July 23, 2009

multicolor

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July 22, 2009

abri o bico

O negócio é bem claro—se eu não ligo pra ninguém, ninguém liga pra mim. Fiquei tão longe que parece que desapareci.

Com todos esses falatórios de crise, cortes, redução de salários e de horas, é fácil tremer na base. Meu grupo de trabalho é relativamente pequeno. Tem o pessoal da web que consta de doze pessoas, incluída eu, e o pessoal das publicações, onde deve ter mais uns doze, além dos acadêmicos, que devem ser mais uns dez. Parece uma família. E o pessoal ganha broches e medalhas por anos de dedicação. Eu poderia ficar trabalhando neste lugar para sempre, ficar uma velhota pedalando a bike, reclamando do calor, fazendo e rindo de piadinhas de geeks. Mas não tenho uma bola de cristal, então só divago sobre a insustentável leveza do não saber.

Finalmente a tal obrazinha que planejei fazer no quintal por mais de dois anos ficou pronta. Não ficou exatamente como eu queria, mas carrega mil possibilidades. Só que agora quem cansou de fazer planos fui eu.

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July 5, 2009

azul

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July 4, 2009

mais um dia quatro de julho

Eu já entendi que meu carma, minha sina aqui neste planeta é aprender a desapegar. Posso até desapegar de várias coisas materiais, mas nunca vou desapegar de certas memórias. Como a de um certo quatro de julho de um ano que não lembro mais, quando ouvi o barulho dos fogos de artifício às dez da noite e saí sozinha no quintal pra ver as luzes que pipocavam no horizonte. Pisei na grama fria, sentindo o frescor da noite depois de um dia quente, a tal brisa do Delta tão esperada, e tentava ver os fogos quando virei e vi a minha casa através das janelas, as luzes acesas lá dentro, a escuridão lá fora ajudando a dar mais destaque para a sala, a cozinha, o quarto lá em cima, o banheiro. Nunca vou esquecer da alegria que senti olhando a minha casa de fora para dentro. Posso com certeza desapegar da casa, mas a lembrança desse momento de felicidade olhando para ela numa noite de quatro de julho vou carregar para sempre comigo.

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July 2, 2009

quinze pra uma

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July 1, 2009

modo de fazer

Anos atrás, quando eu passei por uma febre de tricotagem, comecei um projeto de fazer quadrados coloridos pra mandar pra um lugar que esqueci. Era para virar uma manta eu acho, mas acabou virando um projeto abandonado, que se dissipou nas brumas da vida corrida e mundana.

Eu não tricoto mais porque agora eu cozinho obcecadamente. E o meu cozinhar ficou amplo e envolve ler livros, procurar receitas e idéias, além de preparar as comidas [e limpar—argh!], fotografar, editar, escrever a receita, tralálá.

Mas eu realmente não sinto falta de tricotar, porque nunca fui boa nisso, como nunca fui boa nas costuras. Costurei por muitos anos por falta de opção. As lojas não vendiam as roupas que eu queria vestir, no meu tamanho e do meu jeito. Então fui aos panos e às agulhas. Era também por economia, pois naquela época era mais barato comprar um paninho e fazer bonito. Hoje, com essa invasão de made in sweatshops, já não acho costurar nenhuma vantagem econômica.

Também lembro da onda de fazer bijoux com miçangas, que foi mais um exercicio de paciência, de ficar quieta, de atenção, além do da criatividade. Eu preciso ter um canal pra minha criatividade e então invento modas, mesmo não tendo nenhum talento. Abandonei as miçangas, as linhas, os panos, as lãs e as agulhas. Agora minha atenção está nos rangos, nos pratos, nos talheres e copos. Até quando? Não sei, veremos.

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