November 30, 2003

na cidade

Passamos o sábado com a Lilia e o Paul em San Francisco. Embora o dia não estivesse bonito e ensolarado, como é normal na cidade, pelo menos não choveu como estava previsto e nós pudemos bater perna até não poder mais. Tomamos café em North Beach, fizemos um tour ligeiro pela Coit Tower, Marina, Palácio das Artes, almoçamos em North Beach, atravessamos Chinatown fazendo comprinhas, fomos até a Union Square onde pegamos o cable car para voltarmos para a Columbus Ave, onde o carro ficou estacionado. Conversamos muito! Nós adoramos conhecer a Lilia e o Paul. Aliás, ela foi a primeira pessoa do mundo blogueiro brasileiro que eu conheci pessoalmente!


Fer, Lilia & Paul
[Fer, Lilia & Paul em Chinatown, San Francisco]



vista
[vista da Cidade, do Telegraph Hill]



golden gate
[The Golden Gate, vista da Marina]



Lilia & Fer
[ Lilia & Fer, em Chinatown]



trieste.jpg
[Trieste Café, em North Beach]

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November 28, 2003

buy nothing day

Hoje é o dia da correria aos shoppings. É também o dia dos super descontos nas lojas e a largada para a loucura do consumismo de Natal. É uma tradição norte-americana essas compras no dia seguinte ao Thanksgiving.

Mas hoje é também o Buy Nothing Day. Um protesto instituido uns anos atrás pelo grupo Adbusters. Será que o Co-op vai estar fechado hoje? [pisc!]

Pra mim o que vale mesmo é o encontro do Thanksgiving, que é o feriado daqui que eu mais gosto. O Natal me deprime, porque virou uma coisa de comprar, comprar, comprar. Já o Thanksgiving é uma festa de família, de agradecer o que temos, de sentar numa mesa e comer juntos, de festejar as graças do ano. Claro que nem todo mundo realmente agradece e muita gente só se concentra na comilança. Mas mesmo assim, pra mim o Thanksgiving continua sendo a melhor festa do ano!

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o menu


thanksfood



thanksturkey



thankstable

[* peru -preparado pela Marianne - purê de batatas, batata-doce, ervilhas, cenouras, stuffing, gravy, cranberry- orange sauce, sour dough bread, manteiga, vinho branco, pumpkin pie, maçãs cozidas e café - esse foi o menu do nosso jantar de thanksgiving americano-norueguês-brasileiro]

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November 27, 2003

I am thankful for...

Mami, Papi, Gabe, Uriel, Marianne, Le, Luís, Fausto, Catarina, Carlos, Pat, Lívia, Paulo, Iri, Juju, Paula, Anah, Leila, Peter, Christopher, Patricia, Tom, Pedro, Marília, Júlia, Arthur, Jean, Dan, Rose, Tatiana, Guilherme, Reidun, Ed, Jeannie, Yeda, Moa, Regina, Dylan, vizinhos & amigos virtuais, Misty & Tim.

Casa azul, Internet, telefone, cds, câmera fotográfica, televisão, cinema, livros, dança, música, teatro, arboretum, horta, limoeiro, rosas, lavandas, tomates, chicletes, água, terra, fogo, ar, carro, luvas, cachecol, panetone, marmelada, doce de leite, pizza, newIMac, lipbalm, sabonetes, mar, montanha, neve, sol, chuva, lápis, papel, correio, revistas, jornal, pão, banana, melancia, thrift stores, ginger ale, cobertor.

Olhos, mãos, pernas, pés, coração, cabeça, nariz, boca, ouvidos, estômago, dedos, cabelo, braços, barriga, costas, sexo, saúde, alegria, tranquilidade, amor, paz, inteligência, disposição, determinação, concentração, gentileza, paciência, paixão, capacidade, resistência, criatividade, companheirismo, amizade.

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November 26, 2003

green


verde



verde



verde

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November 25, 2003

sorority report

Estava me esquecendo de contar minha visita à sorority. Foi uma visita bem rápida, mas deu pra sacar o clima do lugar e deu também pra fazer um monte de perguntas pras duas garotas do meu grupo. Essa sorority que eu visitei fica no centro de um lote com gramado, rodeada de outras quatro ou cinco. Elas são casas enormes. Segundo as meninas, cada uma delas abriga cerca de oitenta estudantes. A casa tem um hall de entrada e um corredor que dá para a escada que leva aos quartos. Do lado direito vi uma salona de visitas e de tevê, onde muitas garotas conversavam e se esparramavam pelo chão e sofás. No lado direito entrei na sala de estudos, que era bem grande, com duas mesas para reuniões, sofás, estantes, livros. O ambiente é o de uma casa normal. Não vi a cozinha, nem a sala de jantar, mas ouvi histórias de garotas assando bolos às três horas da manhã, então concluí que deve haver uma cozinha!

Eu fiz um batalhão de perguntas. Quis saber se precisava 'qualificar' para ser admitida na sorority e elas falaram que não, mas afirmaram que é super concorrido conseguir uma vaga nessas casas, porque elas são a opção mais barata pra estudante [mais que viver em dormitórios ou alugar apartamentos]. Existem zilhoões de regras e cada casa tem uma house manager, que normalmente já foi uma sororoty girl no passado. As garotas bagunçam, mas tudo numa certa ordem.... Uma delas reclamou que não consegue estudar por causa da zona, mas se disse feliz por ter o seu próprio quarto. Há também a opção - mais barata ainda - de se dividir um quarto com outras garotas.

Todas as meninas que eu vi lá dentro tinham cara de ter entre 18 e 22 anos e falavam naquele estilo "Valley Girl", dizendo coisas como "oh my god, we are totally interrupting you guys.. we're sooo sorry!".

As paredes tinham quadros e mais quadros com fotos das sorority girls. Todo ano a casa tira uma foto tipica, com todas as garotas e então deu pra ver toda a geração anos 90 e 2000, na sala de estudo e hall de entrada.

Não perdi a oportunidade de perguntar sobre o programa da MTV que foi gravado numa Sorority da UCDavis [o primeiro] e elas fizeram aquela cara de desdém e disseram que essas garotas que apareceram na tevê não representam as verdadeiras sororoty girls, que nunca iriam se prestar à aquele papel. Elas contaram que a MTV ficou no campus durante um quarter e que tudo era super orquestrado e planejado, ao contrario do que se faz parecer [bom, quem é que não sabe que os reality shows não são reality coisa nenhuma?]. Elas também frisaram que essa sorority que permitiu ser fimada para a tevê não é 'national', o que deve significar que não é registrada na liga federal das sororities, ou coisa similar.

Em menos de uma hora fiquei sabendo de um monte de coisinhas. Minha vida não mudou em nada por causa dessa minha nova inside culture em sororities. Mas eu curti entrar lá e ver como vivem essas "totally awesome girls".....

[* esclarecimento: As sororities são repúblicas só para mulheres e as fraternities são só para homens]

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November 23, 2003

a outra Rosa


fericonluisa.jpg

Virei um ícone pelas mãos talentosas da querida Luisa Cortesão. Eu, de cabelos verdes floridos e o Senhor Misty Gray no meu colo! Adorei essa visão que a Luisa tem de mim! E agora que virei ícone, posso ilustrar desktops de Macs pelo mundo afora. Eu estou lá no Colheres, no pacote de icons Strange Friends3. Mas nào pegue só esse, porque tem muito, mais muito mais coisas lindas por lá. Eu já sou fã dos trabalhos da Luisa, Rosa e Ana há muito tempo!

* para ver meus desktop iconizado e com o meu file personalizado clique AQUI.

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November 21, 2003

trilha sonora

Eu caminho no Arboretum em silêncio, porque gosto de andar refletindo, pensando. Mas nesses últimos dias não estou querendo pensar em nada, nem refletir joça nenhuma. Quero mais é encher minha cabeça com sons e imagens mastigadas. Por isso desempoeirei meu discman hoje de manhã e pus pra tocar um cd, enquanto amarrava meu tênis cinza ralado e saia na friagem pra dar uma camelada. O Arboretum ficou muito, muito mais bonito com trilha sonora do Van Morrison!

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rescue me again

Minha vida parece uma sucessão de deja vús.....Pingando gotinhas de Rescue na língua lembrei que no ano passado, exatamente nesta mesma época, eu estava praticando o mesmo pinga-pinga. Agora o estresse é outro, claro. Eu progredi e estou ansiosa por outros motivos. Mas é incrível como as revoluções acontecem sempre no final do ano. Deve ter algum significado esotérico.

E falando em revolução, a análise da minha revolução solar que ganhei de presente da amigona me deixou meio sombreada. As palavras que eu ouvi se repetindo durante quase três horas no cd eram: Desafio; Responsabilidade; Paciência; Persistência; Limitações; Reestruturação; Resistência Emocional; Crise; Provação; Espera; Carma; Perseverança; Regras, Extrema Preocupação.

Ontem fui no Co-op e comprei um vidrão gigante de Rescue. Se nem os astros estão colaborando, melhor eu ficar bem preparada!

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não esquece o cachecol

Forecast para os amigos que estão vindo visitar a Califórnia nos próximos dias:

Today - Nov 21- Partly Cloudy - 13°/1°C

Sat - Nov 22 - Sunny - 13°/-2°C

Sun - Nov 23 - Mostly Sunny - 12°/0°C

Mon - Nov 24 - Showers - 11°/1°C

Vai ficar assim, mas pelo menos não vai nevar....!!

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November 20, 2003

rude



bark



mushroms



bark



bark.jpg


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November 18, 2003

last minute person

Pelo menos eu sou consciente das coisas que faço. Sou procrastinadora, mas tenho pleno conhecimento dessa minha imperfeição. Claro que eu vou enrolar, claro que eu vou deixar tudo pra amanhã, claro que vou fazer tudo no último minuto. Estava contando pra minha mãe a história de ter pedido uma semana pra reescrever o paper e ter ganhado um dia. Eu barganhei conforme a minha personalidade e se tivesse recebido os sete dias, iria empurrar tudo com a barriga nos primeiros seis dias e só iria trabalhar duro no sétimo. Então a concessão de um dia foi perfeita, porque esse era o tempo que eu realmente necessitava. Sem folga pra embromar.

Ontem não fiz nada de escola à tarde. Fui caminhar. Tirei fotos das folhas de outono. Lavei verduras. Fiz uma sopa e joguei tudo no ralo da pia. Fiz noodles com frango e comi com desgosto, porque ficou horrível. Liguei pra minha mãe. Preparei pacotes de correspondência pro meu irmão. Escrevi e-mails [sempre atolada e atrasada]. Li o jornal. Lavei roupa de cama, mesa e banho.

Hoje, comecei a trabalhar. Parei. Li correspondência. Recomecei. Parei. Estou aqui escrevendo. Eu quero chegar lá na república das fulanetes bem preparada e calibrada, porque não quero deixar elas resolverem nada por mim. Mas até às oito da noite tenho tempo.

Pau que nasce torto, morre torto....

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November 17, 2003

caminhada


leaves



leaves



leaves

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outra vez

Domingo à tarde eu estava lendo um texto, levantei pra espreguiçar e fui até a janela. Peguei um fulano no flagra tirando fotos da minha casa. Acho que até saí na última delas, de pé na frente da janela, com uma cara espantada. Não é a primeira vez que isso acontece. Eu sei que a minha casa é super lindinha, mas esse negócio de gente toda hora tirando foto é muito estranho!

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sorority girls

Eu sempre olho as sororities e as fraternities de fora, com aquela curiosidade de quem nunca vai poder saber realmente como é a vida nessas "repúblicas" norte-americanas. E Davis é cheia delas. Todas com nomes gregos, a maioria em casas antigas, algumas muito bem organizadas, outras uma bagunça total. Às vezes, no sábado à noite, ouvimos festas nas fraternities da 1st street. As fraternities e sororities fazem parte da cultura universitária. Quem não se lembra da festa da toga do filme Animal House?

Pois amanhã vou entrar numa sorority! Primeira vez! E vou poder ver como é a vida lá dentro. Ou ao menos até onde me deixarem ver! Vamos fazer uma reunião de grupo e duas das garotas moram na sorority KAO. As duas com mais cara e atitude de cheer leaders, então já tô com dois pés atrás em como vai ser o ambiente nessa sorority.

O que está me deixando nervosa é que temos essa apresentação de grupo, uma leading discussion, na quarta-feira de manhã e vamos nos reunir terça à noite para organizarmos o trabalho. É muita folga! Mas esse grupo é assim. E uma das cheer leaders - a mais-mais antipática resolve tudo sem consultar ninguém e quando você fala com ela, ela te dá uma resposta rápida e nem olha pra sua cara. Mais tipinho de filmeco de high school impossível.... Bom, eu vou preparar a minha parte com antecedência e gastar meu tempo lá na reuniãozinha observando o ambiente da casa. Posso nunca mais ter uma oportunidade dessas na vida, né?

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November 16, 2003

romãs & eucaliptos


romãs



galhos

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November 15, 2003

minúcias

Quem não acompanha as histórias desse blog há tempos, deve ficar um tanto confuso quando chega aqui e lê sobre escola, ursos, gatos, etc. Vou fazer uma listinha de esclarecimento, só porque novos amigos andaram me perguntando essas coisas e eu acredito que deve haver muito mais gente na dúvida.

* Meu marido Ursão e meu filho Gabriel são brasileiros;
* Tim é o gato do meu filho;
* Misty Gray é o meu gato;
* Eu tenho 42 anos;
* Eu chamo meu marido de Ursão só aqui no blog;
* O Ursão não é gordão, nem peludão;
* Eu estou estudando para entrar numa pós-graduação;
* Vivemos aqui em Davis, Califórnia há seis anos;
* Antes disso, passamos quatro anos no Canadá;
* Meu marido é professor/pesquisador na UCDavis;
* Eu quero fazer pós-graduação no departamento de Cultural Studies;
* Eu sou jornalista;
* Meu filho Gabriel tem 21 anos;
* O Ursão é engenheiro;
* Eu não sou parente do escritor.......

Agora vai dar pra entender melhor o meu papo. Qualquer outra dúvida, e-mail me, please!

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November 14, 2003

Corpo

Dei uma paradinha no esquemão da semana e fui ao Mondavi Center para trabalhar na apresentação do grupo de dança brasileiro Corpo.

Foi uma apresentação bonita e emocionante, com coreografias inovadoras do Rodrigo Pederneiras. A primeira parte, entitulada Berenguelê teve visual simples, músicas africanas e do João Bosco e movimentos folclóricos. A segunda parte, entitulada Santagustin foi ultra-moderna, com figurino colorido e música do Tom Zé.

Foi um refresco sair de casa pra ver um show desses. E ainda ampliei minha visão de dança moderna, pois eu tenho pouca experiência com espetáculos de dança e menos ainda com dança brasileira. Eu já conhecia a fama do Grupo Corpo e agora entendi porque eles são tão conceituados mundialmente. Como entrei mais cedo no teatro, pude ver uma parte do ensaio. O grupo faz dança moderna, mas a base é toda do balé clássico e no final do ensaio eles fizeram dois sets de exercícios com todos os movimentos típicos da dança clássica.

E ainda teve um fator de diversão extra: quase todos os meus amigos brasileiros estavam lá no teatro. Alguns estavam na minha seção, outros lá em baixo na orquestra e na saída todos se encontraram no saguão. Os bailarinos do grupo abriram espaço para bate-papo com o público no final da apresentação. Eles são uma simpatia. Não poderíamos ter melhores embaixadores da cultura brasileira!

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November 13, 2003

razão

Segunda, terça e quarta passaram sem eu nem conseguir tomar fôlego. Ando me sentindo um desenho animado, daqueles que correm com fumacinha ns pés e estão num segundo aqui, noutro segundo acolá. Bip bip bip....

No meio da movimentação supersônica ainda arrumo espaço pra um bode emocional. São tantas, mas tantas duvidas que eu me sinto massacrada.

Pedi uma semana pra reescrever meu personal statement e ganhei um dia e meio, acompanhado de um sorrisinho sardento. E ainda ouvi um jocoso "bem-vinda à América! aqui nós queremos saber todos os detalhes da sua vida. queremos ler coisas pessoais - personal - falou?"

Ah, se fosse tão simples assim....

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November 12, 2003

his name is Tim


Tim, the cat



Tim, the cat

[Tim - http://tim.plush.org/]

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ontem não foi meu dia

Feriado de Veterans Day. Resolvi ir até a Bay Area pra finalmente comprar as cadeiras baratotais da Ikea porque não tô podendo comprar nada mais sofisticado. Saí de manhã e foi tudo bem até a cidade de Vallejo, quando entrei num congestionamento daqueles. Fiquei uma hora e meia pra fazer um percurso de cinco minutos. Os gênios da engenharia de trânsito nas estradas resolveram fazer obras enormes na ponte do pedágio em Benicia Martinez e provocaram um congestionamento monstro. Até reporteres de tevê estavam lá registrando o fato...... E eu trancada dentro do carro, com a bunda formigando e almoçando bolachinhas.

Dentro da Ikea estava outro inferno.... Fiquei uns quarenta minutos na fila pra pagar minhas cadeiras. Na saída fui pegar um cachorro-quente e a caixa armou tamanha e inexplicável confusão, que eu fiquei esperando mais tempo pra pegar o pão com salsicha do que a minha paciência estava conseguindo tolerar...

Mais trânsito pra voltar pra Davis. A I80 está sempre entupida, isso já é praxe.

Cheguei e fui correndo [literalmente] até a biblioteca da UCD, porque precisava pegar dois textos pra xerocar no Reserve. Mas que olha que "sorte" : eu não tinha moeda suficiente pra tirar todas as cópias, o serviço de cartão estava fechado e a máquina que trocava notas de 10 e 20 por notas de 5 não estava funcionando. Corri até o famigerado departamento de Engenharia Agrícola, para pedir pro Ursão me ajudar com moedas extras ou tirando as cópias na máquina deles. Fomos tirar as cópias lá mesmo e a cultura do engenheiro se manifestou novamente, desta vez na sua obsessão por micros-detalhes. [* relacione esse post com o anterior, onde ele me dá uma bronca por olhar papéis , pra entender o que estou dizendo...]

Voltei correndo pra casa .... A essa altura já estava até suando por baixo do casaco.

Tive que lavar umas roupas, porque deixei acumular e fiquei sem acessórios intimos para vestir hoje. Pus a máquina pra funcionar. Fui ler meus textos. Quando voltei a laundry estava toda alagada!!! Soltou uma borrachinha! Pára tudo e limpa, limpa, escorre a água, seca com panos..... ah!!!!

Fiquei até tarde lendo os textos e acordei hoje uma hora mais cedo pra terminar um dos papers que eu iria discutir com uma das garotas do meu grupo [uma das cheer leaders....] pra uma apresentação que vamos fazer na próxima semana. Pergunta se ela leu o que ela tinha que ler????? Obviamente que não.

Tá.... Me parece que o dia de hoje já começou prometendo parear com o de ontem.......

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November 11, 2003

cultura

Eu sou uma esponja! Agora tudo o que faço ou penso é baseado em corporate cultures. Ontem tive que mandar uns faxes e como não tenho uma fax machine em casa usamos a do departamento de engenharia. Enquanto passavamos os faxes eu fiquei olhando as coisas por lá - os desks das secretárias, as outras máquinas, pilhas de papéis - eu adoro coisa de escritório. Botei o nariz pra xeretar uma pilha de papelada variada, coisas que passam por ali todo dia e levei uma carcada. Não era pra olhar, porque esses papéis eram coisas pessoais e privadas. Na hora me deu uma raiva. Pensei na cultura careta e super-estruturada do departamento de engenharia, que fica exposta pra quem quiser ver e se manifesta nas pequenas coisas. Eu costumo dizer que somos "água e vinho", mas na verdade convivemos e absorvemos culturas completamente diferentes. Eu ainda sou pior, porque não pertenço formalmente a nenhum ambiente de trabalho e ajo muito mais como um espírito livre [e muitas vezes de porco], desencadeando reações do outro lado, que vive atolado em zil e uma regrinhas. Levar bronca por olhar coisas é realmente o fim da picada.... Mas é perfeitamente explicável se analisarmos que o ambiente cultural de um engenheiro deve ter muito menos flexibilidade que o de uma jornalista xereta.

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November 10, 2003

they're back....

As formigas voltaram. Desta vez estão nos armários da cozinha.... Estou lutando contra elas. A garantia do pest-control já expirou. Diosmio, o que é isso?? Parece que vivemos sobre um formigueiro......

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November 9, 2003

flowers


bolinasflowers



bolinasflowers

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rala, rala e avisa, um minuto de comercial..

O mais engraçado é que eu me acho uma figura folgada. Mas na hora que tenho que fazer algo sério e pra valer, a minha personalidade obcecada aflora. Eu já escrevi sobre isso por aqui algumas vezes. Nada comigo é light. Se eu gosto de um artista ou escritor, eu tenho que ler, ver, ouvir, tudo o que a pessoa fez. Se eu faço uma atividade [como blogar, por exemplo] tem que ser nos micros detalhes do capricho. Porque eu já sou gringa há muitos anos, não me dou o direito de errar nadinha com a língua, não posso falar errado, nem escrever com defeitos. É exaustivo ser assim.

Passei a sexta-feira e o sábado escrevendo um paper que tenho que entregar na segunda-feira. Dessa vez escrever foi um parto. Nunca escrevi com tanta dificuldade. Talvez seja má influência da minha escrita informal em português. Ou talvez seja normal. Uma amiga me disse "escrever é difícil. em qualquer língua". Eu que acho que porque é fácil escrever aqui, deveria ser fácil escrever de maneira geral.

Mas quem escreve vai concordar comigo que muitas vezes o texto saí como um mel escorrendo, noutras vezes as sentenças são como blocos de pedra. Depois que o texto está pronto é preciso refrescar os olhos. Eu nunca vejo os erros na hora. Tenho que fazer outra coisa, tomar um ar e daí voltar e corrigir. E sempre gosto que outra pessoa leia e dê palpites.

Ralar é até bom, dá uma satisfação ver o trabalho pronto e bem feito. Mas é importante não deixar isso virar uma rotina obsessiva!

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November 7, 2003

tradicional

Não é sempre que eu recebo uma dessas na minha caixa de correio. Até desacostumei de ler nas folhas de papel... Mas receber carta tradicional é uma delícia! Que bom que ainda existem escrevinhadores como ela.

cartagarota1.jpg

Ontem recebi essa carta. Não só uma carta, mas uma carta recheada de coisas gostosas! Letrinha caprichada, adesivinhos no envelope, papel decorado, postais de presente e folhas e mais folhas de coisas boas de ler. Quando peguei a carta nas mãos, fiquei sem saber como abrir sem rasgar muito e estragar o capricho do envelope. Peguei minha correspondência no caminho pra universidade e fui lendo pela rua, caminhando, atravessando ruas, tudo sem nem tropeçar. Quantas vezes eu fiz isso no passado, lendo ávidamente cartas que eram aguardadas com ansiosidade. Foi bom relembrar os velhos tempos de correspondência tradicional. Obrigada, garota ! Agora vou ter que responder no mesmo estilo e desenferrujar a minha garranchuda letra de mão.

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November 6, 2003

soneca


roncomesa.jpg

[sempre achando lugares diferentes pra puxar um ronquinho.....]

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November 5, 2003

writing

Está meio estranho... um silêncio, tudo vazio. Mas eu precisava disso. Fechei a torneirinha das listas de discussões, que enchiam alegremente minha caixa de e-mail diáriamente e me distraiam. Estou num momento em que não estou podendo me distrair. Estou fisicamente abalada com o tanto de coisa que tenho pra fazer. Mas isso acontece porque eu sou assim dramaticamente exagerada, não porque é o fim do mundo.

Saio com dor de cabeça das aulas, porque a minha professora é realmente hyper. Não comento isso como se fosse um defeito, muito pelo contrário. Admiro tudo o que ela faz e como ela faz. Outro dia ela contou que tem trinta e dois anos! Eu gosto de tudo nela: a criatividade, a articulação verbal, o humor, a bagagem intelectual e cultural, a flexibilidade, a informalidade, a simpatia, o carisma, e até a maneira casual como ela se veste e como ela decorou o seu escritório. Me sinto privilegiada por tê-la encontrado, no meio de tantas outras mentes brilhantes desta universidade.

Dá até uma dor de barriga folhear o catálogo da UCDavis e ver quanta coisa interessante pra estudar, quanta gente fascinante pra conhecer e socializar, quanta oportunidade de aprendizado. Mas como não dá pra fazer tudo, escolhe-se apenas um caminho. E eu já estou no meu. Por causa dele eu fico ansiosa, tenho dores de cabeça, falo sozinha pela rua, esqueço de comer, sonho com papéis e me sinto um bicho meio perdido, fora do meu ambiente. E ainda por cima não tô podendo nem me distrair. Mas está tudo muito bom.....

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November 2, 2003

frio....


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lareiradomingo2.jpg

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livração

Já escrevi um outline do meu personal statement. Fiz isso em três chuveiradas. Eu me inspiro dentro da água. Foi sempre assim. Escrevi o outline na minha cabeça e verbalizei pro Ursão, que achou a idéia toda fantástica! Depois fiquei contando uns causos pra ele, fatos que recordei dentro do chuveiro e que talvez use pra ilustrar meu texto.

Muitos anos atrás, passando férias no Rio, eu estava com as minhas primas numa feira hippie em Ipanema. Naqueles tempos, onde eu ia carregava um livro comigo, era um hábito. E estava sempre lendo. Imagina se eu ia viajar sem um livro.... Só não sei explicar o que eu estava fazendo com um livro na bolsa, passeando na feira hippie! Era o calhamaço Cem Anos de Solidão, do Gabriel Garcia Marques. Eu não precisava estar carregando o livro num passeio onde não iria ter a oportunidade de sentar e ler. Fora que o livro pesava. Mas eu estava carregando o dito na minha bolsa de couro.... E por causa dele, me salvei de ser assaltada. Numa daquelas muvucas olhando barracas, um 'dedos-leves' enfiou a mão na bolsa tentando pegar a minha carteira. Por causa do tamanho do livro, o mané se atrapalhou todo e eu consegui sentir a mão dele dentro da bolsa. Me virei assustada e ele se pirulitou como um cisco..... Depois me deu a maior tremedeira, porque na minha carteira estava, além de todo o meu dinheiro, a minha passagem de ônibus de volta pra Campinas.... Garcia Marques e a minha mania de ler compulsivamente me salvaram!

Isso é uma história que ilustra um caráter. Infelizmente, eu não leio mais com a dedicação e fúria de antes.

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November 1, 2003

apresentação

Fui me encontrar com uma estudante de pós-graduação em Cultural Studies que está fazendo pesquisa numa área semelhante à que eu quero estudar. A professora recomendou que eu conversasse com ela. Mandei um e-mail, ela respondeu super-simpática e marcamos de tomar um café juntas ontem à tarde. Eu não bebo café. Só o café-com-leite morno da manhã. Então peguei um chocolate quente na cafeteria na UCDavis. Bom, já começou aí a pastelonice. Enchi demais o copo, tive que colocar outro copo por baixo, pro primeiro não desmoronar e ainda inventei de espetar um canudinho no líquido, que ficou boiando prá lá e prá cá, quase caindo. Não bastasse o copo cheio com o canudinho boiando e quase caindo, eu ainda carregava uma bolsa cheia de coisas numa mão e um guarda-chuvão longuíssimo na outra. Estava com um cachecolzão enrolado no pescoço e com o cabelão esvoaçante na cara. Não precisei de dois minutos pra derrubar o chocolate e fazer uma meleca incrível no chão da cafeteria. Foi um tanto de chocolate no chão, outro tanto na mão e a moça correndo pra buscar papel pra me ajudar a limpar, perguntando nervosa 'are you okay?', porque eu podia ter queimado a mão. Não queimei! Foi um milagre. Mas se queimasse, iria ser mais uma cicatriz pra coleção que eu já tenho na mão direita.

Melhor apresentação que essa eu não poderia fazer... Já fui mostrando quem eu realmente sou, sem disfarces, sem firulas. Oi, sou a desengonçada e atrapalhada Fezoca! Prazer!

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the day after

Todo ano eu conto que fui à downtown, que fiquei encantada com as crianças, que comprei balas na última hora, que abri e fechei a porta pros trick-or-treaters por horas, que comi algumas balas, que estava frio, que me divirto no Halloween, que é uma das minhas festas favoritas daqui.....

2000

2001

2002

Este ano não foi muito diferente....!

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