo por ai que realmente não vale um pum.

Eu sou boi no horóscopo chinês, então meu amigo budista querendo me fazer acordar pra vida e ver a luz, me contou uma parábola onde o boi atravessava o rio carregando o rato nas costas e quando chegavam do outro lado do rio, o rato saltava fora e nem olhava pra tras, muito menos agradecia.

Deu pra ti, né querida?

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February 19, 2007

going nowhere

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February 16, 2007

Halston, we have a problem!

Sou chatésima pra perfume, mas não vivo sem. Tomo no mínimo dois banhos por dia, então a perfumação é hábito mesmo, ou mania, não tem o intuíto de encobrir nenhuma fedentina. E quando por acaso, raramente, esqueço de passar perfume, despiroco, quase que no mesmo nível que se esquecesse de escovar os dentes.

Foi no casamento de uma das irmãs do meu marido da década de 80. Não lembro se fomos padrinhos, mas lembro exatamente do meu visual - pantalona branca e túnica cor de chocolate de linho, scarpin beige e um casaco de pele verdadeira emprestado da sogra do meu irmão. Era julho, estava uma tarde fria. Pose, cabelão, blush, batom. Chegamos na igreja e fomos recebidos pelo noivo na porta de tras, por onde escapulem os padres e coroinhas depois da missa - sim, devíamos ser os padrinhos - quando caiu a ficha: ESQUECI DE PASSAR PERFUME! Eu queria voltar para casa, mas o carro com a noiva já estava virando a esquina. Meu futuro con-cunhado disse, você está linda, nem precisa de perfume. Mas nenhum consolo adiantou. Ficou tudo uma droga, tudo deu errado, fiquei num mau humor danado, acabou o dia, a festa murchou.

Lembrei dessa história, porque hoje cheguei no trabalho e me toquei, catapluf - esqueci de passar perfume! Tudo bem, aguentei firme, a situação era remediável, e está tudo sobre contrôle agora, pois na hora do almoço resolvi o problema. Sprriiiuuushhhh.

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sem samba no pé

O único problema do inverno pra mim é a cara de múmia que eu fico, desbotada e amarelada, depois de meses enrolada em camadas de roupa. Previsão do tempo para hoje - mínima de 6ºC, máxima de 22ºC. Vinte de dois!! Vai ter gente passando de biquini em frente da minha janela.

Estou tentando amaciar um sapato novo, uma sapatilha estilo mary jane da Doc Martens. Comprei o número certo - 7UK, que traduz pro 9US, que é o meu tamanho de pé. O sapato está perfeito, o problema é a arcada. Cara, está duro caminhar três passos que sejam com ele. Será que vou ter que devolver?

Carnaval? Que carnaval?

Ando com medo de ler as notícias no feedreader. Me sinto como se estivesse correndo o risco de ser atingida por estilhaços de uma explosão. É tanto ódio e insanidade. Vou acabar virando uma Cecilia, imersa em filmes bobos, musicais com sapateado. Estamos precisando de muitas A Rosa Púrpura do Cairo pra nos manter saudáveis.

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February 11, 2007

porque parou de chover

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e porque eu adoro as tulipas!

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pra fazer mal feito, melhor nem fazer

Essa rádio de hits dos anos oitenta está muito chata, mas eu não vou desligar e contínuo sentada, de frente para o meu laptop, mãos no queixo apoiando a cabeça e olhando fixamente para os livros coloridos da minha estante na cozinha. Penso em algumas coisas— por que o rádio está ligado se o ouvinte está vendo tevê no andar de cima; por que as pessoas jovens ficam enchendo os piquás da humanidade com choramingos de que estão ficando velhas; e pessoas magras se acham gordas; e neuroses inexplicaveis abundam; e por que, infelizmente, as comunidades virtuais acabam sempre virando um triste reflexo da patética vida real de cada um.

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February 8, 2007

onde?

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Estou todos os dias, .

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February 1, 2007

coisas que facilmente se realizam

A jornalista me mandou todo o material de um artigo para eu colocar online na seção de notícias. Veio junto uma foto com uma família de porcos selvagens. Não sei por que, não me perguntem por favor, mas tive um ataque de riso, até chorei, mal conseguia me concentrar, olhando pra carranca daqueles bichos.

Fui ao banheiro no Kerr Hall e tinha uma barata viva, craquelenta e antenuda bem na porta, só esperando a melhor oportunidade para adentrar o recinto. Fiquei possessa, entrei na latrina falando alto - murtaqueoparir, uma barata! assim não dá! E não dá mesmo, afinal aquele é um prédio na renomada Universidade da Califórnia. Na volta, outra barata - irmã, tia, amiga daquela, desta vez na porta do meu prédio. Eu quero falar com alguém, chamar os responsáveis, denunciar, chorar de desânimo, pois estou cercada, elas são onipresentes.

Na hora do almoço os gatos acordados e no andar de baixo da casa, muito estranho. Sentei pra comer e comecei a ouvir um barulhinho no teto da cozinha. Tremendo, subi até os quartos, desarmada e na ponta dos pés. Pensei em sussurrar - tem alguém aí? Mas resolvi ficar quieta e pegar o que ou quem quer que fosse no flagra. Imagina! Me deu um cagaço literal. Não vi nada, nem ninguém, mas confesso que não olhei bem. Será que era um rato? Fui escovar os dentes com aquela atitude desconfiada. O Roux se postou em pose de bote, olhando com aquela cara de gato que viu algo em baixo da cama. Desci as escadas correndo, vesti o casaco e me pirulitei de casa, pedalando a bicicleta pelas ruas o mais rápido que pude .

A jornalista me olhou e disse - você está com uma cara de quem está prestes a chorar. É o frio, retruquei. Não sei por que eu sinto tanto frio.

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