October 31, 2004

happy, happy!


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October 30, 2004

beatniks

A Reidun, sogra do Gabriel, deixou um recado outro dia na secretária, que eu ouvi na correria entre uma atividade e outra com as meninas e realmente não entendi o que ela queria. Ouvi as palavras revista do Triple A, evento em Davis e Uriel..... Pensei, depois eu reescuto a mensagem. Como ela me liga do celular, os recados soam sempre abafados. O sotaquezão norueguês dela e a péssima qualidade da minha secretária eletrônica adicionam mais dificuldades. Decidi não reouvir nada e folhear a revista Via, que os membros do Triple A recebem de graça.

Lá nas últimas páginas da revista vi o que ela quis nos avisar: saímos numa foto tirada durante o vernissage da Beat Generation Conference que teve em Davis no ano passado e que vai ter de novo este ano! Estamos de pé, atrás do pessoal sentado no chão, olhando o artista beat todo de branco e cabelos longos pintar dois quadros ao mesmo tempo. Página 82, na seção Events da edição de novembro/dezembro da Via Magazine com o Presidio de San Francisco na capa. O Uriel de braços cruzados, eu ao lado de rabo de cavalo, a Marianne atrás de mim e a Reidun, mãe dela, atrás do Uriel. Tive a maior surpresa quando nos vi na foto. Ainda bem que não saí muito corcunda.......!

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halloween, já?

Deixei minhas queridas no aeroporto na hora do almoço e rolei algumas lágrimas enquando dirigia de volta pra casa. Algumas despedidas são mais fáceis que outras. Almoçei sushi, dei uma geral na bagunça e no final da tarde resolvi dar uma passadinha na maravilhosa lojinha de lãs e linhas que tem aqui em downtown. Eu comprei alguns novelos de linha na Bélgica e dois deles, em tons de rosa e com uma textura super interessantes, não estão dando pra nada. Tudo o que eu faço com eles, eu não gosto e desmancho. Resolvi então comprar uma outra linha pra misturar com elas, dessas diferentonas, coloridas, salpicadinhas. Aproveitei e levei novelos e agulhas, pois queria que alguém lá me ensinasse um ponto que vi numa echarpe e queria aprender a fazer [e que aprendi, chama-se the drop stitch].

Downtown estava tomada por crianças de todas as idades fantasiadas e os adultos que as acompanhavam, fazendo trick or treat nas lojas. Essa é uma tradição da cidade que foi adiantada para a sexta-feira por causa do Halloween cair num domingo, quando uma parte do comércio estará fechado. Eu não me lembro de já ter visto uma quantidade tão grande de crianças como desta vez. Deve ter sido o horário, no finalzinho da tarde, quando muitos pais já tinham retornado do trabalho. Era uma verdadeira multidão de pequeninos! Fui caminhando pelas beiradas da calçada e tentando não atropelar ninguém. Toda vez que eu vejo essas crianças no Halloween, me dá um ataque de sorrisos! Eu acho tudo uma fofura, mas fico imaginando o estado de excitação que todas vão ficar depois de ingerir todo aquele açúcar!

Foi uma pena que a Ju e a Paula foram embora, pois tenho certeza que elas iriam curtir esse trick or treat em downtown e relembrar os Halloweens passados aqui na América! Elas me falaram que em Londres não tem nada disso de sair fantasiado nas ruas pedindo doces.... fiquei um tanto surpresa com essa informação, pois eu achava que o Halloween acontecia na Inglaterra, igual acontece aqui.

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azeda

Mau humor, mau humor, mau humor!

Esse azedume matinal me cansa.. Mas dá pra tentar amenizar esse problema vivendo com alguém que chega às 4am do escritório, abre e fecha a porta da garagem e te acorda com esse barulhão e ainda acende a luz, deita te descobrindo e hoje pela manhã acorda todo pirilampo e vem dizer 'bom dia' e perguntar 'vai nadar hoje?' bem naquela horinha pós café com leite, quando o cérebro ainda está desligado, tudo pegando no tranco, um gosto ruim na boca?

Depois eu é que sou chata, mal humorada e intratável!

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October 28, 2004

no pumpkin patch


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[uma coelhinha no pumpkin patch!]

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[as bóbras]

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[as nossas bóbras]

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[tudo tem um preço

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[abóboras, beiges e verdes]

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outro dia cheio

Ficamos exaustas ontem de tanto caminhar e comer! À noite tomamos uma sopa de ervilhas e a Paula dormiu sentada na mesa, com a cabeça encostada no prato cheio de arroz e frango. Caminhamos muito por downtown a tarde todinha. Fizemos o circuito livrarias, devoramos pratos de macarronada com molho vermelho e a Paula, como sempre, conquistou o garçon italiano com o seu charme galego de mal humoradinha, herança da tia, of course! Encerramos a comilança com sobremesas riquíssimas no Ciocolat e fomos nos encontrar com o Artur, Julia e Pedro. Foi adorável ver a enturmação dessas crianças, que nem se conheciam e brincaram como se fossem amigos há anos. Voltando pra casa, ouvi o Artur dizer bem alto 'ah, eu queria muito que vocês morassem aqui!'. A lua estava coberta e nós paramos para olhar - é o eclipse lunar! O céu estava limpíssimo e pudemos ver a lua escurecida. Dormimos como pedras e acordamos um pouco mais tarde ... Ainda não temos muitos planos para hoje.

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October 27, 2004

programação de hoje

Eu acordei às 6:30am com uns barulhinhos das meninas tomando café da manhã lá embaixo. Fiquei feliz, pois hoje elas acordaram mais tarde. O duro é que quando elas estiverem quase ajustadas ao horário daqui, vão embora.....

A programação de hoje incluí livraria, caminhada, pumpkin patch e brincadeiras no parque. Elas queriam porque queriam que eu as levassem num lugar chamado Chuck E. Cheese's.... Afê.... Eu inventei uma desculpa [não sei onde é - é em Sacramento, a Ju já viu na internet- mas Sacramento é enorme - mas tem o mapa - ah, mas pode ser que seja muito longe [não era]- melhor ficarmos por aqui mesmo!]. Elas querem ir lá porque tem uns fliperamos, joguinhos, whaterver! Eu já ouvi falar desse lugar, é o horror dos horrores, mas as crianças amam....

Acabei de ver a Paula pulando com um doce colorido enrolado no dedo e carimbando meleca açucarada no sofá.... arfggrogdhgf..... Deixa eu ir lá resolver essa parada...!!!!!!!

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October 26, 2004

curiosidade queimou o gato


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[primeira vez que ele viu fogo....?]

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visitas

Minha cunhada e minhas sobrinhas estão aqui. Chegaram ontem vindas de Los Angeles, com caras amassadas, olheiras, jet lag, cansadas. Elas chegaram de Londres no sábado, vieram com meu irmão para ajustar o status de residência nos EUA. Meu irmão já voltou para a Inglaterra. Elas ficam aqui me visitando até sexta-feira. Elas têm acordado às três da manhã... Não é fácil viajar tantos fusos. Planejamos cinema, pumpkin patch, brincadeiras com amigos. Vamos ver. Mas elas estão adorando tudo, matando as saudades da Califórnia e se divertindo com o Roux, que não foge delas e aceita brincar [e adora brincar!]. So precisei avisar que ele é um animal e não um brinquedo, porque esse detalhe é fácil para uma criança esquecer.....

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October 25, 2004

serei eu uma estressadinha ou...

Certas pessoas são mesmo muito barbeiras no trânsito? Jesus Cristo, tem dias que meu sangue ferve, que eu fico irritada até o centro da medula. Como pode numa four-way stop [onde quem chega primeiro, passa primeiro] uma imbecil fechar o cruzamento com sua jamanta-jeep simplesmente para esperar uma vaga para estacionar na frente do banco? Hellow, demência? Estamos em downtown, Davis, não em Tóquio, Japão! Podemos nos dar ao luxo de dar uma volta no quarteirão ou estacionar a meio metro de distância do nosso banco e CAMINHAR cinquenta passos! Fiquei tão puta com essa cena, que meti a mão na buzina e berrei "IDIOTA!". Me estressei toda, mas não é pra menos? Uma pessoa bloquear todo o trânsito para esperar uma vaga miserável, sendo que há uma vaga a cada metro nesta cidade?

Fiquei tão irritada, que me pus a pensar em todos os energumenos que não dão sinal quando vão virar uma rua ou trocar de pista, que brecam derepente ou aparecem do nada na sua frente, fazendo com que você também tenha que brecar e quebre suas cerâmicas que estavam no banco da frente do seu carro, ou os bestas que dirigem abaixo do limite de velocidade, ou os que ficam na pista da esquerda numa velocidade ridícula e não dão passagem, obrigando você a ultrapassá-los pela direita, e aqueles tontos que dirigem no meio da pista, ou os que estacionam ocupando duas vagas, e por aí vamos, listando as barbaridades. Eu fico sempre bravíssima, buzino, berro e penso "com QUEM essa gente aprendeu a dirigir? com o POMBO?"

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October 24, 2004

convivência


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Olha só! O Roux conseguiu dividir o mesmo espaço com o Misty, sem ser esnobado e deixado sozinho a ver navios! Iurru! Lárálirálá!!!

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Até dormiram juntos! Oh, será que o Misty está finalmente aceitando o Roux como amigo ou........ ahn? hei ......êpa.... peralá.... peraí.....................!!!

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O plano inicial era a tomada total do sofá! O Roux pegou o Misty desprevenido e baubau meu caro....... Misty no chão e Roux espichadão......ho ho ho ho!

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Martha Graham Dance Company

Foi uma apresentação chiquérrima. Eu conhecia a companhia e sua fama, mas nunca tinha visto nenhuma dança deles ao vivo. Li que Martha Graham é considerada uma força artística primordial do século vinte, junto com Picasso, Stravinsky, James Joyce e Frank Lloyd Wright, nomeada pela revista TIME como a dançarina do século e pela People magazine como um ícon do século. Ela fundou a compahia em 1926 e conduziu os bailarinos por setenta anos. Gostei de saber que além de tudo o que ela fez e influenciou, ela deu treinos de expressão corporal para grandes atores, como Bette Davis, Gregory Peck, Joanne Woodward e Kirk Douglas.

A companhia apresentou coreografias da década de 30 e 40, com figurinos originais, idealizados por Martha Graham. Belíssimas peças, com música executada pela sinfônica da UCDavis. A técnica de dança desenvolvida por Martha Graham é baseada em movimentos humanos básicos, então as danças não têm acrobacias nem muitas piruetas, mas são perfeitas e geniais na sua simplicidade.

Quando eu entrei no teatro, quarenta minutos antes das portas se abrirem para o público, a pesada cortina de veludo azul subiu e pude ver os bailarinos se aquecendo e o diretor checando pequenos detalhes. Adoro ver essas coisas, que normalmente o espectador não vê. É interessante ver os bailarinos com seus moletons, fazendo passos das danças de maneira não organizada. Dá um sentimento de proximidade, que mostra que eles são pessoas como nós, sem maquiagem e figurino especial. Isso aconteceu também quando vi a companhia de teatro novaiorquina The Acting Company, encenar o chatérrimo Richard III no ano passado.

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October 22, 2004

omo total

Hoje é um daqueles dias, em eu me pego olhando fixamente pra tela do computador com aquela cara de quem está com a mente vazia e sem idéias que é digna de pena. Contrariamente aos dias em que já acordo ou saio do chuveiro com mil assuntos, hoje parece que sou um rio seco, um deserto sem vegetação, um céu nublado. Detesto isso!

E tive uma noite cheia de sonhos, que poderiam render uma quantidade razoável de recheio de lingüiça. Mas nem pra traduzir os sonhos estou inspirada....

[... duas horas depois, após dois longos telefonemas, um sanduiche de queijo com presunto, um copo de suco de laranja, uma xícara de yogurte com framboesa congelada, leitura do suplemento LIFE do jornal, duas cenas engraçadas com gatos e muitos números de jazz no itunes.... ]

Melhor então eu ir cuidar da vida, né? Tenho certeza que depois que eu publicar este post dizendo que não tenho assunto, abobrinhas mil vão brotar na minha horta mental.

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October 21, 2004

Bobby Zimmerman Gunn Dylan

Eu achava que o nome Bob Dylan tinha acontecido por causa de uma grande paixao do rapaz Robert Zimmerman pelo poeta Dylan Thomas. Mas a mudança do nome foi muito mais superficial e simplória do que eu jamais imaginei. Se não estivesse lendo a história saída diretamente da autobiografia de Dylan, iria dizer alto e incredulamente - "Bull Shit!" Mas a verdade seja dita e aqui está ela, nua e crua....

"One time she asked me why I was using a different name when I played, especially in the neiboring towns. Like, didn't I want people to know who I was? "Who is Elston Gunn?" she asked. "That's not you, is it?" "Ah, " I said, "you'll see." The Elston Gunn name thing was only temporary. What I was going to do as soon as I left home was just call myself Robert Allen. As far as I was concerned, that was who I was - that's what my parents named me. It sounded like a name of a Scottish king and I liked it. There was little of my identity that wasn't in it. What kind of confused me later was seeing an article in a Downbeat magazine with a story about a West Coast saxophone player named David Allyn. I had suspected that the musician had changed the spelling of Allen to Allyn. I could see why. It looked more exotic, more inscrutable. I was going to do this, too. Instead of Robert Allen it would be Robert Allyn. Then sometime later, unexpectedly, I'd seen some poems by Dylan Thomas. Dylan and Allyn sounded similar. Robert Dylan. Robert Allyn. I couldn't decide. - the letter D came on stronger. But Robert Dylan didn't look or sound as good as Robert Allyn. People had always called me either robert or Bobby, but Bobby Dylan sounded too skittish to me and besides, there already was a Bobby Darin, a Bobby Vee, a Bobby Rydell, a Bobby Neely, and a lot of other Bobbys. Bob Dylan looked and sounde better than Bob Allyn. The first time I was asked my name in the Twin Cities, I instinctively and automatically without thinking simply said, "Bob Dylan". "

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i am a lonesome hobo

Um lindo dia de sol e me animei para ir nadar, já esperando aquele choque térmico entre o vestiário e a água. Não foi tão ruim quanto eu imaginava. Entrei na raia três que estava vazia. Eu não ousaria cometer essa audácia se a piscina estivesse cheia. Braçadas, braçadas, braçadas, bofes de fora, determinação, braçadas, braçadas, braçadas, paro e vejo do outro lado da piscina um cara entrando na minha raia. Pareço ser uma pessoal totalmente anti-social, mas é incontrolável, nessas horas não consigo evitar pensamentos como "oh, não, esse chatonildo vai entrar bem na MINHA raia?". Eu não sou uma pessoa de grupo, turma, time. Gosto de fazer tudo na minha, sem ter que me entrosar com ninguém. Infelizmente no mundo dos esportes, isso é uma tarefa difícil - e talvez por isso eu não seja o tipo esportivo.

Bom, o cara entrou na minha raia e já começou o plano de enturmação. Sabe aquele tipo "hey ho let's go!" que deve ter sido ou poderia ter sido um cheer leader na juventude? Pois esse é o Paul, que entrou na água e já começou a montar o time dele comigo, me esperando para iniciar um novo set, fazendo comentários motivadores sobre o meu desempenho, contando raias, puxando papo em todas as tomadas de fôlego. Eu fui logo avisando "you don't need to wait for me if you don't want to. i don't wanna hold you up..". Mas não adiantou. Ele continuou me esperando alegre, sorridente e pronto pra elogiar meu desempenho e me incentivar no novo set. Eu vou com a onda nesses casos, mas eu não gosto. Sou individualista, gosto de fazer as coisas sozinha, não gosto de torcida, nem de fazer parte de times. Não gosto de socializar quando estou nadando, especialmente com pessoas que eu nem conheço. É como o famoso papo de fila, mas esse tema é história pra outro post.

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October 20, 2004

Judas!

Em Chronicles Volume One, Dylan está narrando uma festa que ele participou na casa de uma sósia da Ava Gardner chamada Camilla Adam, em homenagem ao folk singer Cisco Houston que estava com uma doença terminal. Ele relembra a presença de Irwin Silber, o editor da revista de folk music Sing Out! que tomou parte na esculhambação do Dylan, logo após ele ter tocado suas baladas numa guitarra elétrica no Festival de Newport em 1965.


"Irwin Silber, the editor of the folk magazine Sing Out! was there, too. In a few years'time he would castigate me publicly in his magazine for turning my back on the folk community. It was an angry letter. I liked Irwin, but I couldn't relate to it. Miles Davis would be accused of something similar when he made the album Bitches Brew, a piece of music that didn't follow the rules of modern jazz, which had been on the verge of breaking into the popular marketplace, until Miles's record came along and killed its chances. Miles was put down by the jazz community. I couldn't imagine Miles being too upset. Latin artists were breaking rules, too. Artists like Joào Gilberto, Roberto Menescal and Carlos Lyra were breaking away from the drum infested samba stuff and creating a new form of Brazilian music with melodic changes. They were calling it bossa nova. As for me, what I did to break away was to take simple folk changes and put new imagery and attitude to them, use catchphrases and metaphor combined with a new set of ordinances that evolved into something different that had not been heard before. Silber scolded me in his letter for doing this, as if he alone and a few others had the keys to the real world. I knew what I was doing, though, and wasn't going to take a step back or retreat for anybody."

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Roux pensa que é rei


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os gatos perfeitos

O gato Misty é quietão, gosta de comer e dormir, não é muito ativo, não gosta de brincar, tem uma personalidade fechadona. Não é um gato festivo, mas é justamente por ele ser tão na dele que eu gosto tanto dele. Eu sempre dizia que a personalidade dele se ajustava à minha, que não sou aquela pessoa cheia de eletricidade, que gosta de atividades físicas e está sempre ligadona. Eu sou um tipo paradão, como o meu gato Misty.

Mas nem tudo é pão/pão/queijo/queijo nessa vida, né? E eu gostei muito das mudanças que a chegada do gato Roux impôs na minha rotina. O gato Roux nao tem nada de parado. Ele é jovial, super ativo, atrapalhado, confuso e engraçado. Sem querer fui fazendo comparações e percebendo que o gato Roux TAMBÉM tinha uma personalidade que se ajustava á minha. Quem costuma dar com a cara nos postes frequentemente, precisava ter um gato que fizesse o mesmo!

Ele é atrapalhado demais..... Corre e perde a noção do espaço, dando topadas homéricas nos móveis e paredes. Na primeira vez que vimos ele dar uma dessas topadas, ficamos até preocupados. O Uriel achou que ele tinha ficado pancada por ter batido a cabeça com tanta força. Depois fomos percebendo que bater a cabeça é rotina para o gato Roux. O gato Misty tem o hábito perigoso de correr na nossa frente quando estamos descendo a escada. Só que ele tem o cuidado de passar voando pelos lados. Já o gato Roux passa pelo meio das suas pernas e dos seus passos. Ele não tem noção de nada! O que acontece é que ele sempre acaba levando um chute e se espatifando contra a parede. E foi exatamente isso o que aconteceu ontem. Desci as escadas com ele zunindo por entre as minhas pernas. Não sei com certeza o que aconteceu, mas ele bateu primeiro o corpo com toda a fora na parede e a cabeça por último, fazendo um barulhão. Depois ficou um tempão me olhando com cara de assustado, um olho aberto e o outro piscando como se a batida lhe tivesse afrouxado um parafuso.... Eu morri de pena, mas não consegui segurar o riso. Só espero que esteja tudo okay dentro daquela cabecinha. Um extremamente paradão e o outro um total desengonçado. Como eu consegui arranjar gatos tão perfeitos?

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o outono chegou

Quando sento aqui pela manhã para ler e escrever, nunca sei o que vai acontecer. Vou ter uma luz inspiradora? Vou escrever algo engraçado? Algo interessante? Uma abobrinha sem medida? Não vou escrever nada? Vou ficar encarando a tela com uma cara de ponto de interrogação? Nunca sei. Gostaria de poder empolgar a platéia todos os dias, mas se até o Dylan faz seus shows medianos, eu posso muito bem me conformar com os meus dias desinspirados, não?

Chuva, ventania e FRIO aqui no norte da Califórnia. Fico nervosa, pensando quando vou poder nadar. Com chuva não tem condições.... Ontem foi um dia gloomy. Fui trabalhar na International House, onde tenho um dia por mês como docente. Não é nada excepcional, eu atendo o telefone [I-House, goodmorning, how may I help you?] e passo os telefonemas pra manager, diretor ou pra sua assistente. Cuido das vendas de ingresso, cartões da Unicef, atendo as pessoas que chegam pedindo informação, digo hellow para todo mundo que sobe para o escritório dos fellowships. E leio o New York Times, faço tricô e converso com a Julia, uma inglesa com um sotaque lovely que gerencia a casa. Ela me conta histórias fantásticas. Deve estar nos seus sessenta e tantos, setenta anos. Tem uma filha da idade do Ursão, que vive em New York. Ela me conta que tricotou toucas para os soldados ingleses na WWII, que foi ao Rio em 63 e dançou o carnaval nas ruas [exatamente como no filme Orfeu Negro, ela diz], que trabalhou na primeira agência de propaganda de Londres. Ela morou perto de onde o meu irmão mora hoje. Na época, ela contou, os aluguéis lá eram baratésimos. Alguns dos seus amigos compraram casas lá, que hoje valem milhões.

Óbviamente que ontem o assunto do dia foi A CHUVA! Como ficamos meses sem ver uma gota cair do céu, quando a água desaba é uma comoção geral! Agora vamos assim, com dias bonitos e dias feios, até lá pra abril. Casacos espanados, echarpes em fila indiana, botas lustradas, guarda-chuvas à postos. O outono chegou!

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October 19, 2004

ninguém entende o que ele canta

Foi o meu presente de aniversário dado pelo meu filho. Antes de começar o show liguei pra ele - obrigada pelos tickets, estamos bem sentados. Eu e o meu guarda-costas!

Não vou poder dizer que este foi um show memorável, como o segundo show do Dylan que vimos, um mês após os ataques terroristas ou o terceiro, quando eu dancei na frente do palco. Mas foi um show bom. O problema foi basicamente o lugar, uma quadra de basquete no campus da UCDavis. Bem diferente de ver o Dylan no maravilhoso e cheio de história Memorial Auditorium, em Sacramento.

Mas ver o Dylan é sempre uma experiência fascinante, pois ninguém pode prever o que vai acontecer. Desta vez, a mesma banda que o acompanha há anos, comportou-se e vestiu-se da mesma maneira de sempre. Down-to-earth fellows, vestidos de terno cinza e camisa preta, chapéus de músicos de jazz, eles tocam e se colocam no palco como uma banda rockabilly. Eles são muito cool!

E Dylan, todo de preto com botas e chapéu de cowboy, passou o show inteirinho no canto esquerdo do palco tocando um pianinho e cantando curvado. A set list foi muito estranha. Eu tive um pouco de dificuldade para sacar que música ele estava cantando. Até as manjadas It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding), Highway 61 Revisited e Don't Think Twice, It's All Right estavam difíceis de reconhecer.

O Senhor Urso, famoso por ficar reclamando e tentando me distrair em TODOS os shows do Dylan em que já fomos, levou uma patada injusta. Ele disse - não entendo o que ele canta.... E eu, já toda defensiva argumentei com cara de brava - pois é, no próximo show vou contratar um interprete pra ficar traduzindo tudo pra você: agora ele disse isso, agora ele disse aquilo.... Calei o Urso na lata, mas fiquei morrendo de culpa por ter sido tão ríspida. A verdade é que NINGUÉM entende mesmo o que o Dylan canta. Mas por quê? Será que é porque ele está de saco cheíssimo de cantar as mesmas baladas por mais de trinta anos? Na minha opinião de fã condescendente, acho que é porque ele canta como ele quer e pode. O que é fantástico para uns - ele reinventar suas músicas, é um horror para outros - ficar sem saber what the heck ele esta grunindo.

Mas ele cantou do jeitão dele, sem se mover muito e voltou para um encore que realmente arrasou, com a maravilhosamente manjada Like A Rolling Stone e All Along The Watchtower botando pra quebrar. No final, agarrou um ramalhete de rosas, ficou ali no palco meio cambaleando numa pose de agradecimento de teatro [ele também nunca parece natural interagindo com o público] e saiu apressadamente junto com a banda. Dylan, uma figura pequena, discreta, de chapéu e botas de cowboy, que não se presta a nenhum salamaleque.

Um grupo de meninas ao nosso lado se acabou de tanto dançar durante o show, o que me fez pensar que a música deste poeta nunca vai sair de moda e que Mr. Zimmerman is still ROCKING!

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Bob Dylan - The ARC - UCDavis - 18/10/04

set list :To Be Alone With You, Señor (Tales Of Yankee Power), Tweedle Dee & Tweedle Dum, Under The Red Sky, It's Alright, Ma (I'm Only Bleeding), Moonlight, Cold Irons Bound, Just Like Tom Thumb's Blues, Man In The Long Black Coat, Highway 61 Revisited, Saving Grace, Honest With Me, Don't Think Twice, It's All Right, Summer Days
encore: Like A Rolling Stone, All Along The Watchtower

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October 18, 2004

é HOJE!


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October 17, 2004

i see famous people

O papo se iniciou casualmente, ela falando a idade dela [trinta e cinco] e eu arrasando paris em chamas com a minha [quarenta e três]. Ela ria de uma maneira gostosa e familiar. Quando começou o papo rock 'n' roll, já parecíamos íntimas, melhores amigas de infância. Repeti alto um pensamento que me passara pela cabeça outro dia e que eu relatara provocativamente para o Ursão: "sabe que o Bob Dylan mora na Califórnia? ohmy! qualquer dia desses vou estar andando na rua e vou dar de cara com ele! daí vou com certeza acenar pra ele e dizer 'hey, Bob! how's goin'?' já pensou?". A resposta do Ursão foi uma cara de angu. Mas ela riu muito! E eu completei meu pensamento dizendo que moro na Califórnia há tantos anos e nunca vi ninguém famoso. Ela não acreditou. Como pode? Eu consertei, bem já vi uma vez aquele menino ator de Wonder Years, um hasbeen child actor. Ela completou, dizendo às gargalhadas que ele não entrava na lista de celebridades classe A!

Daí ela começou a enlistar os famosos que ela já tinha visto pela Califórnia - Danny Glover, Don Johnson..... Ha Ha Ha, foi a minha vez de gargalhar! Don Johnson eu passo. Muita gente famosa vive no Marin County. Eu sei que a Isabel Allende vive lá. Mas eu nunca vi ninguém. Daí veio a 'bomba', pois eu estava explicando os detalhes do concerto beneficiente para a Bridge School que Neil Young faz todo ano em Mountain View. É que o filho do Young, que tem paralisia cerebral, está nessa escola. Queremos ingressos para o show deste ano. Estava expressando a minha surpresa em saber que o Neil Young morava aqui no norte do estado, quando ela me interrompeu - "você não sabe? o Young mora perto de Pescadero, eu conheço o cara que é vizinho dele.....". What???! Nós passamos por Pescadero, numa dessas nossas pequenas viagens de final de semana! Vamos ter que voltar lá!

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October 16, 2004

in Jackson


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burned out day

Caramba, você já teve um dia onde TUDO dá errado na cozinha e você queima coisa, salga demais, esquece um ingrediente, derruba tudo no chão? Pra mim esse dia foi ontem. Tentei fazer uma sopa, minestrone, e fiz absolutamente TUDO errado. Primeiro queimei o feijão - que era precioso, da cesta orgânica. Consegui salvar um tanto, mas estraguei o resto no decorrer da receita. A sopa ficou com uma cara assustadora e eu joguei tudo no garbage disposer da pia! No final ficamos sem jantar e eu resolvi fazer um macarrão alho e óleo. Mas tinha acabado o azeite... usei um azeite aromatizado com limão, que é para temperar salada. E no final da complicada receita, eu quis florear adicionando fatias julienne de tomates secos e QUEIMEI os ditos. No final jantamos... juntando os tomates queimados no canto do prato. Toctoctoc, espero que as minhas trapalhadas na cozinha não persistam pelo final de semana.

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new feature

Meus leitores antigos sabem que eu TINHA o costume de responder todos os comentários deixados aqui em particular. Mas infelizmente meu tempo não me permite fazer mais essas gentilezas, que eu considero tão importante. Me dá desespero ver a quantidade de e-mails acumulando na minha mailbox, sem falar que além do blog eu tenho correspondência particular também. Então tomei a decisão inédita de tentar responder nos comentários do blog mesmo. Vamos ver se vou conseguir manter o ritmo. Estou decidida a me esforçar!

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October 15, 2004

uma pequena grande mulher

Eu não combino com nada pequeno. Tudo que eu uso tem sempre que ser grande. Bolsas, por exemplo. Lembro de carregar uma bolsa de nylon de viagem, daquelas made in china compradas no Paraguai, quando ia pra faculdade de psicologia nas antiguidades de mil novecentos e oitenta e um. Eu tinha dezenove anos, um metro e setenta e oito, cinqüenta quilos e uma timidez angustiante, que contrastava com o meu visual funkadélico. Eu levava na bolsa-mala, além dos livros, cadernos e mil e uma canetinhas, uma garrafa térmica cheia de ban chá que eu bebia no intervalo das aulas sentada no jardim interno do campus central da Puccamp. Muita gente achava aquilo o máximo: a bolsa, o chá, a minha cara de zen - que era pura pose, é claro!

Essa história é só pra ilustrar a minha fascinação por bolsas grandes. Sempre foi assim, quanto maior, melhor. Eu tinha que carregar o mundo nelas - livros, escova de dentes e fio dental, caixa de primeiros socorros, perfume, cinco cores de batom, dicionário, chaves, caderninhos, canetas, walkman, sementes de abóbora torradas, bon-bons, um par de meias, sanduiche, camiseta, agasalho, garrafa térmica com chá...

Às vezes eu saio um pouco da bolsa grande e vou pra bolsa média. Daí tenho que otimizar o espaço e não é fácil! Quando saio à noite, carrego uma bolsinha pequena, porque não tem nada a ver levar uma mala num bar, show ou festa. Mas normalmente estou carregando o mundo nos ombros.

Nesta semana comprei uma bolsinha. E não é bolsinha de sair... é uma bolsa pro dia-a-dia. Troquei de carteira, pois a minha não cabia lá. Tirei chaves do molho, eliminei a sacolinha de utensilhos de banheiro, tirei fora as moedas, saquei o caderninho, fiz uma limpa. Mesmo assim a bolsinha está estufada. Estou usando, porque inventei a história e agora vou até o fim. Mas aquela bolsinha parece que não combina comigo, sem falar que me dá a maior insegurança: vai que eu PRECISE de um pedaço de fio dental urgente? Ou de um creminho nas mãos? Ou de fazer uma anotação? Tô achando mesmo que esse visual de bolsinha não vai vingar...

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October 14, 2004

Londres?


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[ ... não! isso é em Davis, Califórnia]

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ahn? ahh!

Coisas assim me fazem rir muito, muito, muito, muito!!!!!

- Y'know, Ralph, a good doctor could fix that thing with your eyes.
- What thing with my eyes?
- Oh...um... nothing. Here, have a cookie.
- Which one?
- The one in the middle.
- Oh, thanks!

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um dia nublado

Este é o período do ano em que eu mais checo o weather.com. Quero saber quanto tempo o calor ainda vai persistir. Nosso outono chega tarde. Não sei se isso é bom ou ruim. Só sei que outubro é o mês que eu digo 'chega!'. Eu não reclamo mais do calor, perceberam? Já vi que existem lugares piores: mais quentes ou mais úmidos. Mas chega outubro e eu já fico com os comichões de socar todas as minhas roupas de verão no baú. Ainda mais agora que ando uma ás das agulhas de tricô e vou querer usar logo todos os cachecóis que ando inventando!

O problema do frio é enfrentar a piscina..... Mas eu não tenho nenhum motivo pra reclamar MESMO! Já vou parando por aqui, pra não dar pano pra manga nas ranhetices.

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October 13, 2004

a verdadeira maionese


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[e eu já estou lendo.....!!]

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October 12, 2004

servindo bem para servir sempre

Sunny 33°/14°C
Um lindo dia de sol!

Lembram quando eu começava os posts assim? The weather report! Neste mês, este blog libriano completa quatro anos de escritos quase diários. Quem pensou que um bloguinho de blurbs iria vingar? A fama nunca chegou, mas a maturidade certamente veio e eu percebo isso quando dou um rolê pelos arquivos. A escrita se modifica e amadurece, mas a essência sempre fica. E vamos ficando..... Enquanto houver algo para dizer, este blog vai continuar matracando. E assunto é o que não falta, né?

Entrar na piscina ontem foi um ato de bravura. Brrr! Será que eles esqueceram que as manhãs aqui já estão bem frias? Vamos ligar esse aquecedor, people! E tivemos dias de ventania, que fez tudo ficar mais frio e confuso. Eu nadei normal, nem bem, nem mal. Enquanto dava as minhas braçadas, sentia o vento e pensava "the wind is holding me up...".

Eu quero esvaziar o meu freezer, porque nunca sei exatamente o que tenho lá dentro. Ontem vi uns saquinhos com restos do peru do Natal do ano passado! For Pete's sakes! Vou jogar tudo no lixo, eu sei que é pecado jogar comida fora, mas restos de peru congelado há quase um ano não pode ser boa coisa.....

Nossa vida com os gatos é muito mais alegre. Quando o Uriel chega, o Misty se ocupa em ficar atrás dele, pra ganhar snacks e carinho. Ontem ele sentou na cama para ver um filme comigo e o gato deitou ao lado dele. É uma coisa impressionante como esse gato gosta desse homem! Já o gato Roux não tem preferência por ninguém. Ele só quer brincar... quem dá mais?

O filme que vi foi The Third Man, com o Orson Welles e Joseph Cotten. Obra-prima, dirigida pelo Carol Reed baseada numa história do Graham Greene. Depois vi o documentário The Shadow of the Third Man, com comentários sobre o filme. Ontem foi aniversário de cem anos do Greene, então o canal TCM estava passando filmes baseados em histórias ou com roteiros feitos pelo escritor inglês. Hoje é dia de musicais. Eu AMOOOO musicais, mas isso é papo pro Cinefilia, onde eu escrevo sobre cinema.

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October 11, 2004

red


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thanks, Steve Mcqueen

Saímos no sábado depois do almoço para fazer uma pequena viagem, daquelas que o Ursão gosta de fazer quando tem uma folguinha. Vamos ver o outono chegando nos foothills da Sierra? Ele disse que as árvores estavam lindas por lá. Fomos. Passamos por Placerville, uma das várias cidades da corrida do ouro aqui na Califórnia. Essas cidades são interessantes, pois preservam as marcas da passagem dos gold diggers pelo estado em 1849, um período extremamente sanguento da história deste país, quando promoveu-se a maior matança de indios que se tem lembrança. Eu acho tudo interessante, mas nunca esqueço que nem sempre uma história é contada de todos os pontos de vista.

O passeio se extendeu até Lake Tahoe. Eu estava meio indecisa em aceitar a idéia brilhande do Ursão camarada e ficar num motel em Tahoe para podermos aproveitar os cassinos à noite. Não trouxemos roupa, nem nada! Ah, compramos umas camisetas.... No final, ele sempre vence e ficamos. Compramos escovas de dente num supermercado e dormimos em Takoe, sem bagagem, sem preocupações. Fomos para os cassinos, que ficam no estado de Nevada. É engraçado, pois no meio da rua em South Lake Tahoe tem uma pequena plaquinha dizendo "state line - welcome to nevada", mas ninguém nota a placa, porque o que mostra que mudamos de estado são os imensos cassinos do outro lado da rua!

Fomos jantar no buffet de um dos cassinos. Meudeusdocéu, eu acho que nunca comi num lugar tão ruim..... Ficamos zanzando pelo restaurante, sem saber o que comer. Até as saladas eram assustadoras! Comemos o que deu pra comer e ficamos muito loucos da vida por não termos tido a idéia de pedir nosso dinheiro de volta.... Mas deixa estar, eu pensei! Escolhi bem uma máquina de jogo. Eu adoro jogar nos slots de 5 centavos! Rodei pelo cassino, até que encontrei uma máquina do Steve Mcqueen. Vai ser aqui que vou recuperar o nosso dinheiro desperdiçado no jantar e o Mcqueen vai me ajudar. Sentei alí, enfiei 5 dólares na máquina e joguei! Recuperei o dinheiro do jantar e um pouco mais. Eu ADORO os cassinos, podem me chamar de cafona, eu não ligo! Adoro o clima decadente, o barulho da jogatina, das moedas caindo, o blinblinblin dos slots, o cheiro de cigarro, as decorações exageradas, o povo brega & chique que se vê por lá. Me divirto jogando merrecas, nunca exagero e até ganho uma graninha, quando escolho a máquina certa e jogo com o king of cool, Steve McQueen....!!

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October 9, 2004

vitrine


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coçar e comprar é só começar

Achei uma calça no meu closet. Eu estou sempre achando coisas lá dentro, peças de roupa que comprei em alguma liqüida, por algum preçinho irresistível que não pude deixar passar, mas não sei como usar. O problema dessas roupas - que é também o motivo pelo qual elas se perdem e são esquecidas dentro do armário - é que elas nem sempre são na minha numeração, ou na cor que me favorece, ou no modelo que me agrada. Parece coisa de louco, não? Mas é simples de explicar, péra lá.

Me digam como é que eu vou resistir à uma calça cáqui da Calvin Klein por $3,99? O número é um pouco maior e a calça fica caindo na cintura? No problema, eu dou um jeito! E aquela blusinha listrada de rosa e roxo por $6,98? Usarei a criatividade para integrá-la nos meus outfits diários. E tem a saia longa de listras verdes e beige que custou apenas $12,00 mas me deixa barriguda. Ah, eu uso com um pullover grande. E a camisa de seda com estampa de zebra que eu achei por meros $5,79 e que precisa lavar a seco? Ah, um dia eu vou precisar de um visual funky. E a camiseta com a cara do Cat in the Hat que é um pouco pequena e provocou um comentário da Reidun? Eu vou com certeza usar no verão! E por aí vai... Meu guarda-roupa é cheio de peças assim, com história e poeira.

Ontem vesti teimosamente a calça cáqui que achei no armário e que é um pouco grande para mim. Apertei bem a fivelinha da cintura e passei a tarde fazendo coisas e vigiando se a calça não estava caindo além do limite aceitável. É um exercício de criatividade usar essas roupetas que encontro em liquidações por aí. Felizmente, ando me controlando mais nesses impulsos consumistas de mão-de-vaca. Agora eu penso, repenso, devolvo a roupa antes de fazer a besteira de comprar algo só porque está super barato.

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October 6, 2004

Balé Folclórico da Bahia

Iniciei a minha temporada de outono no Mondavi Center oportunamente, com o maravilhoso show do Balé Folclórico da Bahia. Encontrei muitos amigos brasileiros no teatro e revi pessoas que eu não via há anos. Espero que vire tradição pelo menos um grupo brasileiro por ano se apresentando no teatro da UCDavis.

O show do Balé Folclórico da Bahia foi espetacular! Colorido, vibrante, mostrando as danças da nossa cultura negra e indígena. O grupo dançou o Boi-Bumbá, Ginga, Xaxado, Maracatú, Maculelê, Samba de Roda, Afixirê, Capoeira, acompanhados de tambores, berimbau e cantoria. O final foi apoteótico, quando as bailarinas correram pelos corredores da platéia, chamando os espectadores pra dançar. Os tambores também sairam do palco e o show acabou na frente do teatro, com uma multidão aplaudindo animada.

Eu fiquei até depois do teatro fechar, porque encontrei tanta gente conhecida, que não dei conta de conversar com todo mundo. No fim bati até um papinho com alguns dos bailarinos do grupo. Fui cumprimentar que rapaz que tocou o berimbau, dando um show à parte com o hino nacional americano [foi piegas, mas funcionou] na cordinha e depois a música Asa Branca. Fenomenal! Ele foi tão simpático, me disse que o Balé Folclórico da Bahia está excursionando pelos EUA desde setembro e que a platéia de Davis foi a mais simpática e calorosa até então. Eu respondi que eles não perdem por esperar a platéia em Berkeley! Ele também disse que está gostando de tudo por aqui, mas que ele sente falta da comida baiana. "Não tem nada como o feijão da Bahia..". Eu concordei, pois a Bahia é mesmo única, em todos os aspectos, não só na comida!

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she is stuck in sac

Ela é uma das minhas melhores amigas aqui na Califórnia. Desde que eu a conheci, há mais de três anos, que eu torcia para que ela fizesse um blog. Ela é inteligentérrima, culta, atualizada, politizada, escreve muitíssimo bem e sabe argumentar e discutir um assunto com habilidade e elegância. Finalmente ela se rendeu à onda blogueira e já virou minha leitura diária. Leila is stuck in sac!

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October 5, 2004

dia de branco

Sabe aquele dia em que você acorda com vontade de fazer nada? E a vontade de fazer nada persiste e se intensifica conforme as horas vão passando? E você se deixa levar pela onda e faz nada, mesmo notando com um rabo de olho que há muita coisa esperando para ser feita? Hoje é um desses dias pra mim......

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October 4, 2004

merry-go-round


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Leuven - Belgium

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o morto de fome

Preciso tirar uma foto do gato Roux hoje, pra comparar com uma foto de quando ele chegou e ver o quanto esse bicho já engordou. Também não é pra menos, o dito come como um esganado. De manhã, quando os dois gatos ganham a comida de lata, precisamos ficar vigiando o fulaninho, pois ele devora a parte dele, num desespero total comendo com o bocão aberto, espalhando comida para todos os lados, fazendo um barulho fenomenal como se não visse comida há dias. Mal vê o fundo do pote dele e já vai atacar a comida do pobre Misty. Esse, por outro lado, é um lorde! Come devagarzinho, mastigando com a boca fechada, sem fazer barulho, sem esparramar comida no tapete e vai aos pouquinhos. Saboreia bem a comida, sai e vai se lamber, olhar o infinito, pensar na vida, volta e come mais um pouquinho, tudo com muita delicadeza e educação. Mas se não vigiarmos, o gato Roux não dá chance pro gato Misty fazer seu ritual zen do café da manhã, pois ele empurra o Misty e devora toda a comida.

É interessante observar a diferença de personalidade entre os dois gatos. Um festivo, super ativo, arteiro, brincalhão, comilão, sem modos e o outro austero, quietão, passivo, treinado nas boas maneiras. Cabe à nós interferir com jeitinho e tentar equilibrar um pouquinho as diferenças que prejudicam um ou outro.

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October 2, 2004

Many Thanks!

Não vou conseguir responder um por um, mas fiquei muitro feliz com todos os comentários deixados aqui, no Orkut e no Multiply e com os cartões virtuais e telefonemas. Obrigada! Merci! Thanks! Isso tudo fez meu dia muito mais especial.

Agora, feliz com meus tickets pro show do Dylan nas mãos [thanks to my sweet Gabe!] e pimpona com os meus quarenta e três anos, estou pronta pro que der e vier. Off I goooo, people!!

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October 1, 2004

quatro.três

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